quarta-feira, 29 de outubro de 2008

O Trabalho Docente.


Ao realizar a leitura de Maurício Tardif, pude fazer uma reflexão sobre a minha trajetória na carreira do magistério, em como em alguns aspectos evoluí, em outros nem tanto e ainda alguns ou muitos estou tendo a oportunidade de crescer, modificar e transformar a partir da realização deste curso de graduação da UFRGS. Pensando em minha prática pedagógica preciso concordar com a maioria das afirmações do autor citadas no texto. A citação em que trata a pedagogia como uma questão mais ampla e complexa: “a “pedagogia” não é uma categoria inocente, uma noção neutra, uma pratica estritamente utilitária: pelo contrario, ela é portadora de questões sociais importante e ilustra, ao mesmo tempo, as tensões e os problemas de nossa época que se encontram vinculados à escolarização do magistério. Nesse sentido, não se trata de uma questão que pode ser definida científica ou logicamente. Trata-se, ao contrário, de uma noção social e culturalmente construída, noção essa na qual entram sempre ideologias, crenças, valores e interesses. É necessário, portanto, situar o lugar a partir do qual se fala da pedagogia e tentar defini-la pelo menos de maneira sucinta. A definição que propomos provem de uma reflexão sobre o nosso próprio material de pesquisa referente ao trabalho dos professores”(p.4).
Nós professores, educadores temos a importante tarefa de buscar cada vez mais oferecer uma escola que desperte o interesse e o prazer pela busca da aprendizagem e do crescimento individual e coletivo.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Apresentação em workshop

O nosso colega de Pead do Pólo de Gravataí nos mandou um e-mail com o endereço do seu blog, o qual tem uma postagem muito interessante. A postagem refere-se a como devemos proceder numa apresentação de workshop. Ao ler, lembrei-me de como tive dificuldade de realizar a primeira apresentação, pois afinal de contas , até então eu não tinha a mínima idéia do que era e de como fazê-la. Agora que já sei o que é e como se faz, percebo que tenho muito a melhorar e a aprender. Portanto tomo a liberdade de tomar emprestada o que o colega elaborou.
Professor José Roberto Iglesias

Na tarde de 30 de setembro, o professor do instituto de Física da UFRGS, José Roberto Iglesias, presenteou aos alunos da Universidade com uma esclarecedora palestra – Como Elaborar Uma Apresentação Oral. Estive presente ao seminário temático e registro neste breve texto algumas orientações bastante significativas para os workshops que ocorrem nos finais de cada semestre. Convido a todos que lerem a deixar suas sugestões, ou seja, suas dicas para as apresentações de seus colegas. Eu particularmente, prefiro que os slides de Power Point tenham fundos discretos e de cores mais escuras. O professor Iglesias sugere fundos claros, mas deixou explícito que isso é uma preferência sua, bastante pessoal.
No texto abaixo, procurei ser fiel ao que foi dito pelo professor, mas me permiti acrescentar, por exemplo, que na hora de animar os slides do Power Point devamos evitar os “barulhinhos” que seguem cada movimento na tela. Como é uma constatação pessoal, de que passados os primeiros minutos estes sons se tornam irritantes, permiti-me sugerir sua supressão. Cada colega, tutor ou professor teria suas dicas. Que tal compartilharmos? Para tanto, favor utilizar o campo para comentários. Meu objetivo é reuni-los em uma única postagem e encaminhar para todos os colegas antes do próximo workshop.
Mas vamos às conclusões quanto as orientações do professor...

Quando se faz um trabalho de pesquisa, chegando este trabalho a algum resultado, ele ainda não está concluído até ser apresentado, seja de forma escrita – artigo, livro, pôster, painel, etc – ou por meio de uma exposição oral. A exposição oral é composta basicamente de projeção de imagens em uma tela ou pela utilização de cartazes (parte audiovisual) além da parte falada propriamente dita.

Mas como fazemos para que esta apresentação consiga tanto transmitir o resultado de nossas pesquisas em um tempo exíguo, quanto atrair a atenção daqueles que porventura estejam nos assistindo?

Em um curto espaço de tempo, é necessário oferecer uma condensação do assunto do trabalho de pesquisa, assim como a motivação deste trabalho – porque escolhi determinado tema – sem esquecer os referenciais teóricos. Obviamente, é imprescindível comunicar o resultado da pesquisa, assim como fechar a apresentação com as conclusões a que se chegou através da mesma. Importante: se a pesquisa já foi desenvolvida anteriormente por outro pesquisador, é importante destacar os resultados por esse obtidos.

Como se trata de uma apresentação, faz-se necessário estar preparado para perguntas que porventura venham a ser feitas. Aquele que apresenta pode induzir determinados questionamentos – o que não o dispensa de estar preparado para outros pontos a ponderar – apenas fazendo com que a banca e a audiência percebam certas provocações para tanto. Uma dica é fazer uma afirmação que suscitará uma pergunta posterior ou, ainda, não se aprofundar em um determinado dado apresentado em seu tempo para a exposição, o que fará com que no momento para as discussões ele seja evidenciado.

Antes de considerarmos a apresentação em si, foquemos primeiramente naquele que irá apresentar-se. Fica a questão: qual uma postura adequada para uma apresentação oral?

Dois aspectos podem ser destacados: a presença física e a fala usada na apresentação.

A primeira impressão: a apresentação pessoal não pode ser desleixada ou seu oposto exagerado, quando o esmero no vestir-se chama mais atenção à roupa que ao discurso. Não confundamos excesso de esmero com o saudável capricho. O que é positivo recordar é que não se está em uma “semana da moda” quando um aluno se apresenta para professores e colegas. Do mesmo modo, com respeito ao desleixo, este induz o público a pensar que estamos a tratar o momento com igual descaso, ou seja, que representa muito pouco na nossa trajetória acadêmica e pessoal. Se o próprio autor não valoriza o momento, por que os outros o fariam por ele?

O segundo aspecto é a linguagem: evitar a linguagem coloquial ou com gírias é altamente recomendável. Contudo, utilizar um vocabulário extremamente hermético não causará uma boa impressão. Ser natural, utilizando uma linguagem adequada ao tema e do entendimento dos presentes, certamente é o caminho para que a comunicação se efetive.

Particularmente, não deixaria de destacar, ainda a respeito da linguagem, a importância de se evitar vícios ao final das frases, tais como “né” ou “entende?”, posto que o primeiro é bastante irritante, enquanto o segundo subestima as pessoas que o ouvem, além do que a obrigação de se fazer entender é do aluno. Contudo, não só ao final de frases aparecem estes vícios; as expressões “então” e, mais recentemente, “olha só”, são utilizadas inadvertidamente na linguagem cotidiana que se dá entre certos amigos, mas deve-se deixá-las exclusivamente para o trato com seus pares.

Tendo deixado claro a importância do cuidado na postura e na fala, consideremos uma apresentação com recursos visuais para fins deste texto. Nesta, a primeira transparência, slide ou cartaz, necessariamente deve conter um título. Este título deve estar claro, bem evidente, e ser breve, com o emprego de poucas palavras. Um título como “Ações pedagógicas nas escolas municipais na modalidade EJA nos bairros de periferia do município de Gravataí entre 2001 e 2007 no que se refere à propagação da dengue” parece demasiado longo, passando a idéia de pouca concisão. Outro erro seria a utilização de um vocabulário tão restrito a determinado público a ponto de dificultar uma antecipação do foco da pesquisa. O que você esperaria de uma apresentação cujo título seja “Psicologia Topológica em Rutenatos”? Seriam “rutenatos” uma espécie de ratazanas egípcias? As ratazanas estariam sendo utilizadas em tratamentos psicológicos? E o qual a relação, afinal, encontrada entre a psicologia e a topologia, uma disciplina matemática?

Tendo entendido a importância de um bom título, passemos para uma seguinte questão importante na apresentação oral. Em alguns casos é importante destacar a situação geográfica, ou seja, a localização do espaço onde foi desenvolvido o trabalho de pesquisa. Uma das formas mais simples é a utilização de um mapa, dirimindo qualquer dúvida que possa existir quanto à situação geográfica.

Igualmente importante é não esquecer de colocar no slide inicial os nomes dos colaboradores do seu trabalho. Não se faz necessário ler seus nomes, mas o destaque é, no mínimo, um reconhecimento ao auxílio recebido. Em resumo, a introdução de sua apresentação deve trazer o título, o espaço geográfico e os colaboradores, sem esquecer seu próprio nome, assim como o nome da instituição de ensino, no caso, a UFRGS.

Em seguida, vem a motivação para a pesquisa, ou seja, o motivo para a escolha do assunto que será apresentado. É aqui que você tem uma primeira oportunidade real de conquistar a audiência para a sua apresentação. Torne sua motivação atraente aos demais, o que pode ser feito através de uma frase ou imagem provocadoras. Você já estará induzindo uma intervenção posterior do público ou banca.

O terceiro ponto de uma apresentação é o marco teórico, ou seja, qual é o escopo dentro do qual se encontra o assunto do qual se está a tratar. Para isso recorre-se à bibliografia que referenda seu trabalho, evitando uma lista longa demais de referências. O ideal seria destacar um teórico, dentre os nomes apresentados, trazendo sua fotografia, a imagem da capa de uma importante publicação sua e, o que soa muito apropriado, a reprodução de uma determinada página de destaque, o que confere uma certa atmosfera “histórica” ao slide. Não é indispensável, mas o slide seguinte pode trazer uma citação deste autor e de mais algum, dentre os teóricos citados.

Todos os dados utilizados precisam vir com a fonte. Por exemplo, ao utilizar um dado do IBGE, é imprescindível acompanhá-lo do nome do Instituto, assim como o ano em que foi gerado aquele determinado índice utilizado em sua apresentação. Se os dados são da autoria do próprio aluno, este pode indicar expressamente seu nome na fonte. Se os dados estiverem acompanhados de gráficos, utilize um slide para cada gráfico, não esquecendo de deixar claro o significado de cada eixo do mesmo.

Neste ponto a apresentação está em pleno andamento. Chegou a hora de apresentar um texto seu, mas cuide para que este não tenha muitas linhas. Motivo: as pessoas deixarão de ouvi-lo para ler seu texto. Assim, segundo o professor Iglesias, o ideal é manter entre seis e doze linhas em cada slide. Isso também permite que em um mesmo slide seja inserida alguma imagem sem detrimento da qualidade de visualização e leitura das idéias. E não use caracteres pequenos demais; o ideal é que todos possam ler perfeitamente o que está escrito de qualquer ponto da sala.

Além de uma imagem fixa, também é possível utilizar um vídeo na apresentação, sempre cuidando para que o mesmo seja relevante e que não tome o tempo que se deve reservar para a fala e a apresentação dos slides.

Outro detalhe a observar são as animações de slides: evite aqueles sons incidentais, os quais soam cada vez que o aluno chama um novo campo de texto ou imagem em sua apresentação. Quanto as setas, textos e traços que porventura ganhem movimentos, zele para que não sejam demasiado lentos, de forma que as pessoas – e o apresentador – precisem aguardar que o Power Point organize os elementos na tela. Acredito que aqui também vale a máxima “menos é mais”, o que valoriza a simplicidade. O que os presentes querem ver é o resultado de sua pesquisa, não seu conhecimento das funcionalidades do software.

Lembrando que a apresentação dura um determinado tempo, digamos cerca de dez minutos, é extremamente importante não de deter na introdução em demasiado. Afinal, você desejar compartilhar suas conclusões, não é mesmo? Por isso, não dispense os ensaios para a apresentação, solicitando que amigos ou familiares assistam, tanto para ajudá-lo com o tempo no relógio quanto para indicar os pontos positivos e negativos de sua fala e de seus slides. Ao ouvir uma listagem de pontos a melhorar, não se magoe. Use estas opiniões para se realimentar, melhorando a forma de apresentar-se.

Desde já, vamos antecipar alguns equívocos conhecidos. O primeiro é a impressão de que o aluno não vai chegar à conclusão de sua apresentação até o final de seu tempo, posto que ele detém-se em um determinado slide por um período que deveria ser utilizado também para os posteriores. Corre-se o risco de que os slides finais sejam mostrados quase como flashes fotográficos, comprometendo a qualidade da apresentação oral como um todo.

Um segundo equívoco é aquele cometido pelo aluno que, ciente do tempo exíguo, fala como uma “metralhadora”, ou seja, rápido demais. E o que ocorre ao falarmos de forma acelerada? Não damos ênfase a ponto algum de nosso trabalho, além do que dificultamos o entendimento de nossa pesquisa e conclusão. Se uma apresentação transcorre sem destaque, sem ênfase, intui-se que tudo é igual, que tudo tem a mesma relevância, geralmente baixa. A apresentação tem que criar “um clima”, precisa ter algo de teatro – não confundir com fazer graça – trazendo deste o ritmo que lhe é característico, com expectativa voltada para o que está por vir em função dos dados bem colocados.

Também é interessante apontar, literalmente, para o que se deseja destacar no slide. Isso pode ser feito com uma caneta laser ou apontador (semelhante a uma antena ou régua), algo que evite o aluno de usar seu braço em frente do slide, projetando sombras e, a bem da verdade, comprometendo a visualização do mesmo.

E o fechamento? Tem que haver, no mínimo, um slide exclusivo para a conclusão da pesquisa. Neste, deve-se mostrar o seu resultado, seguido de uma última projeção, na qual se pode indicar a continuação do trabalho, ou seja, como o resultado da pesquisa continuará a fazer parte do cotidiano de uma determinada sala de aula, escola ou comunidade.
Espero ter auxiliado, colegas, de algum modo para nosso próximo workshop. Suas dicas e/ou comentários serão muito bem-vindos no espaço abaixo. Sintam-se à vontade para compartilhá-los.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Projeto Temático- A melhor Idade

8ª - INTEGRIDADE x DESESPERO - O oitavo e último estágio no esquema eriksoniano corresponde grosseiramente ao período em que os principais esforços do indivíduo aproximam-se do fim e há tempo para a reflexão - e para o desfrute dos netos, quando existem. A dimensão psicossocial que ganha destaque durante esta fase, ten a integridade num extremo e o senso de desespero, no outro. O senso de integridade ocorre, ou seja, decorre da capacidade do indivíduo de apreciar em retrospecto toda a sua vida com alto grau de satisfação. Na outra extremidade fica o indivíduo que revê a própria vida como uma série de oportunidades e direções perdidas. Então, no ocaso da vida, entende que é tarde demais para começar de novo, Para alguém assim, o resultado inevitável é o senso de desespero pelo que poderia ter sido.
Idosos cheios de vida( A melhor idade)
O meu grupo( Elci, Fabiana, Maribel, Tatiana C, Silvia e Simone Schalau), ficou com o tema “ A Melhor Idade” ( Integridade x Desespero). O tema, apesar de não ter muitos autores que falam sobre isso é muito interessante de investigar e descobrir qual é o perfil dessa classe de pessoas que são de uma representatividade grande em nossa sociedade, mas que não são devidamente valorizados e respeitados em nosso meio social.
Segundo a Organização Mundial da Saúde(OMS), é idoso nos países desenvolvidos aqueles que têm 65 anos ou mais. Já nos países em desenvolvimento( como o Brasil), essa faixa etária cai para 60 anos. O aumento da população idosa no Brasil é conseqüência do crescimento da esperança de vida ao nascer combinado com a queda do nível geral da fecundidade.
Segundo o geriatra João Senger, que é diretor científico da Sociedade Brasileira de geriatria e gerontologia Regional Rio Grande do Sul, o envelhecimento da população dos países desenvolvidos se resume o seguinte principio: há mais idosos porque mais pessoas sobrevivem à idade de 65 anos como conseqüência de uma notável queda das taxas de mortalidade infantil e geral, em virtude de melhores condições de vida( econômicas, dietéticas , sociais e sanitárias). Além disso, o envelhecimento é maior porque há menos pessoas jovens em razão da grande redução do índice de natalidade, o que aumenta a proporção de idosos no conjunto da população. Segundo Senger, cada um de nós começou a envelhecer antes mesmo de nascer e continuará envelhecendo durante toda a sua existência. “O envelhecimento é um processo natural e deve ser acolhido de braços abertos, porque a alternativa é a morte”, destaca o geriatra.
Fonte: NH- Viver com saúde, 29/09 a 05/10/2008

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Constuções concepções de mundos: a perpectiva Marxista e a educação.

Construções de concepções de mundo: a perspectiva marxista de educação.


"A doutrina materialista relativa à mudança de circunstâncias e à educação esquece que elas são alteradas pelo homem e que o educador deve ser ele próprio educado. Portanto, esta doutrina deve dividir a sociedade em duas partes, uma das quais [os educadores] é superior à sociedade. A coincidência da mudança de circunstâncias e da actividade humana ou da auto-mudança pode ser concebida e racionalmente entendida apenas como prática revolucionária".
Marx
Essa afirmação de Karl Marx, que fundou a doutrina marxista na década de 1840, onde revolucionou o pensamento filosófico, especialmente pelas conotações políticas explicitas nas suas idéias. Também da ênfase para a alienação presente na sociedade e declara que o homem está sempre em processo de mudança desde que nasce até a morte. Mas a sociedade como um todo sofreu e sofre mudanças influenciadas pelo sistema. Sistema esse de capitalismo, onde os dominantes procuram manter-se no poder, acumulando riquezas materiais mantendo sempre o controle, principalmente através do sistema educacional para reproduzir um modelo de cidadão politicamente e socialmente “correto” que venha de encontro aos interesses dos dominantes.
No Brasil temos uma trajetória histórica da educação que vem desde dos tempos do Brasil colônia(1500/18220) com a educação jesuítica de catequese, passando pelo Brasil Império(1822/1889) com o Elitismo, Escolas Étnicas e a Educação nas Constituições. O Brasil República ( a partir de 1889) evoluiu bastante, principalmente em relação a educação, principalmente no que se refere a obrigatoriedade da escola pública, o direito de todos dedes da Educação Infantil até o Ensino Médio.
Existe uma distância muito grande entre o que está na constituição que rege o Sistema de Educação do Brasileiro e o que realmente está na prática.O nosso sistema de Ensino ainda reproduz um modelo de educação que atende aos interesses do capitalismo ainda oferecendo uma educação visa formar cidadão para serem inseridos no mercado de trabalho. E o mercado de trabalho segue as tendências mundiais com a globalização, neoliberalismo. Como que as chamadas classes populares poderão ter acesso a uma educação de qualidade, que possibilitem formar pessoas realmente aptas e capazes de transformar a realidade que as cercam se o sistema ainda não oferece a escola que realmente precisamos. Citando como exemplo o nosso município (Sapiranga), que ainda não consegue atender toda a demanda de Educação Infantil, as escolas Estaduais perdem muito em qualidade por falta de professores, faltam recursos básicos, estrutura física e outros.
Segundo Mézáros, que nos proporciona um diálogo entre a teoria marxista e sua evolução até os dias de hoje em nossa sociedade: “A alienação é um tipo de controlador do capital, que não se preocupa como destino do planeta, mas com sua própria reprodução infinita. A ironia da humanidade é que conseguiu desenvolver instrumento suficiente para manter-se, para que todos tenham o que comer, mas são usados para estimular uma realidade destrutiva. A lógica do capital é estimular a alienação, pois faz com que a população aceite esse paradoxo. A alienação leva a racionalização da insanidade, o que cria a ilusão de ser a ordem correta das coisas. É o modo como se gera a ideologia dominante”. É comum encontrarmos determinadas posturas em pais e até mesmos professores de que a educação é para quem pode, como se o fato dos menos favorecidos estarem fadados a levarem o rótulo de “incapazes” para não dizer “burros” pelo fato de terem dificuldades de freqüentarem a escola com o mesmo êxito dos que têm mais. Podemos citar o exemplo do acesso as universidades públicas, onde a grande maioria dos que entram pelo atual sistema, são os que podem freqüentar cursinhos pré-vestibular, tem todos os recursos necessários para uma boa aprendizagem desde da mais tenra idade. E o principal de tudo não têm que trabalhar para se sustentar ou ajudar a família. Como podemos chamar isso de direitos iguais, que se não estudam é por que não querem, são vadios...
O que devemos fazer nós, professores, como sujeitos ativos dessa concepção???