Estamos trabalhando com portfólio de aprendizagem desde início do curso em 2006, apesar disso sabemos que muitos têm dificuldades de usarem essa ferramenta de trabalho. Alguns porque não conseguem adquirirem o hábito de registrar regularmente suas aprendizagens. Sabemos que em educação o portfólio serve para serem realizadas reflexões curtas e críticas sobre as aprendizagens adquiridas com as atividades propostas nas diversas interdisciplinas.
Particularmente gosto de registrar minhas aprendizagens no portfólio, pois é nesse espaço que consigo colocar de forma sintetizada a autoria do que aprendo na teoria relacionando-a com a minha prática e também com a realidade do Ensino Brasileiro e especialmente o que está sendo praticado no Município em que atuo.
Através da análise que fiz do meu portfólio, pude constatar o quanto minha escrita evoluiu. É claro que é resultado de estar a três anos fazendo uso dessa ferramenta tecnológica. Não posso deixar de registrar a importância das intervenções dos professores nesse meu processo de crescimento, pois no início minhas postagens mais pareciam comentários sobre as atividades, depois passei pela fase do recortar e colar uma fala de um autor e comentar ou relacionar com a prática. Hoje percebo que meu portfólio reflete as minhas aprendizagens com um olhar bastante crítico e até mesmo incomodado com a real situação do nosso Sistema de Ensino.
Tenho a consciência de que ainda preciso evoluir muito, mas gosto de perceber que apesar de muitas vezes ter ficado decepcionada por não ter conseguido passar o que queria, aliás, isso ainda acontece, ou seja, penso, elaboro mentalmente uma escrita linda e maravilhosa e na hora de realiza - lá sai totalmente diferente.
Acredito que para as professoras que têm que acompanhar nossas postagens é frustrante quando os alunos deixam de realizá-la, mas também deve ser interessante ver a evolução através da autoria própria de seus alunos. Sempre fico na expectativa para ver os comentários dos prof.
Fazer a síntese das aprendizagens 2009-2 ficou bem fácil pelas postagens que realizei no decorrer do semestre que foram na média de uma semanal, mas bem fundamentadas e argumentadas.
sábado, 5 de dezembro de 2009
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Aprendizagens com a EJA
Por solicitação da professora vou tentar resumir um pouquinho das aprendizagens com a Iterdisciplina da EJA, que cofesso foi bastante esclarecedora e ao mesmo tempo me fez refleti sobre a educação de jovens e adultos em nosso país.
A partir das leituras e atividades realizadas na interdisciplina de EJA, tivemos que optar por uma saída de campo, onde seria coletado material para a elaboração de um pôster. Só o fato de a apresentação ter que ser em forma de pôster provocou um novo desafio, pois até então eu desconhecia mais essa forma de apresentar aprendizagens. Os textos estudados na interdisciplina foram bastantes explorados através de trabalhos de síntese, reflexões e fóruns. Constatei diversos elementos que fazem parte da história da EJA no Brasil. Como nos diz Henry A. Giroux ,o analfabetismo não é meramente a incapacidade de ler e escrever; é também um indicador cultural para nomear formas de diferença dentro da lógica da teoria da privação cultural, assim também constatamos que os alunos da EJA que conhecemos buscavam , além do domínio da linguagem escrita, uma inserção em um mundo culto e que lhes oferecesse melhores condições de vida.
Através de nossa pesquisa percebemos as diferenças, citadas por Marta Kohl de Oliveira, entre os jovens e adultos que buscam as classes da EJA, “Ele é geralmente o migrante que chega às grandes metrópoles proveniente de áreas rurais empobrecidas, filho de trabalhadores rurais não qualificados e com baixo nível de instrução escolar (muito freqüentemente analfabetos), ele próprio com uma passagem curta e não sistemática pela escola e trabalhando em ocupações urbanas não qualificadas, após experiência no trabalho rural na infância e na adolescência, que busca a escola tardiamente para alfabetizar- se ou cursar algumas séries do ensino supletivo.” .
Foi bastante proveitosa nossas aprendizagens sobre a EJA, onde podemos constatar que apesar de estar regulamentada com garantia de acesso a todos os cidadãos, ainda precisa evoluir muito para oferecer um ensino de qualidade e inclusivo.
A partir das leituras e atividades realizadas na interdisciplina de EJA, tivemos que optar por uma saída de campo, onde seria coletado material para a elaboração de um pôster. Só o fato de a apresentação ter que ser em forma de pôster provocou um novo desafio, pois até então eu desconhecia mais essa forma de apresentar aprendizagens. Os textos estudados na interdisciplina foram bastantes explorados através de trabalhos de síntese, reflexões e fóruns. Constatei diversos elementos que fazem parte da história da EJA no Brasil. Como nos diz Henry A. Giroux ,o analfabetismo não é meramente a incapacidade de ler e escrever; é também um indicador cultural para nomear formas de diferença dentro da lógica da teoria da privação cultural, assim também constatamos que os alunos da EJA que conhecemos buscavam , além do domínio da linguagem escrita, uma inserção em um mundo culto e que lhes oferecesse melhores condições de vida.
Através de nossa pesquisa percebemos as diferenças, citadas por Marta Kohl de Oliveira, entre os jovens e adultos que buscam as classes da EJA, “Ele é geralmente o migrante que chega às grandes metrópoles proveniente de áreas rurais empobrecidas, filho de trabalhadores rurais não qualificados e com baixo nível de instrução escolar (muito freqüentemente analfabetos), ele próprio com uma passagem curta e não sistemática pela escola e trabalhando em ocupações urbanas não qualificadas, após experiência no trabalho rural na infância e na adolescência, que busca a escola tardiamente para alfabetizar- se ou cursar algumas séries do ensino supletivo.” .
Foi bastante proveitosa nossas aprendizagens sobre a EJA, onde podemos constatar que apesar de estar regulamentada com garantia de acesso a todos os cidadãos, ainda precisa evoluir muito para oferecer um ensino de qualidade e inclusivo.
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
A EJA e a realidade.
Para a atividade do pôster da EJA, em grupo, optamos pela saída de campo 3 que foca a pesquisa em alunos. Após alguns contratempos, pois num primeiro momento direcionamos nossa pesquisa a um município vizinho que simplesmente disse não permitir o acesso de alunas do curso do PEAD às escolas da rede Municipal de Ensino. Segundo a professora da intersdisciplina essa é uma prática comum. Será que eles temem mostrar o que realmente é feito nas práticas de ensino da EJA?
Então redirecionamos nossa pesquisa a uma escola da Rede Municipal de Ensino de Sapiranga, onde fomos as cinco componentes do grupo e tivemos uma boa recepção tanto por parte da equipe diretiva como também pelos alunos e professoras. Eram duas turmas, uma com 4 alunos de segundo e terceiro ano e outra de 12 alunos de quarto e quinto ano. Pelo número de alunos constatamos que houve um grande número de evasão. Durante a entrevista os próprio alunos têm consciência de que muitos deles acabaram desistindo pelos fatores que estudamos na intersisplina, ou seja, precisam fazer horas extra porque os patrões não liberam, exigem e também tem o fator medo de perder o emprego, também alguns não conseguiam acompanhar direito a turma e sentiam vergonha.
A maioria dos entrevistados eram migrantes, oriundos do interior do Estado, mais especificamente da zona rural onde até virem para a cidade atuavam como agricultores. Vieram para a cidade em busca de emprego e de uma vida melhor. O que buscam na escola? Constamos que não gostam de freqüentar a escola para estudar que “ O Ivo viu a uva”, eles estão interessados em aprender coisas significativas para aplicarem no seu cotidiano, como ler jornais, livros e a bíblia. Também gostam de escrever cartas e escrevem seguidamente a seus parentes no interior e têm gosto pela a aprendizagem da matemática que ensina a lidarem com suas necessidades do dia-a-dia.
Foi bastante proveitosa e esclarecedora a pesquisa que realizamos, pois podemos contatar fatos que até então tínhamos estudado somente na teoria.
Então redirecionamos nossa pesquisa a uma escola da Rede Municipal de Ensino de Sapiranga, onde fomos as cinco componentes do grupo e tivemos uma boa recepção tanto por parte da equipe diretiva como também pelos alunos e professoras. Eram duas turmas, uma com 4 alunos de segundo e terceiro ano e outra de 12 alunos de quarto e quinto ano. Pelo número de alunos constatamos que houve um grande número de evasão. Durante a entrevista os próprio alunos têm consciência de que muitos deles acabaram desistindo pelos fatores que estudamos na intersisplina, ou seja, precisam fazer horas extra porque os patrões não liberam, exigem e também tem o fator medo de perder o emprego, também alguns não conseguiam acompanhar direito a turma e sentiam vergonha.
A maioria dos entrevistados eram migrantes, oriundos do interior do Estado, mais especificamente da zona rural onde até virem para a cidade atuavam como agricultores. Vieram para a cidade em busca de emprego e de uma vida melhor. O que buscam na escola? Constamos que não gostam de freqüentar a escola para estudar que “ O Ivo viu a uva”, eles estão interessados em aprender coisas significativas para aplicarem no seu cotidiano, como ler jornais, livros e a bíblia. Também gostam de escrever cartas e escrevem seguidamente a seus parentes no interior e têm gosto pela a aprendizagem da matemática que ensina a lidarem com suas necessidades do dia-a-dia.
Foi bastante proveitosa e esclarecedora a pesquisa que realizamos, pois podemos contatar fatos que até então tínhamos estudado somente na teoria.
sábado, 14 de novembro de 2009
Consciência Fonológica e o filme o LEITOR
“Consciência fonológica é a habilidade de perceber a estrutura sonora de palavras, ou de parte de palavras. Esse tema tem sido muito debatido porque, segundo pesquisadores, existe forte relação entre a consciência fonológica e o aprendizado da leitura e escrita. Segundo Lílian Nascimento, fonoaudióloga e doutoranda em Educação pela Unicamp, há dois níveis nessa habilidade: a consciência de que a língua oral pode se segmentar em unidades, ou seja, a frase se divide em unidades, estas em sílabas e as sílabas em fonemas e a consciência de que essas unidades se repetem em diferentes palavras faladas.”
Me chamou atenção este parágrafo do texto: Consciência Fonológica: o que é, para que serve e qual a relação com a aprendizagem da leitura e da escrita? (Jornal Letra A, jun./jul. 2005), do módulo 6, de Linguagem e Educação, onde aponta que existe uma forte relação entre a consciência fonológica e o aprendizado da leitura e escrita. Por coincidência vi algumas sugestões de filme da página da interdisciplina. Então peguei na locadora o filme o Leitor, que conta a história de uma mulher que adorava leituras e sempre pedia para outras pessoas lerem para ela. Por decorrência do envolvimento da mulher no holocausto da segunda guerra mundial, esta foi condenada à prisão perpétua. Na prisão ela passa a receber fitas cassetes de narrações de histórias livros, como a Odiséia e A Dama e o Cachorrinho.Certo dia ela vai até a biblioteca retira um livro da qual tem a história em áudio e começa decifrar o código da leitura e escrita associando os sons as sílabas e as sílabas as palavras, as palavras as frases e assim por diante. Dessa forma a mulher se alfabetiza e quando se encontra com quem lhe mandava as histórias gravadas diz a este: “Desta vida só tenho uma certeza, que é a certeza de ter aprendido a ler”.
Achei isso impressionante, pois ela sintetizou em uma frase a importância da alfabetização como sendo um “divisor de águas”.
Acredito que para todas as pessoas não escolarizadas o fato de aprender o domínio da leitura e escrita faz a diferença em todos os sentidos. Por isso é tão importante o acesso a escolarização a todas as pessoas como sendo um direito de cidadão.
Me chamou atenção este parágrafo do texto: Consciência Fonológica: o que é, para que serve e qual a relação com a aprendizagem da leitura e da escrita? (Jornal Letra A, jun./jul. 2005), do módulo 6, de Linguagem e Educação, onde aponta que existe uma forte relação entre a consciência fonológica e o aprendizado da leitura e escrita. Por coincidência vi algumas sugestões de filme da página da interdisciplina. Então peguei na locadora o filme o Leitor, que conta a história de uma mulher que adorava leituras e sempre pedia para outras pessoas lerem para ela. Por decorrência do envolvimento da mulher no holocausto da segunda guerra mundial, esta foi condenada à prisão perpétua. Na prisão ela passa a receber fitas cassetes de narrações de histórias livros, como a Odiséia e A Dama e o Cachorrinho.Certo dia ela vai até a biblioteca retira um livro da qual tem a história em áudio e começa decifrar o código da leitura e escrita associando os sons as sílabas e as sílabas as palavras, as palavras as frases e assim por diante. Dessa forma a mulher se alfabetiza e quando se encontra com quem lhe mandava as histórias gravadas diz a este: “Desta vida só tenho uma certeza, que é a certeza de ter aprendido a ler”.
Achei isso impressionante, pois ela sintetizou em uma frase a importância da alfabetização como sendo um “divisor de águas”.
Acredito que para todas as pessoas não escolarizadas o fato de aprender o domínio da leitura e escrita faz a diferença em todos os sentidos. Por isso é tão importante o acesso a escolarização a todas as pessoas como sendo um direito de cidadão.
domingo, 1 de novembro de 2009
Arquitetura Pedagógica
Após tantas leituras, atividades e debates sobre PA, estamos diante de um grande desafio, ou seja, teremos que criar uma arquitetura pedagógica para aplicação no nosso estágio em 2010-1.
Acredito que num primeiro momento não temos muito claro como vai ser, mas algumas coisas devem ficar delimitadas para que tenhamos algum embasamento para seguirmos. Ficou claro que PA faz parte de uma modalidade de arquitetura pedagógica. Por outro lado Arquitetura Pedagógicas podem ser diversas como tema geradores, PÁS, Centro de Interesses...
Conseguimos nos organizar, na escola em que atuo, com outras duas colegas para atuarmos com terceira série-quarto ano, no estágio do PEAD. A principio escolhemos o tema “Qualidade de vida na comunidade da Vila São Paulo”, levando em consideração o fato de os alunos pertencerem a uma comunidade carente e com um grande índice de famílias com baixa escolaridade, percebemos que isso é um fator que interfere diretamente na aprendizagem e, consequentemente, na qualidade de vida da comunidade.
Acredito que isso seja apenas o princípio de um grande projeto que possa desencadear uma nova forma de alunos e professores juntos aprenderem. Tenho consciência que teremos grandes desafios pela frente, mas é uma forma de colocarmos em prática parte daquilo que estamos aprendendo desde da entrada na UFRGS, no PEAD, que é sistema de ensino a distância totalmente inovador.
"O que eu quero, na minha experiência é que o estudante que trabalhe comigo assuma também o papel de meu professor. O estudante com quem trabalho é estudante num momento e professor no outro. Eu sou o seu professor e o seu estudante e nisso não existe nenhuma contradição inconcebível. Quero dizer: é uma ruptura com o autoritarismo, o que eu aconselho e vivo e que não aconselho unicamente…”[Paulo Freire]
A psicogênese da linguagem oral e escrita
No encontro presencial de Didática e Eja, constatamos diversos elementos necessários para a aprendizagem tanto de adultos como de jovens e crianças. Segundo Paulo Freire o primeiro passo é partir da leitura de mundo que o aluno possui, ou seja, antes de qualquer coisa devemos conhecer a realidade do educando. Quem são? Onde vivem? Como Vivem? O que sabem? E principalmente: Quais são os seus sonhos?
A partir desse levantamento o professor pode planejar através projetos, temas geradores ou centro de interesse o que trabalhar com esses alunos. A partir da leitura de mundo, da vivência do aluno, se dispõem de palavras chaves para buscar aprendizagens. Nesse contexto é muito importante o papel da professora que serve como mediadora e precisa ter um perfil de acolhedora, que pergunta ouve e procura incentivar a todos.
Dessa forma a escola pode oferecer uma educação transformadora que possibilita a reconstrução do saber através do desiquilibrio, isto é, partindo do saber cotidiano e redescobrindo novas formas de aprender. Proporcionando o aluno como protagonista sujeito de interação, convivendo com seus conflitos, mas capaz de agir com autonomia.
Relacionando com o sistema de ensino de nossa realidade percebo que estamos longe da escola transformadora que Freire tanto almejou. A escola em que atuo e pelo que eu saiba a maioria das escolas da região não são diferentes, é bastante conteúdista visando trabalhar para obter índices de aprendizagens na avaliação do governo. Os profissionais deveriam conhecer as verdadeiras necessidades de seus alunos, digo isso em relação a comunidade escolar e não somente nos espaços de sala de aula.
Acredito que com tantos investimentos na área de formação continuada, capacitação de professores, terá num futuro uma escola transformadora e capaz de libertar do analfabetismo, da miséria e da pobreza das quais estão inseridas grande parte de nossa população
A partir desse levantamento o professor pode planejar através projetos, temas geradores ou centro de interesse o que trabalhar com esses alunos. A partir da leitura de mundo, da vivência do aluno, se dispõem de palavras chaves para buscar aprendizagens. Nesse contexto é muito importante o papel da professora que serve como mediadora e precisa ter um perfil de acolhedora, que pergunta ouve e procura incentivar a todos.
Dessa forma a escola pode oferecer uma educação transformadora que possibilita a reconstrução do saber através do desiquilibrio, isto é, partindo do saber cotidiano e redescobrindo novas formas de aprender. Proporcionando o aluno como protagonista sujeito de interação, convivendo com seus conflitos, mas capaz de agir com autonomia.
Relacionando com o sistema de ensino de nossa realidade percebo que estamos longe da escola transformadora que Freire tanto almejou. A escola em que atuo e pelo que eu saiba a maioria das escolas da região não são diferentes, é bastante conteúdista visando trabalhar para obter índices de aprendizagens na avaliação do governo. Os profissionais deveriam conhecer as verdadeiras necessidades de seus alunos, digo isso em relação a comunidade escolar e não somente nos espaços de sala de aula.
Acredito que com tantos investimentos na área de formação continuada, capacitação de professores, terá num futuro uma escola transformadora e capaz de libertar do analfabetismo, da miséria e da pobreza das quais estão inseridas grande parte de nossa população
domingo, 25 de outubro de 2009
Polo Universitário de Sapiranga
"O PEAD da UFRGS estava muito bem representado"
Ocorreu no dia 14/10/09, no Centro de Cultura de Sapiranga, uma aula inaugural sobre os cursos oferecidos na modalidade de ensino à distância no Polo de nossa cidade. Participaram do evento representante das instituições envolvidas que são a Prefeitura Municipal de Sapiranga, FURG, UFPEL, UFSM e UFRGS. Também se fizeram presentes autoridades políticas, professores, tutores e alunos.
Acredito ser um sinal de grande evolução para nossa cidade e região o fato de termos a oportunidade de realizar uma graduação sem ter que pagar e ter acesso a um ensino de qualidade que possibilita o crescimento pessoal e profissional. Sabemos que Sapiranga é uma cidade de migrantes, com famílias oriundas das mais diversas regiões do estado, onde atraídos pela perspectivas de melhor qualidade vida, vieram para esta região sonhando com empregos bem remunerados, casa própria e outros.Os baixos salários, a carga horária e até mesmo o grande número de componentes das famílias, fazem com o nível de escolaridade da população em geral seja muito baixo. Não há condições de realizar um curso de graduação numa Instituição Privada. Por isso a importância do Pólo de Sapiranga oferecer diversos cursos de forma gratuita
Dentre toda solenidade o que me chamou mais atenção e orgulhosa de fazer parte da família PEAD, que será o pioneiro, nestes moldes, foi o fato de que o perfil do aluno de EAD, é igual ou até mesmo melhor do que o aluno do presencial. Segundo a fala dos palestrante Gerson Luís Milan e Patrícia Alejandra professores da UFRGS, os alunos da EAD, são autônomos, disciplinados e auto disciplinados, capazes de buscar aprendizagens significavas e diferenciadas. Tornando-se assim, como afirma Piaget , sujeitos ativos de sua ação de aprendizagem, buscando sempre uma tomada de consciência dessa ação.
Por ser uma aluna de PEAD senti muito orgulho de fazer parte desta família e principalmente das construções e reconstruções feitas durante esta caminhada.
Finalizo com uma citação de Paulo Freire “Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo a fora”.
Ocorreu no dia 14/10/09, no Centro de Cultura de Sapiranga, uma aula inaugural sobre os cursos oferecidos na modalidade de ensino à distância no Polo de nossa cidade. Participaram do evento representante das instituições envolvidas que são a Prefeitura Municipal de Sapiranga, FURG, UFPEL, UFSM e UFRGS. Também se fizeram presentes autoridades políticas, professores, tutores e alunos.
Acredito ser um sinal de grande evolução para nossa cidade e região o fato de termos a oportunidade de realizar uma graduação sem ter que pagar e ter acesso a um ensino de qualidade que possibilita o crescimento pessoal e profissional. Sabemos que Sapiranga é uma cidade de migrantes, com famílias oriundas das mais diversas regiões do estado, onde atraídos pela perspectivas de melhor qualidade vida, vieram para esta região sonhando com empregos bem remunerados, casa própria e outros.Os baixos salários, a carga horária e até mesmo o grande número de componentes das famílias, fazem com o nível de escolaridade da população em geral seja muito baixo. Não há condições de realizar um curso de graduação numa Instituição Privada. Por isso a importância do Pólo de Sapiranga oferecer diversos cursos de forma gratuita
Dentre toda solenidade o que me chamou mais atenção e orgulhosa de fazer parte da família PEAD, que será o pioneiro, nestes moldes, foi o fato de que o perfil do aluno de EAD, é igual ou até mesmo melhor do que o aluno do presencial. Segundo a fala dos palestrante Gerson Luís Milan e Patrícia Alejandra professores da UFRGS, os alunos da EAD, são autônomos, disciplinados e auto disciplinados, capazes de buscar aprendizagens significavas e diferenciadas. Tornando-se assim, como afirma Piaget , sujeitos ativos de sua ação de aprendizagem, buscando sempre uma tomada de consciência dessa ação.
Por ser uma aluna de PEAD senti muito orgulho de fazer parte desta família e principalmente das construções e reconstruções feitas durante esta caminhada.
Finalizo com uma citação de Paulo Freire “Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo a fora”.
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Linguagem oral e escrita
Ao realizar a atividade do módulo 3 de Linguagem e Educação percebi o quanto é importante o estímulo a oralidade da criança desde cedo.
Sabemos que a criança dentro do seu imaginário mundo cria fantasia e muitas vezes, mistura elementos de seu cotidiano com os vivenciados nas histórias. Nesse aspecto é muito importante a intervenção ou estimulação dos adultos(pais, professores e familiares), que convivem com a criança, pois é através da externação oral que a criança resolve seus medos aprende a usar a linguagem oral e a usar determinados elementos indispensável para a linguagem escrita.
Na escola em que estou atuando 44 horas semanais, tenho no turno da manhã Hora do Conto com as tumas de primeiro ao quinto ano e tarde atendo os alunos que possuem dificuldades de aprendizagem, ou seja, o Reforço escolar.
Na contação de histórias com os pequenos( primeiros anos), é fascinante como eles gostam de ouvir e querem contar também as histórias. Entretanto me chama a atenção as dificuldades da maioria que não conseguem fazer um relato coerente com a história que foi contada. Acredito que dois fatores são os que mais pesam para que ocorram essas dificuldades das crianças: o fato do Bairro não ter uma escola de Educação Infantil, onde os alunos vêm direto para o primeiro ano na escola de Ensino Fundamental e também a falta de incentivo e estímulo por partes dos pais e familiares, que tendo que trabalhar fora também pelo grande número de filhos não dão atenção necessárias a suas crianças deixando-as aos cuidados de irmãos mais velhos ou vizinhas que têm outros afazeres domésticos ou até mesmos seus próprios filhos.
Quando chegam a escola essas crianças apresentam diversas dificuldades que vão desde motricidade até a convivência em grupo. Como, agora, no primeiro ano as crianças já precisam sair silábicas alfabéticas, algumas etapas são “queimadas”.
Já com os alunos do reforço a tarde que atendo os de terceiro ao quinto ano , as dificuldades quanto a linguagem oral e escrita só se fizeram aumentar, onde alguns não conseguem elaborar coerentemente um parágrafo. Preciso estimular a formação de frases usando dois ou três elementos de uma história para depois partir para um parágrafo e assim por diante.
Diante desses e outros aspectos a escola apresenta um baixo índice na Prova Brasil, e as cobrança são feitas para a equipe diretiva que cobra dos professores e que estes ‘despejam” conteúdos em seus alunos visando um melhor desempenho na Provinha Brasil”. E a Prova Brasil está chegando...
Sabemos que a criança dentro do seu imaginário mundo cria fantasia e muitas vezes, mistura elementos de seu cotidiano com os vivenciados nas histórias. Nesse aspecto é muito importante a intervenção ou estimulação dos adultos(pais, professores e familiares), que convivem com a criança, pois é através da externação oral que a criança resolve seus medos aprende a usar a linguagem oral e a usar determinados elementos indispensável para a linguagem escrita.
Na escola em que estou atuando 44 horas semanais, tenho no turno da manhã Hora do Conto com as tumas de primeiro ao quinto ano e tarde atendo os alunos que possuem dificuldades de aprendizagem, ou seja, o Reforço escolar.
Na contação de histórias com os pequenos( primeiros anos), é fascinante como eles gostam de ouvir e querem contar também as histórias. Entretanto me chama a atenção as dificuldades da maioria que não conseguem fazer um relato coerente com a história que foi contada. Acredito que dois fatores são os que mais pesam para que ocorram essas dificuldades das crianças: o fato do Bairro não ter uma escola de Educação Infantil, onde os alunos vêm direto para o primeiro ano na escola de Ensino Fundamental e também a falta de incentivo e estímulo por partes dos pais e familiares, que tendo que trabalhar fora também pelo grande número de filhos não dão atenção necessárias a suas crianças deixando-as aos cuidados de irmãos mais velhos ou vizinhas que têm outros afazeres domésticos ou até mesmos seus próprios filhos.
Quando chegam a escola essas crianças apresentam diversas dificuldades que vão desde motricidade até a convivência em grupo. Como, agora, no primeiro ano as crianças já precisam sair silábicas alfabéticas, algumas etapas são “queimadas”.
Já com os alunos do reforço a tarde que atendo os de terceiro ao quinto ano , as dificuldades quanto a linguagem oral e escrita só se fizeram aumentar, onde alguns não conseguem elaborar coerentemente um parágrafo. Preciso estimular a formação de frases usando dois ou três elementos de uma história para depois partir para um parágrafo e assim por diante.
Diante desses e outros aspectos a escola apresenta um baixo índice na Prova Brasil, e as cobrança são feitas para a equipe diretiva que cobra dos professores e que estes ‘despejam” conteúdos em seus alunos visando um melhor desempenho na Provinha Brasil”. E a Prova Brasil está chegando...
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Debatendo PA
NO semestre 2008/2 iniciamos os trabalhos com P.A. Para mim algo totalmente novo, já que até então nem se quer havia ouvido falar.
Na prática desenvolvemos (o grupo 5), um PA sobre a importância da separação e reciclagem do lixo para a nossa cidade. Tivemos diversas aprendizagens que nos permitiram compreender o que é um P.A. Entretanto a compreensão de algumas questões estão sendo consolidadas neste semestre, pois as leituras, a tese e outros elementos deixam bem claro o que é um PA e para que serve. O que mais me chamou a atenção e que ele possibilita trabalharmos de forma interdisciplinar, onde alunos e professor aprendem, discutem e refletem sobre uma determinada questão/assunto até sentirem comprovadas suas certezas provisórias que podem virarem dúvidas e respondidas suas dúvidas através de diversos caminhos pré estabelecido pelo grupo e que levarão a muitas descobertas.
Piaget( 1976) afirma que compreender é dar-se conta das leis da transformação. Essa frase diz muito tanto para educando quanto para educadores, pois traz a tona todo o processo de ensino aprendizagem e nos leva a refletir de que se queremos que nossos alunos aprendam de forma interdisciplinar, precisamos oferecer desafios que desencadeiem aprendizagens diversas e imbricadas. Um dos elementos mais importantes é que todos aprendem de diferentes maneiras, mas que todos também obterão diferentes saberes.
Como nem tudo são flores, penso que para aplicar com nossos alunos um PA, teremos muitos desafios, dentre deles o maior são os tecnológicos, já que nossas escolas não tem laboratório de informática que comporte uma demanda com várias turmas trabalhando com PA. A escola que atuo, possui cerca de 800 alunos, nos três turnos, e o laboratório de informática tem apenas entre 9 ou 10 computadores em funcionamento. As turmas têm na média de 30 alunos, sendo que além dos alunos a escola disponibiliza horário para a comunidade. Como, nesta escola, somos 4 alunas de PEAD, acredito que em 2010, teremos grandes desafios.
Penso que os desafios estão aí para serem vencidos e se queremos sair do discurso teórico de que precisamos trabalhar com nossos alunos de forma interdisciplinar, devemos abolir de nossa prática o ensino fragmentado e sem significado.
Na prática desenvolvemos (o grupo 5), um PA sobre a importância da separação e reciclagem do lixo para a nossa cidade. Tivemos diversas aprendizagens que nos permitiram compreender o que é um P.A. Entretanto a compreensão de algumas questões estão sendo consolidadas neste semestre, pois as leituras, a tese e outros elementos deixam bem claro o que é um PA e para que serve. O que mais me chamou a atenção e que ele possibilita trabalharmos de forma interdisciplinar, onde alunos e professor aprendem, discutem e refletem sobre uma determinada questão/assunto até sentirem comprovadas suas certezas provisórias que podem virarem dúvidas e respondidas suas dúvidas através de diversos caminhos pré estabelecido pelo grupo e que levarão a muitas descobertas.
Piaget( 1976) afirma que compreender é dar-se conta das leis da transformação. Essa frase diz muito tanto para educando quanto para educadores, pois traz a tona todo o processo de ensino aprendizagem e nos leva a refletir de que se queremos que nossos alunos aprendam de forma interdisciplinar, precisamos oferecer desafios que desencadeiem aprendizagens diversas e imbricadas. Um dos elementos mais importantes é que todos aprendem de diferentes maneiras, mas que todos também obterão diferentes saberes.
Como nem tudo são flores, penso que para aplicar com nossos alunos um PA, teremos muitos desafios, dentre deles o maior são os tecnológicos, já que nossas escolas não tem laboratório de informática que comporte uma demanda com várias turmas trabalhando com PA. A escola que atuo, possui cerca de 800 alunos, nos três turnos, e o laboratório de informática tem apenas entre 9 ou 10 computadores em funcionamento. As turmas têm na média de 30 alunos, sendo que além dos alunos a escola disponibiliza horário para a comunidade. Como, nesta escola, somos 4 alunas de PEAD, acredito que em 2010, teremos grandes desafios.
Penso que os desafios estão aí para serem vencidos e se queremos sair do discurso teórico de que precisamos trabalhar com nossos alunos de forma interdisciplinar, devemos abolir de nossa prática o ensino fragmentado e sem significado.
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Seu Nome é Jonas.
O filme Seu nome é Jonas me fez refletir sobre a complexidade que a sociedade apresenta frente às necessidades especiais. Apesar de não se passar no contexto atual a história de Jonas nos traz elementos conflitantes vivenciados tanto por familiares como também por seres que nascem ou adquirem no decorrer da vida uma necessidade especial.
O diagnóstico, errado de retardo mental, em vez simplesmente da surdez, fez com que o menino ficasse internado num hospital por três anos, longe do convívio dos familiares. Quando os familiares trazem o filho para casa e tentam resgatar o direito a uma vida adequada para seu filho deparam-se com o preconceito da sociedade que não aceita o diferente e exclui e também com a falta postura de saber lidar com a situação adversa de ter uma criança surda. Como o menino não sabia falar era tratado, de certa forma como deficiente mental, pela sociedade e até mesmo pelo pai, que saiu de casa no momento em que a família mais precisava dele, argumentando não saber como agir. A mãe contra argumenta que também não sabe que atitudes tomar, mas que nem por isso deixa de buscar ajuda enfrentando preconceito e discriminação. Nessa caminhada a postura da escola em que acriança foi estudar, era muito rígida levando somente em consideração o método da oralidade em que nem sempre havia êxito. A própria mãe questionou-se que o seu filho se tornaria um domesticado animal “feito um papagaio”. Também as leituras são contraditórias, pois algumas tinham uma linha de pensamento totalmente avessa a linguagem dos sinais. A mãe por ter percebido que atrás da surdez de seu filho, existe um ser humano normal, com seus medos, aflições e capacidades para serem desenvolvidas, procura ajuda numa comunidade surda onde descobre um mundo totalmente integrado com diferentes pessoas usando uma linguagem própria para poderem se comunicar.
A partir desse momento a mãe descobre o caminho a ser seguido para inserir seu filho no mundo da comunicação e no direito que este tem de acessibilidade e autonomia na sociedade.
O diagnóstico, errado de retardo mental, em vez simplesmente da surdez, fez com que o menino ficasse internado num hospital por três anos, longe do convívio dos familiares. Quando os familiares trazem o filho para casa e tentam resgatar o direito a uma vida adequada para seu filho deparam-se com o preconceito da sociedade que não aceita o diferente e exclui e também com a falta postura de saber lidar com a situação adversa de ter uma criança surda. Como o menino não sabia falar era tratado, de certa forma como deficiente mental, pela sociedade e até mesmo pelo pai, que saiu de casa no momento em que a família mais precisava dele, argumentando não saber como agir. A mãe contra argumenta que também não sabe que atitudes tomar, mas que nem por isso deixa de buscar ajuda enfrentando preconceito e discriminação. Nessa caminhada a postura da escola em que acriança foi estudar, era muito rígida levando somente em consideração o método da oralidade em que nem sempre havia êxito. A própria mãe questionou-se que o seu filho se tornaria um domesticado animal “feito um papagaio”. Também as leituras são contraditórias, pois algumas tinham uma linha de pensamento totalmente avessa a linguagem dos sinais. A mãe por ter percebido que atrás da surdez de seu filho, existe um ser humano normal, com seus medos, aflições e capacidades para serem desenvolvidas, procura ajuda numa comunidade surda onde descobre um mundo totalmente integrado com diferentes pessoas usando uma linguagem própria para poderem se comunicar.
A partir desse momento a mãe descobre o caminho a ser seguido para inserir seu filho no mundo da comunicação e no direito que este tem de acessibilidade e autonomia na sociedade.
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Sistema de Ensino Parte II
“Muito temos aprendido e muito temos ainda a aprender, mas também já construímos algumas certezas”. ( Freire, !996).
A principal certeza que construímos até agora é de que preciso haver mudanças, sabemos da importância da conscientização de toda a comunidade escolar para ocorrer mudanças significativas no Sistema de Ensino Brasileiro.
Prosseguindo com a história de K... Na escola a mãe foi recebida pela Coordenadora Pedagógica e pela Vice Diretora, após o relato da situação da filha, a mãe procurou deixar claro que não estava lá para criticar ou reclamar, mas sim, para buscar pareceria e ajuda para evitar que num futuro a filha possa fracassar na escola. A equipe diretiva demonstrou concordar com a mãe, mas argumentou que “a escola recebe os Planos de Estudos, que devem ser seguidos, e que definitivamente os professores não estão preparados para trabalhar de outra forma que não seja a que está em vigência...”. Resumindo, disseram entender as preocupações da mãe, mas jogaram a culpa ao Sistema de Ensino e aos professores de sala de aula.
A aluna K, continua trazendo para casa enormes quantidades de atividades pendentes, com apenas 10 anos, acorda na madrugada e não consegue dormir preocupada com a aula no dia seguinte. Tem dificuldade de concentração, está sempre tristonha e está sempre preocupado com as tarefas escoares. K, sempre foi uma criança alegre, cheia de vida e alegre, mas parece que o sistema escolar a está empurrando para um caminho que vão a maioria dos alunos das escolas brasileiras.
Gostaria de salientar que a história de K, é real e representa milhares de crianças que entram na escola, idolatrando a professora, amando a escola e saem com o estigma do fracasso escolar proporcionado pelo próprio sistema.
Penso que a cada dia que passa aprendemos mais com o PEAD, mas quando nos deparamos com a realidade na qual estamos inseridos, percebemos que muito temos ainda que aprender e mudar em nosso Sistema de Ensino e consequentemente em nossa prática educativa.
A principal certeza que construímos até agora é de que preciso haver mudanças, sabemos da importância da conscientização de toda a comunidade escolar para ocorrer mudanças significativas no Sistema de Ensino Brasileiro.
Prosseguindo com a história de K... Na escola a mãe foi recebida pela Coordenadora Pedagógica e pela Vice Diretora, após o relato da situação da filha, a mãe procurou deixar claro que não estava lá para criticar ou reclamar, mas sim, para buscar pareceria e ajuda para evitar que num futuro a filha possa fracassar na escola. A equipe diretiva demonstrou concordar com a mãe, mas argumentou que “a escola recebe os Planos de Estudos, que devem ser seguidos, e que definitivamente os professores não estão preparados para trabalhar de outra forma que não seja a que está em vigência...”. Resumindo, disseram entender as preocupações da mãe, mas jogaram a culpa ao Sistema de Ensino e aos professores de sala de aula.
A aluna K, continua trazendo para casa enormes quantidades de atividades pendentes, com apenas 10 anos, acorda na madrugada e não consegue dormir preocupada com a aula no dia seguinte. Tem dificuldade de concentração, está sempre tristonha e está sempre preocupado com as tarefas escoares. K, sempre foi uma criança alegre, cheia de vida e alegre, mas parece que o sistema escolar a está empurrando para um caminho que vão a maioria dos alunos das escolas brasileiras.
Gostaria de salientar que a história de K, é real e representa milhares de crianças que entram na escola, idolatrando a professora, amando a escola e saem com o estigma do fracasso escolar proporcionado pelo próprio sistema.
Penso que a cada dia que passa aprendemos mais com o PEAD, mas quando nos deparamos com a realidade na qual estamos inseridos, percebemos que muito temos ainda que aprender e mudar em nosso Sistema de Ensino e consequentemente em nossa prática educativa.
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Sistema de Ensino Parte I
Nós alunas do PEAd, temos o privilégio de estarmos realizando um curso de graduação que estabelece relações diretas com a teoria e a prática. Sempre afirmo sem medo de estar sendo demagoga, que aprendi nestes três anos, muitas aprendizagens que vão além das tecnológicas. É claro que para quem era analfabeta digital as aprendizagens tecnológicas são muito significativas e fazem um grande diferencial. Neste semestre, por exemplo, estamos recebendo capacitação da ISMED, para informatizarmos as bibliotecas das escolas de forma padronizada, constatei no curso, que as colegas da minha faixa etária estavam em “pânico”, pois pouco sabiam fazer uso das ferramentas tecnológicas, coisas que para mim fazem parte do meu cotidiano.Então estou podendo auxiliar na apropriação do uso que as ferramentas tecnológicas.
Entretanto o foco desta postagem é uma reflexão sobre o que estamos aprendendo no curso e prática de nossas escolas. Percebo em nosso sistema de ensino uma rede descontextualizada da realidade em que o aluno está inserido.
Segundo Hilton Japiassu “A especialização sem limites culminou numa fragmentação crescente do horizonte epistemológico. Chegamos a um ponto que o especialista se reduz àquele que, a causa de saber cada vez mais sobre cada vez menos, termina por saber tudo sobre o nada, (...)”. Para ilustrar vou usar um exemplo que acompanho a alguns anos. Em fevereiro de 2004 ingressou numa escola a criança K, com 4 anos e 6 meses, onde durante dois anos seguidos aluna amava a escola, era considerada excelente em tudo. Então no final de 2005, foi efetuada a matrícula para K cursar em 2006 a primeira série, ainda do ensino de 8 anos. A mãe da aluna tentou argumentar se não seria aconselhável que a criança fizesse mais um ano de jardim B, já que pela lei ela não tinha idade, ( a lei previa que aluno completasse os 7anos até junho) e aluna faria aniversário em agosto, mas a posição da professora foi ao contrário, afirmou que a criança era muito esperta e estava pronta para uma primeira série.
No ano de 2006, na primeira entrega de avaliação, a professora da primeira série afirmou que a aluna “acompanhando a turma”. Então a mãe comprometeu-se em auxiliar dedicando mais tempo para ajudar K, a alfabetizar-se. Em dois meses K saiu do silábico e estava lendo tudo, mas a escrita deixava a desejar...No ano seguinte K chegava em casa e dizia para a sua mãe “ ...Eu gosto de estudar, mas me dá uma tristeza, quando vejo o quadro cheio...parece que nunca vou terminar de copiar...”. Na terceira série, em 2008, a aluna começou a questionar o porquê de ter que dedicar-se muito para a realização de tantas atividades escolares e mesmo assim não obter notas boas, pois, apesar de ter um raciocínio lógico bom, ser bastante criativa, sua escrita apresenta muito erros ortográficos, colocando s aonde vai ç, esquecendo pontuação, letra maiúscula etc. Paralelo a isso K sempre participou de projetos extra classe, principalmente os ligados aos esportes, como Ginástica Olímpica, Mini Tênis, futsal, Capoeira, dos quais sempre obteve êxito com diversas medalhas.
Este ano a aluna está na quarta série com mais professoras, que se preocupam muito em vencer os conteúdos. K, já não tem muito tempo para brincar, pois não vence realizar as atividades na escolas trazendo-as para terminar em casa juntamente com o tema para casa, cito o exemplo da semana passada que eram expressões numéricas envolvendo as quatro operações com dezenas e unidades de milhar da letra A ao N. A criança levou 3 horas fazendo. Nessa mesma semana a mãe foi chamada na escola para conversar com as professoras porque a aluna não havia alcançado nota nas avaliações feitas. Em casa foram intensificadas as cobranças e nesta última semana K está doente. Ganha dor de barriga, febre está deprimida. A mãe foi chamada duas vezes na escola para buscá-la. Percebendo algo errado a mãe procurou a coordenação da escola em busca de ajuda.
Segundo Piaget e os estádios do desenvolvimento, o Período Operacional concreto ( 6 a 12 anos): conforma a experiência física e concreta se vai acumulando, a criança começa a conceitualizar, criando "estruturas lógicas" para a explicação das suas experiências mas ainda sem abstração.
Então que escola é essa que temos, a qual oferece um ensino tão fragmentado e não leva em consideração a fase em que o alunos, encontram-se?
Entretanto o foco desta postagem é uma reflexão sobre o que estamos aprendendo no curso e prática de nossas escolas. Percebo em nosso sistema de ensino uma rede descontextualizada da realidade em que o aluno está inserido.
Segundo Hilton Japiassu “A especialização sem limites culminou numa fragmentação crescente do horizonte epistemológico. Chegamos a um ponto que o especialista se reduz àquele que, a causa de saber cada vez mais sobre cada vez menos, termina por saber tudo sobre o nada, (...)”. Para ilustrar vou usar um exemplo que acompanho a alguns anos. Em fevereiro de 2004 ingressou numa escola a criança K, com 4 anos e 6 meses, onde durante dois anos seguidos aluna amava a escola, era considerada excelente em tudo. Então no final de 2005, foi efetuada a matrícula para K cursar em 2006 a primeira série, ainda do ensino de 8 anos. A mãe da aluna tentou argumentar se não seria aconselhável que a criança fizesse mais um ano de jardim B, já que pela lei ela não tinha idade, ( a lei previa que aluno completasse os 7anos até junho) e aluna faria aniversário em agosto, mas a posição da professora foi ao contrário, afirmou que a criança era muito esperta e estava pronta para uma primeira série.
No ano de 2006, na primeira entrega de avaliação, a professora da primeira série afirmou que a aluna “acompanhando a turma”. Então a mãe comprometeu-se em auxiliar dedicando mais tempo para ajudar K, a alfabetizar-se. Em dois meses K saiu do silábico e estava lendo tudo, mas a escrita deixava a desejar...No ano seguinte K chegava em casa e dizia para a sua mãe “ ...Eu gosto de estudar, mas me dá uma tristeza, quando vejo o quadro cheio...parece que nunca vou terminar de copiar...”. Na terceira série, em 2008, a aluna começou a questionar o porquê de ter que dedicar-se muito para a realização de tantas atividades escolares e mesmo assim não obter notas boas, pois, apesar de ter um raciocínio lógico bom, ser bastante criativa, sua escrita apresenta muito erros ortográficos, colocando s aonde vai ç, esquecendo pontuação, letra maiúscula etc. Paralelo a isso K sempre participou de projetos extra classe, principalmente os ligados aos esportes, como Ginástica Olímpica, Mini Tênis, futsal, Capoeira, dos quais sempre obteve êxito com diversas medalhas.
Este ano a aluna está na quarta série com mais professoras, que se preocupam muito em vencer os conteúdos. K, já não tem muito tempo para brincar, pois não vence realizar as atividades na escolas trazendo-as para terminar em casa juntamente com o tema para casa, cito o exemplo da semana passada que eram expressões numéricas envolvendo as quatro operações com dezenas e unidades de milhar da letra A ao N. A criança levou 3 horas fazendo. Nessa mesma semana a mãe foi chamada na escola para conversar com as professoras porque a aluna não havia alcançado nota nas avaliações feitas. Em casa foram intensificadas as cobranças e nesta última semana K está doente. Ganha dor de barriga, febre está deprimida. A mãe foi chamada duas vezes na escola para buscá-la. Percebendo algo errado a mãe procurou a coordenação da escola em busca de ajuda.
Segundo Piaget e os estádios do desenvolvimento, o Período Operacional concreto ( 6 a 12 anos): conforma a experiência física e concreta se vai acumulando, a criança começa a conceitualizar, criando "estruturas lógicas" para a explicação das suas experiências mas ainda sem abstração.
Então que escola é essa que temos, a qual oferece um ensino tão fragmentado e não leva em consideração a fase em que o alunos, encontram-se?
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Letramento e Alfabetização
Em nosso cotidiano sempre nos deparamos em situações que exigem alfabetização e letramento. Entretanto sabemos que se diferenciam em alguns aspectos uma da outra.
Em linguagem simples podemos dizer que a alfabetização está vinculada a decifração de códigos da língua oral e escrita. Já a definição de letramento, segundo o texto dr Kleiman, “ é um conjunto de práticas sociais que usam a escrita, enquanto sistema simbólico e enquanto tecnologia, em contextos específicos, para objetivos específicos (cf. Scribner e Cole, 1981). Dessa forma existem diversas formas de letramento que são adequadas para determinadas realidades culturais e sociais.
Sabemos que os problemas de analfabetismo causam um ciclo de empobrecimento cada vez maior em nosso país, reproduzindo a miséria, a baixa qualidade de vida, dependência e a discriminação. A escola, por sua vez, apresenta um sistema de ensino muito mecanizada, voltada para uma realidade que não condiz com a clientela que tem, não sabendo aproveitar e associar as vivências, a oralidade e a forma individual de cada região. Já que temos uma grande diversidade que varia de região para região e de cultura para cultura.
Penso que precisamos de ações que promovam uma escola inclusiva, que esteja sincronizada com as vivências de cada povo e região. A linguagem escrita e oral deve ser explorada de forma significativa para cada um que busca uma educação tranformadora.
“Os problemas causados pelo analfabetismo são as principais razões do ciclo permanente de pobreza e subdesenvolvimento em que muitos países se encontram. (Correio Braziliehse, 7/9/1989).
Em linguagem simples podemos dizer que a alfabetização está vinculada a decifração de códigos da língua oral e escrita. Já a definição de letramento, segundo o texto dr Kleiman, “ é um conjunto de práticas sociais que usam a escrita, enquanto sistema simbólico e enquanto tecnologia, em contextos específicos, para objetivos específicos (cf. Scribner e Cole, 1981). Dessa forma existem diversas formas de letramento que são adequadas para determinadas realidades culturais e sociais.
Sabemos que os problemas de analfabetismo causam um ciclo de empobrecimento cada vez maior em nosso país, reproduzindo a miséria, a baixa qualidade de vida, dependência e a discriminação. A escola, por sua vez, apresenta um sistema de ensino muito mecanizada, voltada para uma realidade que não condiz com a clientela que tem, não sabendo aproveitar e associar as vivências, a oralidade e a forma individual de cada região. Já que temos uma grande diversidade que varia de região para região e de cultura para cultura.
Penso que precisamos de ações que promovam uma escola inclusiva, que esteja sincronizada com as vivências de cada povo e região. A linguagem escrita e oral deve ser explorada de forma significativa para cada um que busca uma educação tranformadora.
“Os problemas causados pelo analfabetismo são as principais razões do ciclo permanente de pobreza e subdesenvolvimento em que muitos países se encontram. (Correio Braziliehse, 7/9/1989).
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Didática
Para o trabalho docente é imprescindível a didática, entretanto sabemos que existem diferentes maneiras do profissional utilizar-se desta. Comênios, considerado o pai da didática, há mais trezentos, afirmava em sua “Didática Magna” a necessidade de se encontrar métodos onde os professores ensinassem menos e os alunos aprendessem mais. Onde seria possível ensinar tudo a todos. Apesar de terem se passado tanto tempo, essas idéias se fazem necessárias em pleno século XXI.
A escola de hoje precisa ser espaço atrativos para os alunos, com atividades menos mecanizadas e que tenham relação com o contexto em que os educando estão inseridos tendo algum significado que este possa levar vida a fora.
A escola de hoje ainda está muito atrelada a burocracia e organização curricular feita por alguns que desconhecem toda a diversidade e peculiaridade de cada região.
Acredito que o aluno precisa ser estimulado a explorar todo seu potencial de criatividade e descoberta, pois assim estará crescendo com autonomia e aprende o prazer de aprender. O professor tem o papel de facilitador e estimulador, ou seja, deve apontar caminhos, aprender a partir da individualidade de cada aluno incentivar sempre.
Na escola em que atuo atendo alunos com dificuldades de aprendizagens. Quando chegam para a aula eles esperam quantidades de exercícios mecanizados, mas ao encontrar materiais concreto e, na maioria das vezes, resolver uma situação partindo da realidade deles, esquecem que estão na aula, tornando-se crianças que brincam, criam e chegam a suas próprias conclusões. Entretanto com os alunos maiores tenho dificuldades de trabalhar dessa forma, pois eles não querem pensar para resolver uma história matemática, procurando sempre perguntar: “ É de mais, ou de menos”.
Penso que está nas mãos do professor o poder de despertar em seus alunos o interesse, a curiosidade e o prazer da descoberta.
A escola de hoje precisa ser espaço atrativos para os alunos, com atividades menos mecanizadas e que tenham relação com o contexto em que os educando estão inseridos tendo algum significado que este possa levar vida a fora.
A escola de hoje ainda está muito atrelada a burocracia e organização curricular feita por alguns que desconhecem toda a diversidade e peculiaridade de cada região.
Acredito que o aluno precisa ser estimulado a explorar todo seu potencial de criatividade e descoberta, pois assim estará crescendo com autonomia e aprende o prazer de aprender. O professor tem o papel de facilitador e estimulador, ou seja, deve apontar caminhos, aprender a partir da individualidade de cada aluno incentivar sempre.
Na escola em que atuo atendo alunos com dificuldades de aprendizagens. Quando chegam para a aula eles esperam quantidades de exercícios mecanizados, mas ao encontrar materiais concreto e, na maioria das vezes, resolver uma situação partindo da realidade deles, esquecem que estão na aula, tornando-se crianças que brincam, criam e chegam a suas próprias conclusões. Entretanto com os alunos maiores tenho dificuldades de trabalhar dessa forma, pois eles não querem pensar para resolver uma história matemática, procurando sempre perguntar: “ É de mais, ou de menos”.
Penso que está nas mãos do professor o poder de despertar em seus alunos o interesse, a curiosidade e o prazer da descoberta.
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Alfabetização de Jovens e Adultos-EJA
Ao realizar as leituras dos textos: "Parecer sobre as Diretrizes Curriculares" de Jamil Cury e "Jovens e Adultos como Sujeitos de Conhecimento e Aprendizagens", de Martha Kohl de Oliveira, percebi que tratam de questões que já são nossas velhas conhecidas. Já no semestre anterior tratamos das questões dos direitos humanos como a inclusão social de Pessoas com necessidades especiais e também dos negros, índios e pobres.
Pelo panorama apresentado essa é também uma questão que trata da inclusão de milhares de brasileiros. Fiquei alarmada de que no Brasil existem mais de quinze milhões de pessoas acima dos dezesseis que são analfabetos. Ora, como constatei existem leis que garantem a acessibilidade a todos a alfabetização mesmo que essa não tenha acontecido na idade adequada. Entretanto, em nosso país, existem muitas leis que ficam somente no papel e que por falta de vontade política e até mesmo conscientização da própria população em exigir seus direitos ficam colocadas em segundo plano. O perfil das pessoas analfabetas reflete algumas questões culturais e históricas como a das famílias residentes na zona rural e também o próprio sistema capitalista que procura reproduzir um povo ignorante na parte da escolarização para poder manipular a vontade.
Sapiranga representa uma semelhança muito grande com o perfil da maioria dos analfabetos do restante do país, ou seja, muitos são migrantes do interior rural do Rio Grande do Sul, que desescolarizados, vieram em busca de uma vida melhor. A vinte ou trinta anos atrás aqui chegavam e logo arrumavam empregos nas fábricas de calçados, mesmo não sabendo ler e escrever. Mas, hoje, tudo mudou, as empresas pedem currículo, escolaridade de Ensino Fundamental, para serviços gerais e com isso cresceu a miséria e a pobreza.
Para muitas gerações é uma questão cultural onde, desde muito cedo precisam aprender a sobreviver perpetuando as situações de analfabetismo.
Pelo panorama apresentado essa é também uma questão que trata da inclusão de milhares de brasileiros. Fiquei alarmada de que no Brasil existem mais de quinze milhões de pessoas acima dos dezesseis que são analfabetos. Ora, como constatei existem leis que garantem a acessibilidade a todos a alfabetização mesmo que essa não tenha acontecido na idade adequada. Entretanto, em nosso país, existem muitas leis que ficam somente no papel e que por falta de vontade política e até mesmo conscientização da própria população em exigir seus direitos ficam colocadas em segundo plano. O perfil das pessoas analfabetas reflete algumas questões culturais e históricas como a das famílias residentes na zona rural e também o próprio sistema capitalista que procura reproduzir um povo ignorante na parte da escolarização para poder manipular a vontade.
Sapiranga representa uma semelhança muito grande com o perfil da maioria dos analfabetos do restante do país, ou seja, muitos são migrantes do interior rural do Rio Grande do Sul, que desescolarizados, vieram em busca de uma vida melhor. A vinte ou trinta anos atrás aqui chegavam e logo arrumavam empregos nas fábricas de calçados, mesmo não sabendo ler e escrever. Mas, hoje, tudo mudou, as empresas pedem currículo, escolaridade de Ensino Fundamental, para serviços gerais e com isso cresceu a miséria e a pobreza.
Para muitas gerações é uma questão cultural onde, desde muito cedo precisam aprender a sobreviver perpetuando as situações de analfabetismo.
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Mais um passo...
Estamos mais uma vez diante de um recomeço. Um novo semestre com muitos desafios para enfrentarmos. Ao olhar para atrás percebo uma caminhada de muitas aprendizagens que a cada novo dia vão se consolidando. Desde pequenas aprendizagens como navegar na web até outras maiores como uma síntese ou até mesmo o workshop me fazem ter a certeza de ter valido a pena todas as dificuldades enfrentadas durante este percurso.
Tenho muito orgulho de fazer parte deste curso que, com certeza, se tornará referência em termos de Educação à distância. Sei que entraremos para história da Educação não só em Sapiranga como também para o Rio grande do Sul e até mesmo o restante do País.
Mas como tem sido de praxe a cada novo recomeço bate aquela insegurança de que não vou conseguir dar conta de tantas atividades tendo tantas outras atribuições como profissional e pessoal. Sei que será preciso estabelecer prioridades e nesse aspecto tenho que fazer determinadas escolhas onde sempre alguém sai perdendo. Então sobra para o lazer e atenção a família. Acredito que com empenho e dedicação conseguirei ultrapassar mais essa etapa e então ter saúde e perseverança para enfrentar o último ano dessa jornada que está sendo fazer essa graduação.
Tenho muito orgulho de fazer parte deste curso que, com certeza, se tornará referência em termos de Educação à distância. Sei que entraremos para história da Educação não só em Sapiranga como também para o Rio grande do Sul e até mesmo o restante do País.
Mas como tem sido de praxe a cada novo recomeço bate aquela insegurança de que não vou conseguir dar conta de tantas atividades tendo tantas outras atribuições como profissional e pessoal. Sei que será preciso estabelecer prioridades e nesse aspecto tenho que fazer determinadas escolhas onde sempre alguém sai perdendo. Então sobra para o lazer e atenção a família. Acredito que com empenho e dedicação conseguirei ultrapassar mais essa etapa e então ter saúde e perseverança para enfrentar o último ano dessa jornada que está sendo fazer essa graduação.
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Aprendizagens...
Ao realizar a síntese deste semestre percebi que ao longo deste período as minhas aprendizagens foram tornando-se interdisciplinares, ou seja, ao tratarmos das questões étnicas raciais estamos tratando da inclusão social. Para termos uma inclusão social de qualidade precisamos estar preparadas para tratarmos de diferentes casos que teremos em nossas salas de aula. Para isso é muito importante o que aprendemos em Psicologia, mais especificamente estudando um pouco sobre a epistemologia da genética, que segundo Piaget, precisa levar em consideração os estágios do desenvolvimento humano, o método clínico e também a importância da ação do professor no processo de aprendizagens dos alunos.
Através do filme “Entre os muros da escola”, podemos constatar de que apesar do filme se passar em outro contexto, em muito se assemelha com a realidade vivenciada em nossas escolas onde temos diferentes situações para o professor administrar em sua sala de aula. Muitas vezes o professor, apesar de buscar proporcionar para seu alunos uma educação significativa e de qualidade, nem sempre obtém êxito por diversas razões que escapam da competência do docente envolvendo outros segmentos e normas da própria escola e sociedade
Através do filme “Entre os muros da escola”, podemos constatar de que apesar do filme se passar em outro contexto, em muito se assemelha com a realidade vivenciada em nossas escolas onde temos diferentes situações para o professor administrar em sua sala de aula. Muitas vezes o professor, apesar de buscar proporcionar para seu alunos uma educação significativa e de qualidade, nem sempre obtém êxito por diversas razões que escapam da competência do docente envolvendo outros segmentos e normas da própria escola e sociedade
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Sala de aula Construtivista
Todos sabemos da importância do papel do professor no processo de aprendizagem, mas precisamos estar atentos à ação deste, pois é dela que desencadeia a construção de conhecimentos.
Para a epistemologia genética a ação é promotora de aprendizagem. Piaget acreditava que a aprendizagem acontece a partir da ação do sujeito, sendo que essa ação pode ser física ou mental.
Para que ocorra a ação do professor é necessário a facilitação para o aluno com uma sala de aula construtivista. A sala de aula construtivista necessita da percepção do professor para descobrir em que determinado estádio do desenvolvimento encontram seus alunos. Uma criança da mesma idade pode estar em estádios diferentes. Os estádios do desenvolvimento são: Período sensório motor (18 meses), Pré- operacional (18 meses- 6 anos), Operacional concreto( 6 a 12 anos) e Operacional formal( 12 anos em diante).
A tomada de consciência de que a ação do professor tem suma importância no desenvolvimento do aluno baseia-se na sala de aula construtivista, onde a base do construtivismo é a equilibração. O processo de equilibração é equilibrar e desiquilibrar. O professor deve ter em mente que o quê desequilibra um sujeito não desequilibra o outro. Isto porque cada sujeito vê o objeto de aprendizagem de forma diferente. O conceito é a essência do objeto.
Para a epistemologia genética a ação é promotora de aprendizagem. Piaget acreditava que a aprendizagem acontece a partir da ação do sujeito, sendo que essa ação pode ser física ou mental.
Para que ocorra a ação do professor é necessário a facilitação para o aluno com uma sala de aula construtivista. A sala de aula construtivista necessita da percepção do professor para descobrir em que determinado estádio do desenvolvimento encontram seus alunos. Uma criança da mesma idade pode estar em estádios diferentes. Os estádios do desenvolvimento são: Período sensório motor (18 meses), Pré- operacional (18 meses- 6 anos), Operacional concreto( 6 a 12 anos) e Operacional formal( 12 anos em diante).
A tomada de consciência de que a ação do professor tem suma importância no desenvolvimento do aluno baseia-se na sala de aula construtivista, onde a base do construtivismo é a equilibração. O processo de equilibração é equilibrar e desiquilibrar. O professor deve ter em mente que o quê desequilibra um sujeito não desequilibra o outro. Isto porque cada sujeito vê o objeto de aprendizagem de forma diferente. O conceito é a essência do objeto.
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Projeto de Aprendizagem
Ao realizarmos nossas atividades referente ao nosso PA,(grupo 5), do qual optamos, em comum acordo, em darmos prosseguimento ao que desenvolvemos em 2008. Em vista de que se trata de assunto de vital importância para a sobrevivência da humanidade.
Precisamos imediatamente de ações individuais e coletivas que realmente façam a diferença imediatamente e no futuro de nossos filhos e netos.
Percebo que quanto ao trabalho interativo ainda temos dificuldades de avançarmos e trabalharmos coletivamente. Ainda prevalece a necessidade do sistema presencial, “olho no olho”. Como temos dificuldades de nos reunirmos virtualmente em função de dificuldades tecnológicas e de horários, ficamos limitadas em determinadas situações, muitas vezes, tendo que tomar a iniciativa de fazer determinadas tarefas sem a participação integral do grupo. Mas, são atitudes tomadas em função do bom andamento do projeto, que em função do tempo e da quantidade de atribulação que todas temos nos dificultam alguns procedimentos.
Entretanto de uma forma ou de outra estamos sempre tentando inserir a participação de todas, sendo que todas temos acesso ao nosso grupo tendo a autonomia de agir e comunicarmos através de mensagens, que podem ser por e-mail, telefone msn ou outros.
Acredito que nosso grupo é bastante comprometido e de uma diversidade grande, mas é a partir das diferenças que podemos crescer e obter verdadeiras aprendizagens. Como estudamos na interdisciplina de Psicologia o processo em que ocorre aprendizagem nem sempre é fácil, sendo que muitas vezes pode ser até doloroso.
Precisamos imediatamente de ações individuais e coletivas que realmente façam a diferença imediatamente e no futuro de nossos filhos e netos.
Percebo que quanto ao trabalho interativo ainda temos dificuldades de avançarmos e trabalharmos coletivamente. Ainda prevalece a necessidade do sistema presencial, “olho no olho”. Como temos dificuldades de nos reunirmos virtualmente em função de dificuldades tecnológicas e de horários, ficamos limitadas em determinadas situações, muitas vezes, tendo que tomar a iniciativa de fazer determinadas tarefas sem a participação integral do grupo. Mas, são atitudes tomadas em função do bom andamento do projeto, que em função do tempo e da quantidade de atribulação que todas temos nos dificultam alguns procedimentos.
Entretanto de uma forma ou de outra estamos sempre tentando inserir a participação de todas, sendo que todas temos acesso ao nosso grupo tendo a autonomia de agir e comunicarmos através de mensagens, que podem ser por e-mail, telefone msn ou outros.
Acredito que nosso grupo é bastante comprometido e de uma diversidade grande, mas é a partir das diferenças que podemos crescer e obter verdadeiras aprendizagens. Como estudamos na interdisciplina de Psicologia o processo em que ocorre aprendizagem nem sempre é fácil, sendo que muitas vezes pode ser até doloroso.
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Desenvolvimento Moral:
Segundo a teoria piagetiana baseados em estudos construtivistas a criança desenvolve sua aprendizagem de acordo com o meio em que está inserida e das relações que acercam. Constata-se que o desenvolvimento moral não está separado dessa premissa.
Em meu cotidiano escolar posso constatar esse fato seguidamente, onde por mais esforços que nós educadores possamos fazer para oferecer uma educação onde prevaleçam valores étnicos morais corretos, somos interpelados por valores distorcidos aprendidos no meio familiar ou mesmos com aqueles com quem nossas crianças se relacionam. As famílias encontram num total caos de desestruturação, onde a mãe e avós são quem mais aparece como figura provedora de sustento. As pessoas precisam sair para trabalhar deixando seus filhos a mercê da televisão, de convivências com outras crianças que também não tem um referencial de limites adequados.
São essas crianças que temos em nossas salas de aulas, para tentarmos de alguma forma inserir uma concepção adequada de valores étnico e moral. Uma das maiores dificuldades encontradas são a apatia e acomodação de achar que as coisas sempre foram assim e que não vão mudar.
Penso que precisamos trabalhar mais com essas questões, já que é imprencindivel para que tenhamos num futuro cidadão éticos e consciente de seu verdadeiro papel na sociedade.
Em meu cotidiano escolar posso constatar esse fato seguidamente, onde por mais esforços que nós educadores possamos fazer para oferecer uma educação onde prevaleçam valores étnicos morais corretos, somos interpelados por valores distorcidos aprendidos no meio familiar ou mesmos com aqueles com quem nossas crianças se relacionam. As famílias encontram num total caos de desestruturação, onde a mãe e avós são quem mais aparece como figura provedora de sustento. As pessoas precisam sair para trabalhar deixando seus filhos a mercê da televisão, de convivências com outras crianças que também não tem um referencial de limites adequados.
São essas crianças que temos em nossas salas de aulas, para tentarmos de alguma forma inserir uma concepção adequada de valores étnico e moral. Uma das maiores dificuldades encontradas são a apatia e acomodação de achar que as coisas sempre foram assim e que não vão mudar.
Penso que precisamos trabalhar mais com essas questões, já que é imprencindivel para que tenhamos num futuro cidadão éticos e consciente de seu verdadeiro papel na sociedade.
quinta-feira, 4 de junho de 2009
FÓRUM< ACESSIBILIDADE > INCLUSÃO
Fórum Permanente da Política Pública Estadual para Pessoas com Deficiências e Pessoas com Altas Habilidades.
Nos dias 27 e 28 de maio ocorreu em sapiranga a septuagésima quarta Plenária do Fórum Permanente da Política Pública Estadual para Pessoas com Deficiências e Pessoas com Altas Habilidades. Participaram do evento diversa entidades relacionadas ao assunto, mas a maioria eram professores, as colegas do PEAD estavam quase todas.
Foi bastante interessante ouvirmos e debatermos sobre esse assunto de extrema importância para a nossa sociedade. Em termos d e regulamentação de leis não tivemos novidade, pois já tínhamos debatido neste sementre nas interdisciplinas de Questões Raciais e Inclusão. Foi esclarecedor perceber que a lei existe, mas que deve ser colocada em prática articulada com os diversos segmentos das esferas políticas, ou seja, União, Estados e Municípios. Essas políticas devem ser cobradas pelo povo através do apelo pela consciência moral dos políticos. Ora, sabemos que ainda estamos muito atrasados nesse quesito, pois ainda há muitas pessoas que trocam seu voto por pequenos favorecimentos pessoais e são esses políticos que irão para o poder.
Constatamos que a maioria dos prazos estabelecidos para que sejam feitas as adequações necessárias para que as pessoas tenham acesso aonde precisam ir, estão esgotados e, no entanto, pouco realmente foi colocado em prática. A maioria das escolas de nossos municípios e cidades vizinhas não estão preparadas para receber os alunos com necessidades especiais. A escola em que atuo é exemplo, foi ampliada a pouco tempo e não tem rampa de acesso a cadeirantes, assim como também a maioria das escolas tanto municipais como estaduais.
O debate sobre esse assunto tão importante foi direcionado para todos os direitos de todas as pessoas a acessibilidade em todos os segmentos, ou seja, do direito à saúde, à educação, ao trabalho, ao lazer, à educação ambiental. Me chamou a atenção O acesso à educação ambiental, já que no RS temos 23 reservas ambientais e todas sem acesso a qualquer pessoa com deficiência.
Para finalizar, nesse Fórum ficou claro, que precisamos articular parecerias para buscar a implementação de políticas públicas que possibilitem acessibilidade da inclusão social em todos os segmentos da sociedade.
Nos dias 27 e 28 de maio ocorreu em sapiranga a septuagésima quarta Plenária do Fórum Permanente da Política Pública Estadual para Pessoas com Deficiências e Pessoas com Altas Habilidades. Participaram do evento diversa entidades relacionadas ao assunto, mas a maioria eram professores, as colegas do PEAD estavam quase todas.
Foi bastante interessante ouvirmos e debatermos sobre esse assunto de extrema importância para a nossa sociedade. Em termos d e regulamentação de leis não tivemos novidade, pois já tínhamos debatido neste sementre nas interdisciplinas de Questões Raciais e Inclusão. Foi esclarecedor perceber que a lei existe, mas que deve ser colocada em prática articulada com os diversos segmentos das esferas políticas, ou seja, União, Estados e Municípios. Essas políticas devem ser cobradas pelo povo através do apelo pela consciência moral dos políticos. Ora, sabemos que ainda estamos muito atrasados nesse quesito, pois ainda há muitas pessoas que trocam seu voto por pequenos favorecimentos pessoais e são esses políticos que irão para o poder.
Constatamos que a maioria dos prazos estabelecidos para que sejam feitas as adequações necessárias para que as pessoas tenham acesso aonde precisam ir, estão esgotados e, no entanto, pouco realmente foi colocado em prática. A maioria das escolas de nossos municípios e cidades vizinhas não estão preparadas para receber os alunos com necessidades especiais. A escola em que atuo é exemplo, foi ampliada a pouco tempo e não tem rampa de acesso a cadeirantes, assim como também a maioria das escolas tanto municipais como estaduais.
O debate sobre esse assunto tão importante foi direcionado para todos os direitos de todas as pessoas a acessibilidade em todos os segmentos, ou seja, do direito à saúde, à educação, ao trabalho, ao lazer, à educação ambiental. Me chamou a atenção O acesso à educação ambiental, já que no RS temos 23 reservas ambientais e todas sem acesso a qualquer pessoa com deficiência.
Para finalizar, nesse Fórum ficou claro, que precisamos articular parecerias para buscar a implementação de políticas públicas que possibilitem acessibilidade da inclusão social em todos os segmentos da sociedade.
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Educação de Pessoas com Necessidades Especiais
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Método Clínico
Ao ler a atividade sobre a aplicação do Método Clínico de Jean Piaget, não pensei que renderia tantas aprendizagens. Em primeiro lugar eu não sabia realmente para que servia exatamente a aplicação do mesmo. Quando aplicamos com os alunos descobrimos o quanto é importante a aplicação deste para a identificação do estádio de desenvolvimento em que se encontram as crianças. Descobrimos que o Método Clínico possibilita analisar o conhecimento do pensamento da criança, principalmente aquelas com dificuldades de aprendizagens. Foi o que constatamos com a aluna de 10 anos que aplicamos o teste e que ela teve muitas dúvidas. Ao contrário da aluna de 6 anos que teve segurança nas respostas ao realizar o teste.
Na escola em que atuo temos muitos alunos com dificuldades de aprendizagens e que se encontram fora da faixa etária correspondente a série ou ano que deveriam estar. Como estou trabalhando com reforço escolar a tarde acredito que vai ser de grande valia essa aprendizagem pois irei aplicar com alguns alunos visando identificar o estádio em que se encontram para poder dar prosseguimento ao reforço com atividades adequadas a cada um destes.
Para Jean Piaget: “A sociedade é a unidade suprema, e o indivíduo só chega às suas invenções ou construções intelectuais na medida em que é sede de interações coletivas, cujo nível e valor dependem naturalmente da sociedade em conjunto. O grande homem que parece lançar novas correntes é apenas um ponto de intersecção ou de síntese de idéias elaboradas por cooperação contínua (…) é por isto que a questão importante não consiste em pesar os méritos do indivíduo ou do grupo (problema análogo ao das relações de filiação entre o ovo e a galinha). A questão importante é distinguir a lógica, na reflexão solitária assim como na cooperação, e os erros ou insanidades, na opinião coletiva assim como na consciência individual
Na escola em que atuo temos muitos alunos com dificuldades de aprendizagens e que se encontram fora da faixa etária correspondente a série ou ano que deveriam estar. Como estou trabalhando com reforço escolar a tarde acredito que vai ser de grande valia essa aprendizagem pois irei aplicar com alguns alunos visando identificar o estádio em que se encontram para poder dar prosseguimento ao reforço com atividades adequadas a cada um destes.
Para Jean Piaget: “A sociedade é a unidade suprema, e o indivíduo só chega às suas invenções ou construções intelectuais na medida em que é sede de interações coletivas, cujo nível e valor dependem naturalmente da sociedade em conjunto. O grande homem que parece lançar novas correntes é apenas um ponto de intersecção ou de síntese de idéias elaboradas por cooperação contínua (…) é por isto que a questão importante não consiste em pesar os méritos do indivíduo ou do grupo (problema análogo ao das relações de filiação entre o ovo e a galinha). A questão importante é distinguir a lógica, na reflexão solitária assim como na cooperação, e os erros ou insanidades, na opinião coletiva assim como na consciência individual
terça-feira, 19 de maio de 2009
O Clube do Imperador II
O Clube do Imperador II
Ao assistir o filme O Clube do Imperador, pude refletir sobre como muitas vezes os valores que nós, educadores, acreditamos e passamos uma vida toda tentando passar para nossos alunos entram em conflito com valores distorcidos que são trazidos de casa pelos nossos educando.
O filme mostra de forma bem clara que apesar do professor ter apostado na educação de um determinado aluno com a esperança de passar a este, valores étnicos e morais corretos.
A escola em que trabalho vem tentando trabalhar de forma em que os alunos realmente passem de uma série para outra realmente sabendo os conteúdos básicos necessários. Com isso aumentou o índice de reprovação, pois o desinteresse pelo aprender é bastante forte. Temos diversas ações procurando resgatar o interesse e o comprometimento de alunos, professores e comunidade em busca de uma caminhada junta em prol da Educação. Numa aula, de Português, de sétima série, a professora levou uma dinâmica para provocar uma discussão na turma sobre a importância do aprender, do saber para serem verdadeiros cidadãos de sucesso e realizados com um bom trabalho. Então alguns alunos tentaram a convencer de que para obter sucesso não é preciso estudar, até a desafiaram “Que para eles bastaria que colocassem cem reais na mão deles que logo eles transformariam em dois mil reais, sem precisar estudar ou se esforçar muito”.
Com alunos pequenos acontecem relatos de que o pai achou um celular na rua e trocou chips, para o dono não localizar e contam isso como se fosse uma grande vantagem. Também tem pequenos atos de sala de aula, como por exemplo, o colega deixa cair um material no chão um outro pega e não quer devolver e ainda argumenta “achado não é roubado, quem perdeu é relaxado”.
Sabemos que a educação principal se traz de casa, inspirada no exemplo de caráter e valores vivenciados no seio familiar. Como temos uma grande distorção de valores temos dificuldades de moldar o caráter de acordo com valores éticos e morais que acreditamos ser o certo. Acaba sempre prevalecendo a educação passada pelo próprio exemplo familiar.
Ao assistir o filme O Clube do Imperador, pude refletir sobre como muitas vezes os valores que nós, educadores, acreditamos e passamos uma vida toda tentando passar para nossos alunos entram em conflito com valores distorcidos que são trazidos de casa pelos nossos educando.
O filme mostra de forma bem clara que apesar do professor ter apostado na educação de um determinado aluno com a esperança de passar a este, valores étnicos e morais corretos.
A escola em que trabalho vem tentando trabalhar de forma em que os alunos realmente passem de uma série para outra realmente sabendo os conteúdos básicos necessários. Com isso aumentou o índice de reprovação, pois o desinteresse pelo aprender é bastante forte. Temos diversas ações procurando resgatar o interesse e o comprometimento de alunos, professores e comunidade em busca de uma caminhada junta em prol da Educação. Numa aula, de Português, de sétima série, a professora levou uma dinâmica para provocar uma discussão na turma sobre a importância do aprender, do saber para serem verdadeiros cidadãos de sucesso e realizados com um bom trabalho. Então alguns alunos tentaram a convencer de que para obter sucesso não é preciso estudar, até a desafiaram “Que para eles bastaria que colocassem cem reais na mão deles que logo eles transformariam em dois mil reais, sem precisar estudar ou se esforçar muito”.
Com alunos pequenos acontecem relatos de que o pai achou um celular na rua e trocou chips, para o dono não localizar e contam isso como se fosse uma grande vantagem. Também tem pequenos atos de sala de aula, como por exemplo, o colega deixa cair um material no chão um outro pega e não quer devolver e ainda argumenta “achado não é roubado, quem perdeu é relaxado”.
Sabemos que a educação principal se traz de casa, inspirada no exemplo de caráter e valores vivenciados no seio familiar. Como temos uma grande distorção de valores temos dificuldades de moldar o caráter de acordo com valores éticos e morais que acreditamos ser o certo. Acaba sempre prevalecendo a educação passada pelo próprio exemplo familiar.
terça-feira, 12 de maio de 2009
O Clube do Imperador
Ao assistir o filme O Clube do Imperador, pude refletir sobre como muitas vezes os valores que nós, educadores, acreditamos e passamos uma vida toda tentando passar para nossos alunos entram em conflito com valores distorcidos que são trazidos de casa pelos nossos educando.
O filme mostra de forma bem clara que apesar do professor ter apostado na educação de um determinado aluno com a esperança de passar a este, valores étnicos e morais corretos.
Em nossa sociedade estamos cercados de situações que se assemelham ao filme onde por interesses políticos ou pelo poder do dinheiro muitas vezes a educação é colocada em segundo plano. E nesse contexto profissionais da educação excelentes passam despercebidos por não sem condizentes com determinadas situações.
Precisamos, nós professores de sala de aula, ter mais coragem de clamar por uma educação em que seja valorizado o ser em vez do ter.
O filme mostra de forma bem clara que apesar do professor ter apostado na educação de um determinado aluno com a esperança de passar a este, valores étnicos e morais corretos.
Em nossa sociedade estamos cercados de situações que se assemelham ao filme onde por interesses políticos ou pelo poder do dinheiro muitas vezes a educação é colocada em segundo plano. E nesse contexto profissionais da educação excelentes passam despercebidos por não sem condizentes com determinadas situações.
Precisamos, nós professores de sala de aula, ter mais coragem de clamar por uma educação em que seja valorizado o ser em vez do ter.
terça-feira, 5 de maio de 2009
O PEAD continuando...
Melissa disse...
'"Acreditas que a rede PEAD, mesmo com o término do curso, continuará trocando idéias e construindo conjuntamente?"
Esse questionamento gostaria que fosse feito a mais colegas, tutores e até mesmos gestores que acompanham a caminhada do PEAD. Refletindo sobre a minha caminhada e também a das colegas de grupo, de escola percebo que existe uma construção de aprendizagens, que nós durante o curso estamos aprendendo a ter um olhar mais específico sobre educação, estamos revendo conceitos, reciclando posturas e de uma certa forma estamos nos renovando. Acredito sim, que isso não é estanque e que no momento que terminarmos o curso se interromperá. Exemplificando, para mim o início do PEAD, foi um processo bastante doloroso, principalmente em função do analfabetismo digital, então eu só pensava em terminar o curso. Agora as idéias já mudaram e não me vejo parada, tanto é que a sementinha do Pós, já está dando sinal que quer germinar. Também percebo essa tendência com as colegas que convivem comigo, as vezes, trocando idéias nos esbarramos no tempo e nas diversas tarefas que temos no momento, então combinamos que faremos após terminarmos o curso. Uma das idéias é passar para o restante do grupo, que não faz PEAD, algumas aprendizagens tecnológicas como, por exemplo, criar blog, enquetes, pbwiki, slides. Sobre a produção de slides comentamos no curso de filosofia o fato de alguns professores ainda trouxeram para a apresentação o velho recurso dos cartazes, nada contra, pois também trabalho com cartazes, mas para uma apresentação fica bem mais sintetizado com slides.
Por essas e por outras que acredito que o PEAD continuará disseminando idéias sim, pois nós alunas deste curso somos a prova disso.
'"Acreditas que a rede PEAD, mesmo com o término do curso, continuará trocando idéias e construindo conjuntamente?"
Esse questionamento gostaria que fosse feito a mais colegas, tutores e até mesmos gestores que acompanham a caminhada do PEAD. Refletindo sobre a minha caminhada e também a das colegas de grupo, de escola percebo que existe uma construção de aprendizagens, que nós durante o curso estamos aprendendo a ter um olhar mais específico sobre educação, estamos revendo conceitos, reciclando posturas e de uma certa forma estamos nos renovando. Acredito sim, que isso não é estanque e que no momento que terminarmos o curso se interromperá. Exemplificando, para mim o início do PEAD, foi um processo bastante doloroso, principalmente em função do analfabetismo digital, então eu só pensava em terminar o curso. Agora as idéias já mudaram e não me vejo parada, tanto é que a sementinha do Pós, já está dando sinal que quer germinar. Também percebo essa tendência com as colegas que convivem comigo, as vezes, trocando idéias nos esbarramos no tempo e nas diversas tarefas que temos no momento, então combinamos que faremos após terminarmos o curso. Uma das idéias é passar para o restante do grupo, que não faz PEAD, algumas aprendizagens tecnológicas como, por exemplo, criar blog, enquetes, pbwiki, slides. Sobre a produção de slides comentamos no curso de filosofia o fato de alguns professores ainda trouxeram para a apresentação o velho recurso dos cartazes, nada contra, pois também trabalho com cartazes, mas para uma apresentação fica bem mais sintetizado com slides.
Por essas e por outras que acredito que o PEAD continuará disseminando idéias sim, pois nós alunas deste curso somos a prova disso.
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quinta-feira, 30 de abril de 2009
Disseminando aprendizagens...
Neste ano de 2009, foi introduzido nas escolas da Rede Municipal de Ensino de Sapiranga, aulas de filosofias para séries iniciais. Os alunos de primeiro ao quinto ano têm uma vez por semana aula de filosofia com um professor da área de Pedagogia. Para capacitar os professores a ISMED ofereceu um curso de capacitação para professores de filosofia e professores anos iniciais. A capacitacitação teve a duração de 20 horas, com 16 presenciais e 4 horas a distância. As horas a distância realizamos um projeto para trabalhar filosofia na escola.
Os projetos foram apresentados na noite do dia 29/04, sendo que cada escola teve a autonomia de formular o que está sendo feito ou irá fazer na escola. Na escola em que atuo participaram do curso a professora de filosofia , uma professora de segundo ano, a Lucele, a Silvia e eu. As três últimas fazem PEAD e constatamos que no curso havia outras colegas de UFRGS.
Elaboramos nosso projeto com atividades voltadas para as questões de se trabalhar as diferenças, aproveitamos a atividade do Mosaico das Etnias, para explorarmos e proporcionar questionamento em nossos alunos e até mesmos em colegas educadores. Além dessa atividade foram trabalhadas outras atividades, mas o que nos chamou a atenção foi que durante a apresentação final haviam várias outras escolas que também tinham colegas de PEAD, e que usaram atividade e disseminaram para mais colegas, assim como nós. A partir das atividades foram inseridas outras atividades que trabalham interdisciplinarmente todas as áreas, isto é, a inclusão e a exclusão, tanto Étnico Racial como as de Pessoas com Necessidades Especiais. Sem contar que através dessas atividades estamos em nossas salas de aulas trabalhando de forma significativa para nossos alunos Português matemática, Estudos Sociais, cidadania, Artes e outras mais. Resgatando e trazendo a tona questões que alguns educadores não têm bem definido para trabalharem.
Ao final do encontro conversamos e justificamos para as capacitadoras e demais colegas o porquê de algumas atividades semelhantes, apesar de atuarmos em escolas diferentes. É o PEAD disseminando aprendizagens.
Os projetos foram apresentados na noite do dia 29/04, sendo que cada escola teve a autonomia de formular o que está sendo feito ou irá fazer na escola. Na escola em que atuo participaram do curso a professora de filosofia , uma professora de segundo ano, a Lucele, a Silvia e eu. As três últimas fazem PEAD e constatamos que no curso havia outras colegas de UFRGS.
Elaboramos nosso projeto com atividades voltadas para as questões de se trabalhar as diferenças, aproveitamos a atividade do Mosaico das Etnias, para explorarmos e proporcionar questionamento em nossos alunos e até mesmos em colegas educadores. Além dessa atividade foram trabalhadas outras atividades, mas o que nos chamou a atenção foi que durante a apresentação final haviam várias outras escolas que também tinham colegas de PEAD, e que usaram atividade e disseminaram para mais colegas, assim como nós. A partir das atividades foram inseridas outras atividades que trabalham interdisciplinarmente todas as áreas, isto é, a inclusão e a exclusão, tanto Étnico Racial como as de Pessoas com Necessidades Especiais. Sem contar que através dessas atividades estamos em nossas salas de aulas trabalhando de forma significativa para nossos alunos Português matemática, Estudos Sociais, cidadania, Artes e outras mais. Resgatando e trazendo a tona questões que alguns educadores não têm bem definido para trabalharem.
Ao final do encontro conversamos e justificamos para as capacitadoras e demais colegas o porquê de algumas atividades semelhantes, apesar de atuarmos em escolas diferentes. É o PEAD disseminando aprendizagens.
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Modelos epistemológicos
Ao discutirmos o texto de de Becker na aula presencial de 16/04, alguns conceitos ficaram mais claros para mim, até então eu tinha fragmentações de um conceito e de outro. Sabemos que toda a ação está fundamentada em uma epistemologia e a maneira que a pessoa vê o ato de ensinar e de aprender devem ter o mesmo pressuposto.
A escola em que estamos inseridos nos exige um modelo de pedagogia diretiva onde o aluno ou até mesmo a sociedade espera que o professor ensine e o aluno aprenda. É incrível, mas alguns pais ainda cobram da escola ou de professores que se ensine nos primeiros anos o “A, B, C...”. Já os modelos epistemológicos da pedagogia não diretiva baseiam-se no apriorismo, onde o aluno já traz consigo um saber e que o professor age como um facilitador.
A pedagogia relacional e seu suposto epistemológico acredita que ao aluno construirá algum conhecimento se ele problematizar a sua ação. O professor além de ensinar precisa saber o que seu aluno já construiu. Segundo Piaget existem dois processos que a construção de aprendizagens: Assimilação e acomodação.
A assimilação é como o aluno concebe as aprendizagens, é um processo interno e individual. Já a acomodação ocorre quando o conhecimento ou aprendizagem foi construído pelo individuo e passa fazer parte de suas estrutura cognitiva, ou seja, ele acomoda.
É bastante interessante observarmos na nossa prática docente como realmente ocorrem as aprendizagens de nossos alunos, e de como é importante a nossa postura frente a estes. Um exemplo disso acontece todos os dias em nossas salas de aulas, pois temos alunos que apesar de terem a mesma idade cronológica encontram-se em estágios diferentes ou apresentam diferentes tempo para a assimilação e a acomodação. Na minha turma, um terceiro ano, utilizo base 10 para trabalhar unidade, dezena e centena. A semana passada fizemos atividades relacionadas com as trocas de uma para outra. Percebi que alguns alunos ainda precisavam pegar 10 cubinhos e colocar na barrinha da dezena. Portanto, estão ainda em processo de assimilação, enquanto que outros comentaram que era “muito fácil”e partiram logo para a composição da centena. Quando ao final da atividade quiestionei-os sobre”Quantas unidades tínhamos na barrinha da dezena e quantas unidades tínhamos na barra centena” para a dezena todos tinham a resposta pronta e segura, já para a centena muitos ainda não abstraíram
A escola em que estamos inseridos nos exige um modelo de pedagogia diretiva onde o aluno ou até mesmo a sociedade espera que o professor ensine e o aluno aprenda. É incrível, mas alguns pais ainda cobram da escola ou de professores que se ensine nos primeiros anos o “A, B, C...”. Já os modelos epistemológicos da pedagogia não diretiva baseiam-se no apriorismo, onde o aluno já traz consigo um saber e que o professor age como um facilitador.
A pedagogia relacional e seu suposto epistemológico acredita que ao aluno construirá algum conhecimento se ele problematizar a sua ação. O professor além de ensinar precisa saber o que seu aluno já construiu. Segundo Piaget existem dois processos que a construção de aprendizagens: Assimilação e acomodação.
A assimilação é como o aluno concebe as aprendizagens, é um processo interno e individual. Já a acomodação ocorre quando o conhecimento ou aprendizagem foi construído pelo individuo e passa fazer parte de suas estrutura cognitiva, ou seja, ele acomoda.
É bastante interessante observarmos na nossa prática docente como realmente ocorrem as aprendizagens de nossos alunos, e de como é importante a nossa postura frente a estes. Um exemplo disso acontece todos os dias em nossas salas de aulas, pois temos alunos que apesar de terem a mesma idade cronológica encontram-se em estágios diferentes ou apresentam diferentes tempo para a assimilação e a acomodação. Na minha turma, um terceiro ano, utilizo base 10 para trabalhar unidade, dezena e centena. A semana passada fizemos atividades relacionadas com as trocas de uma para outra. Percebi que alguns alunos ainda precisavam pegar 10 cubinhos e colocar na barrinha da dezena. Portanto, estão ainda em processo de assimilação, enquanto que outros comentaram que era “muito fácil”e partiram logo para a composição da centena. Quando ao final da atividade quiestionei-os sobre”Quantas unidades tínhamos na barrinha da dezena e quantas unidades tínhamos na barra centena” para a dezena todos tinham a resposta pronta e segura, já para a centena muitos ainda não abstraíram
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Menina bonita do laço de fita...
Ao realizar a atividade mosaico das etnias comecei contando a história Menina bonita do laço de fita para os meus alunos, um terceiro ano, oriundos de famílias baixa renda, onde a maioria são migratórias das mais variadas regiões do Rio Grande do Sul e também Santa Catarina e Paraná.
As crianças adoraram a história, contaram para os pais em casa e questionaram-nos sobre suas origens. No dia seguinte trouxeram fotos, imagens e alguns costumes que proporcionaram a realização da atividade. Durante meia tarde as crianças envolveram-se em criar seu próprio mosaico, o interessante é que foi bastante espontâneo, pois os alunos agiram com autonomia, comparando e comentando os trabalhos uns dos outros.
Ao socializar esse trabalho percebi o quanto os alunos pensaram e refletiram sobre suas diferenças e semelhanças. Os alunos de outras turmas paravam para ver o mosaico tanto da minha turma quanto das colegas que também realizaram o trabalho com suas turmas e ficavam identifi cando parentes, vizinhos amigos e outros.
Foi um trabalho bastante prazeroso que proporcionou muitas trocas e reflexões sobre as origens de cada um. Com certeza irei retomar mais tarde para dar continuidade, pois percebi que as crianças têm falta das raízes de suas origens.
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terça-feira, 7 de abril de 2009
INCLUSÃO: Avanços e Retrocessos
Ao realizar as leituras sugeridas percebe-se que em nosso país já temos um bom avanço no que se refere ao atendimento às pessoas com necessidades especiais, mas ainda precisamos evoluir muito, principalmente em se tratando de qualidade de ensino e também em relação ao preconceito que ainda é bastante presente em todos os segmentos de nossa sociedade.
Sabemos que no Brasil o atendimento às pessoas com deficiência teve inicio na época do Império com a criação das instituições o Imperial Instituto dos meninos Cegos, hoje Instituto Benjamin Constante e o Instituto dos Surdos Mudos, em 1857, hoje denominados Instituto Nacional da Educação dos Surdos – INES, ambos no Rio de Janeiro.
No início do século XX é fundado oInstituto Pestalozzi (1926), instituição especializada no atendimento às pessoas com deficiência mental; em 1954, é fundada a primeira Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE; e, em 1945, é criado o primeiro atendimento educacional especializado às pessoas com superdotação na Sociedade Pestalozzi, por Helena Antipoff.
Em 1961, o atendimento educacional às pessoas com deficiência passa a ser fundamentado pelas disposições da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDBEN, Lei nº 4.024/61, que aponta o direito dos “excepcionais” dentro do sistema geral de ensino.
A Lei nº 5.692/71, que altera a LDBEN de 1961, ao definir “tratamento especial” para os
Alunos com “deficiências físicas, mentais, os que se encontram em atraso considerável quanto à idade regular de matrícula e os superdotados”, não promove a organização deum sistema de ensino capaz de atender às necessidades educacionais especiais e acaba reforçando o encaminhamento dos alunos para as classes e escolas especiais.
Em 1973, o MEC cria o Centro Nacional de Educação Especial – CENESP, responsável pela gerência da educação especial no Brasil, que, sob a égide integracionista, impulsionou ações educacionais voltadas às pessoas com deficiência e às pessoas com superdotação, mas ainda configuradas por campanhas assistenciais e iniciativas isoladas do Estado.
A Constituição Federal de 1988 traz como um dos seus objetivos fundamentais “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação” (art.3º, inciso IV). Define, no artigo 205, a educação como um direito de todos, garantindo o pleno desenvolvimento da pessoa, o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho. No seu artigo 206, inciso I, estabelece a “igualdade de condições de acesso e permanência na escola” como um dos princípios para o ensino e garante, como dever do Estado, a oferta do atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino (art. 208).
O Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, Lei nº 8.069/90, no artigo 55, reforça os
dispositivos legais supracitados ao determinar que “os pais ou responsáveis têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino”. Também nessa década, documentos como a Declaração Mundial de Educação para Todos (1990) e a Declaração de Salamanca (1994) passam a influenciar a formulação das políticas públicas da educação inclusiva
Mais recentemente: DECRETO Nº 6.571, DE 17 DE SETEMBRO DE 2008.
Dispõe sobre o atendimento educacional especializado, regulamenta o parágrafo único do art. 60 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e acrescenta dispositivo ao Decreto no 6.253, de 13 de novembro de 2007.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, e tendo em vista o disposto no art. 208, inciso III, ambos da Constituição, no art. 60, parágrafo único, da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e no art. 9o, § 2o, da Lei no 11.494, de 20 de junho de 2007,
Como podemos constatar existem vários dispositivos legais que possibilitariam a inçlusão social, mas entre o que está na lei e o que é feito na prática tem uma enorme diferença. Ainda esbarra-se em muito preconceito. Estes preconceitos ainda estão muito arraigados pelos próprios familiares que condenam os que mais necessitam de apoio para levarem uma vida digna a viverem uma vida de exclusão. Também temos o poder público que, muitas vezes, para cumprimento de leis oferece uma educação de péssima qualidade, onde não se tem estruturas físicas adequadas e profissionais que não estão preparados para oferecem a atenção necessária a estes seres tão dignos de levarem uma vida com qualidade e respeito de cidadãos que são.
Sabemos que no Brasil o atendimento às pessoas com deficiência teve inicio na época do Império com a criação das instituições o Imperial Instituto dos meninos Cegos, hoje Instituto Benjamin Constante e o Instituto dos Surdos Mudos, em 1857, hoje denominados Instituto Nacional da Educação dos Surdos – INES, ambos no Rio de Janeiro.
No início do século XX é fundado oInstituto Pestalozzi (1926), instituição especializada no atendimento às pessoas com deficiência mental; em 1954, é fundada a primeira Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE; e, em 1945, é criado o primeiro atendimento educacional especializado às pessoas com superdotação na Sociedade Pestalozzi, por Helena Antipoff.
Em 1961, o atendimento educacional às pessoas com deficiência passa a ser fundamentado pelas disposições da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDBEN, Lei nº 4.024/61, que aponta o direito dos “excepcionais” dentro do sistema geral de ensino.
A Lei nº 5.692/71, que altera a LDBEN de 1961, ao definir “tratamento especial” para os
Alunos com “deficiências físicas, mentais, os que se encontram em atraso considerável quanto à idade regular de matrícula e os superdotados”, não promove a organização deum sistema de ensino capaz de atender às necessidades educacionais especiais e acaba reforçando o encaminhamento dos alunos para as classes e escolas especiais.
Em 1973, o MEC cria o Centro Nacional de Educação Especial – CENESP, responsável pela gerência da educação especial no Brasil, que, sob a égide integracionista, impulsionou ações educacionais voltadas às pessoas com deficiência e às pessoas com superdotação, mas ainda configuradas por campanhas assistenciais e iniciativas isoladas do Estado.
A Constituição Federal de 1988 traz como um dos seus objetivos fundamentais “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação” (art.3º, inciso IV). Define, no artigo 205, a educação como um direito de todos, garantindo o pleno desenvolvimento da pessoa, o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho. No seu artigo 206, inciso I, estabelece a “igualdade de condições de acesso e permanência na escola” como um dos princípios para o ensino e garante, como dever do Estado, a oferta do atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino (art. 208).
O Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, Lei nº 8.069/90, no artigo 55, reforça os
dispositivos legais supracitados ao determinar que “os pais ou responsáveis têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino”. Também nessa década, documentos como a Declaração Mundial de Educação para Todos (1990) e a Declaração de Salamanca (1994) passam a influenciar a formulação das políticas públicas da educação inclusiva
Mais recentemente: DECRETO Nº 6.571, DE 17 DE SETEMBRO DE 2008.
Dispõe sobre o atendimento educacional especializado, regulamenta o parágrafo único do art. 60 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e acrescenta dispositivo ao Decreto no 6.253, de 13 de novembro de 2007.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, e tendo em vista o disposto no art. 208, inciso III, ambos da Constituição, no art. 60, parágrafo único, da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e no art. 9o, § 2o, da Lei no 11.494, de 20 de junho de 2007,
Como podemos constatar existem vários dispositivos legais que possibilitariam a inçlusão social, mas entre o que está na lei e o que é feito na prática tem uma enorme diferença. Ainda esbarra-se em muito preconceito. Estes preconceitos ainda estão muito arraigados pelos próprios familiares que condenam os que mais necessitam de apoio para levarem uma vida digna a viverem uma vida de exclusão. Também temos o poder público que, muitas vezes, para cumprimento de leis oferece uma educação de péssima qualidade, onde não se tem estruturas físicas adequadas e profissionais que não estão preparados para oferecem a atenção necessária a estes seres tão dignos de levarem uma vida com qualidade e respeito de cidadãos que são.
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Educação de Pessoas com Necessidades Especiais
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Identificando Epistemologias
Conhecimento Aprendizagem e Ensino:
a)Conhecimento: São apropriações conceituais que aprendemos ao longo de nossa existência. São noções adquiridas pelas experiências vivenciadas ou estudos adquiridos ao longo de nossas vidas.
b) Aprendizagem: Ocorre através do processo construtivo na mente e nas ações da pessoa ( indivíduo ). A aprendizagem depende muito da história de cada aprendiz, de seus interesses, de seu metabolismo intelectual.
c) Como deveria ser o ensino na escola? O ensino deveria ser voltado para proporcionar ao educando condições que facilitem e respeitem o processo individual de cada um. A escola deveria incentivar o aluno a buscar e realizar novas experiências, novas descobertas de si e do meio que o cercam. Esses novos conhecimentos vão se agregando aos conhecimentos adquiridos a partir do momento em que nascem e que levam pela vida toda.
Após as leituras da atividade 1 de Psicologia, percebi que tenho bem mais clareza nas minhas concepções e o texto veio elucidar aquilo em que acredito. De acordo com as leituras de Becker, consigo ter um olhar bem mais critico em relação a minha própria prática docente.
Quanto ao modelo que mais se aproxima da minha concepção,penso que a escola de hoje, é bastante imperista,mas procuro fazer um trabalho que aproxime-se da teoria em que o professor valoriza as vivências de cada aluno individualmente. Cada um tem diferentes tempos e maneiras de demonstrar suas aprendizagens. Dentro dessa concepção todos aprendem de diversas formas tanto professor e aluno, quanto aluno e professor.
a)Conhecimento: São apropriações conceituais que aprendemos ao longo de nossa existência. São noções adquiridas pelas experiências vivenciadas ou estudos adquiridos ao longo de nossas vidas.
b) Aprendizagem: Ocorre através do processo construtivo na mente e nas ações da pessoa ( indivíduo ). A aprendizagem depende muito da história de cada aprendiz, de seus interesses, de seu metabolismo intelectual.
c) Como deveria ser o ensino na escola? O ensino deveria ser voltado para proporcionar ao educando condições que facilitem e respeitem o processo individual de cada um. A escola deveria incentivar o aluno a buscar e realizar novas experiências, novas descobertas de si e do meio que o cercam. Esses novos conhecimentos vão se agregando aos conhecimentos adquiridos a partir do momento em que nascem e que levam pela vida toda.
Após as leituras da atividade 1 de Psicologia, percebi que tenho bem mais clareza nas minhas concepções e o texto veio elucidar aquilo em que acredito. De acordo com as leituras de Becker, consigo ter um olhar bem mais critico em relação a minha própria prática docente.
Quanto ao modelo que mais se aproxima da minha concepção,penso que a escola de hoje, é bastante imperista,mas procuro fazer um trabalho que aproxime-se da teoria em que o professor valoriza as vivências de cada aluno individualmente. Cada um tem diferentes tempos e maneiras de demonstrar suas aprendizagens. Dentro dessa concepção todos aprendem de diversas formas tanto professor e aluno, quanto aluno e professor.
domingo, 29 de março de 2009
Como me Vejo:
Ao iniciarmos as leituras dessa primeira atividade da interdisciplina de Questões Étnicos Raciais percebi que vai ser muito interessante, pois vai nos proporcionar refletir questões que muitas vezes preferimos manter escondidas ou até mesmos camufladas.
Olhar-me no espelho e escreves o que vejo não foi fácil, talvez porque esse olhar trouxe a tona sentimentos e constatações que permaneciam guardadas “a sete chaves”. Através desse exercício pude perceber que algumas coisas que na idade mais jovem me preocupavam, ou chateavam me preocupavam muito, hoje já não me afetam mais. É o caso do meu cabelo espigado, rebelde sempre meio desalinhado. Acredito que ele mostra vários traços da miscigenação de raça que tenho na minha família que vai desde índios passando por negros até europeus.
Quanto ao olhar que os tem de mim foi complicado, mas também pude constatar que alguns aspectos psicológicos que tenho muito parecidos com a personalidade de minha mãe, que antes eram difíceis de aceitar, hoje vejo como algo positivo e isso me fez muito bem.
Acredito que a frase de conclusão do meu trabalho da ativ,1 diz bastante: “Até a idade adulta não tinha muita clareza de minha identidade. Através de história contadas por minha mãe, de leituras e até mesmo das atividades realizadas no curso, passei a compreender e aceitar algumas características tanto psicológicas quanto biológicas que são herdadas de nossos ancestrais e são estimuladas pela influência de cultura e meio em que estamos inseridos.
É um exercício difícil, esse olhar para você mesmo e dizer o quê, assim como a forma que penso que os outros me veem também pode não ser real”.
quarta-feira, 25 de março de 2009
Dificil recomeço...
Apesar de sentir prazer em aprender com este curso que estamos realizando sinto-me bastante atrapalhada com o reinício das aulas. A sensação que tenho é de não darei conta do recado.
Até o final de 2008 eu ia bastante no Pólo e a interação com colegas e tutores aliviava o estresse de ver diversas atividades por fazer e não entrar em pânico.
Como não sou de ficar esperando as coisas resolverem-se, até porque a maioria delas dependem da minha própria organização, reorganizei minha rotina de modo que todos os dias dedico tempos de estudos a determinada interdisciplina. No horário matutino faço uma hora de leituras, no horário do almoço abro e-mail, entro no roda e a noite realizo as atividades no sentido de produzir. Está dando certo, nesta segunda-feira dediquei a Psicolgia, terça fiz a leitura e análise do PA 17. Hoje, depois desta postagem dedicafrei a interdisciplina de PEES.Amanhã, quinta, teremos aula presencial, sexta dedicarei a interdisciplina de Questões Étnicos Raciais e com certeza terei mais alguma coisa para o final de semana.
Acredito que pela caminhada que tivemos, pelas conquista obtidas que esta é só mais uma etapa a superar.
Até o final de 2008 eu ia bastante no Pólo e a interação com colegas e tutores aliviava o estresse de ver diversas atividades por fazer e não entrar em pânico.
Como não sou de ficar esperando as coisas resolverem-se, até porque a maioria delas dependem da minha própria organização, reorganizei minha rotina de modo que todos os dias dedico tempos de estudos a determinada interdisciplina. No horário matutino faço uma hora de leituras, no horário do almoço abro e-mail, entro no roda e a noite realizo as atividades no sentido de produzir. Está dando certo, nesta segunda-feira dediquei a Psicolgia, terça fiz a leitura e análise do PA 17. Hoje, depois desta postagem dedicafrei a interdisciplina de PEES.Amanhã, quinta, teremos aula presencial, sexta dedicarei a interdisciplina de Questões Étnicos Raciais e com certeza terei mais alguma coisa para o final de semana.
Acredito que pela caminhada que tivemos, pelas conquista obtidas que esta é só mais uma etapa a superar.
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quarta-feira, 18 de março de 2009
CONQUISTAS E EXPECTATIVAS
Minhas conquista mais significantes em 2008 foram o domínio das tecnologias, o apropriamento de conceitos e interação sobres a gestão escolar com as leis que regem o ensino e também as aprendizagens sobre como trabalhar com P.A.
Através da interáção com colegas, professores e tututores passei a ter mais autonomia para fazer uso das tecnologias de que necessito para realizaçào das atividades do curso e também para minha vida pessoal e profissional.
Com P.A aprendi a buscar aprendizagens de forma coletiva procurando sanar as dificuldades encontradas sem excluir ou deixar alguém de fora.
Quantos as expectativas 2009, são muitas, até porque tive uma reviravolta profissional, onde depois de 10 anos atuando num projeto extra classe, no SESI, voltei a exercer a função de professora de séries iniciais. Estou numa escola onde tenho mais 3 colegas de PEAD, isso está nos deixando cheias de idéias para colocarmos em prática algumas açòes.
Reorganizei minha rotina, coloquei internet em casa e quero ver se consigo conciliar as atividades do PEAD com um pouco de atenção a minha família, pois senti que nestes dois anos de faculdade estivei bastante ausente.
Através da interáção com colegas, professores e tututores passei a ter mais autonomia para fazer uso das tecnologias de que necessito para realizaçào das atividades do curso e também para minha vida pessoal e profissional.
Com P.A aprendi a buscar aprendizagens de forma coletiva procurando sanar as dificuldades encontradas sem excluir ou deixar alguém de fora.
Quantos as expectativas 2009, são muitas, até porque tive uma reviravolta profissional, onde depois de 10 anos atuando num projeto extra classe, no SESI, voltei a exercer a função de professora de séries iniciais. Estou numa escola onde tenho mais 3 colegas de PEAD, isso está nos deixando cheias de idéias para colocarmos em prática algumas açòes.
Reorganizei minha rotina, coloquei internet em casa e quero ver se consigo conciliar as atividades do PEAD com um pouco de atenção a minha família, pois senti que nestes dois anos de faculdade estivei bastante ausente.
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