O filme Seu nome é Jonas me fez refletir sobre a complexidade que a sociedade apresenta frente às necessidades especiais. Apesar de não se passar no contexto atual a história de Jonas nos traz elementos conflitantes vivenciados tanto por familiares como também por seres que nascem ou adquirem no decorrer da vida uma necessidade especial.
O diagnóstico, errado de retardo mental, em vez simplesmente da surdez, fez com que o menino ficasse internado num hospital por três anos, longe do convívio dos familiares. Quando os familiares trazem o filho para casa e tentam resgatar o direito a uma vida adequada para seu filho deparam-se com o preconceito da sociedade que não aceita o diferente e exclui e também com a falta postura de saber lidar com a situação adversa de ter uma criança surda. Como o menino não sabia falar era tratado, de certa forma como deficiente mental, pela sociedade e até mesmo pelo pai, que saiu de casa no momento em que a família mais precisava dele, argumentando não saber como agir. A mãe contra argumenta que também não sabe que atitudes tomar, mas que nem por isso deixa de buscar ajuda enfrentando preconceito e discriminação. Nessa caminhada a postura da escola em que acriança foi estudar, era muito rígida levando somente em consideração o método da oralidade em que nem sempre havia êxito. A própria mãe questionou-se que o seu filho se tornaria um domesticado animal “feito um papagaio”. Também as leituras são contraditórias, pois algumas tinham uma linha de pensamento totalmente avessa a linguagem dos sinais. A mãe por ter percebido que atrás da surdez de seu filho, existe um ser humano normal, com seus medos, aflições e capacidades para serem desenvolvidas, procura ajuda numa comunidade surda onde descobre um mundo totalmente integrado com diferentes pessoas usando uma linguagem própria para poderem se comunicar.
A partir desse momento a mãe descobre o caminho a ser seguido para inserir seu filho no mundo da comunicação e no direito que este tem de acessibilidade e autonomia na sociedade.
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
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Um comentário:
Olá, Elci:
Pegaste o âmago do filme. Quantas dificuldades, quantos preconceitos ainda existem com relação a pessoas com alguma deficiência. Faz pensar sobre a inclusão, sobre o seu conceito, sobre a forma como se pratica a inclusão.
Tens alguma experiência com relação a algum aluno de inclusão ou outra pessoa que pudesses trazer para compartilhar conosco?
Em Sapiranga, temos a APADA – Associação dos Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos, que funciona junto à Escola São Mateus, que realiza um trabalho muito bom com surdos. Conheces o trabalho deles? Vale a pena conhecer.
Grande abraço.
Celi
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