sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

AGORA, VAMOS COMEMORAR....

E AGORA...

Através da realização deste curso constatei que é possível o professor proporcionar uma educação baseada na relação onde alunos e professor conhecem-se e buscam aprender a partir das vivências e do conhecimento da realidade em que estão inseridos. Dando ênfase a promoção de ações que favoreçam a elevação da autoestima que desperta para o interesse e motivação dos alunos.

É possível uma parceria entre escola e família, entretanto precisa-se haver continuidade, pois muitas lacunas surgem que precisam ser retomadas. Também é preciso tentar envolver toda a cumunidade escolar para, juntos, caminharmos em prol de uma verdadeira educação transformadora.

E AGORA ???

Quando iniciei o curso meu grande sonho era a conclusão de uma graduação. Agora, na reta final, quase concretizando este grande sonho, percebo que novos sonhos começam a acalentar. O mais forte é dar continuidade aos estudos voltados para as questões que envolvem a educação.. Portanto, sonho em realizar uma Pós Graduação, também nos moldes à distância.

A BANCA...

Após a entrega da versão final do TCC ( Trabalho de Conclusão do Curso ), toda a minha preocupação ficou voltada para a banca. Apesar de vivenciarmos todo o final de semestre de uma minibanca, a ansiedade era grande.

Entretanto foi muito tranqüila e proveitosa a realização de nossa banca. Tirando o nervosismo meu e de algumas colegas, posso afirmar sem sombra de dúvida, que naquele encontro pudemos perceber o quanto houve aprendizagens ao longo do Curso. Algumas colegas, como eu, também, entraram analfabetas digitais, no entanto superaram as dificuldades e passaram a fazer uso das aprendizagens tecnológicas em suas práticas docentes.

Ficou evidente nas apresentações a mudança do olhar em relação às questões que envolvem essa nossa profissão. Percebeu-se nas reflexões uma mudança de postura, uma mudança que envolve maturidade e amplia algumas visões um tanto limitada que tínhamos até o ingresso nesse Curso.
Também gostaria de destacar a importância da professora orientadora e da tutora, que não mediram esforços para nos auxiliar nesta caminhada que foi a realização do Estágio Curricular no semestre 2010-1 e agora com o TCC e a banca.

De acordo com Freire (1996, p 12), “A reflexão crítica sobre a prática se torna uma exigência da relação teoria/prática sem a qual a teoria pode ir virando bla-bla-blá e a prática ativismo”, nesse sentido podemos destacar a importância do professor que volta seu olhar para a sua própria prática docente, procurando aproximar a teoria da realidade prática. Então posso afirmar com toda a certeza, que esse Curso nos proporcionou essa reflexão.

FRUSTRAÇÕES NA PRÁTICA

Para Freire (1995, p.21), “Saber que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção”. Para isso o educador tem o papel de importante destaque, pois é ele que vai possibilitar um ensino baseado na construção e (re)construção de aprendizagem pelo aluno. O professor é um agente que deve atuar na mediação de ações que possam vir a contribuir para desenvolvimento integral do aluno. Essa mediação deve ser articulada entre equipe diretiva, educadores, alunos e as famílias dos alunos.

Durante muito tempo algumas questões observadas no entorno escolar me inquietavam, por exemplo, é comum os professores queixarem-se do pouco interesse dos alunos pelas atividades propostas, no entanto, poucas ações se manifestam na prática. Percebemos que a maioria de nós, profissionais falamos muito e agimos pouco. Por essas e por outras que resolvi inseri as tecnologias como ferramentas de aprendizagem minhas e de meus alunos. Em nossa escola cada turma tem direito a um horário semanal de cinqüenta minutos. Articulei com a direção e consegui dois horários semanais. No decorrer do ano o uso das tecnologias como ferramentas de aprendizagem foi um grande propulsor de interesse e motivação.

Entretanto em novembro o nosso professor de Informática teve que afastar-se de sua função. Como não podemos usar o laboratório sem o profissional específicos nossos alunos e principalmente os meus, estão decepcionados e um tanto desmotivados. Acredito que encerraremos o ano com essa decepção e com a incerteza para o ano seguinte.
Fica a sensação de estar lutando contra a maré, pois quando se consegue algo, logo acontece um fator contrário que coloca por água abaixo quase tudo que foi lutado para se conseguir.

TECENDO REDES...

É incrível como este curso, nesta modalidade, proporcionou diversas redes. Redes estas que ultrapassaram as fronteiras da aprendizagem e ramificaram-se criando elos de verdadeiras parcerias e amizades.

Acredito que a própria forma em que foram planejagdas e estruturadas as atividades exigiu, de nós alunas que criássemos diversas formas de agirmos e interagir com os outros. Também foi importante a troca que estabeleceu-se, pois o fato do curso ser destinado somente a professores do município de Sapiranga, mas também de abranger cidades vizinhas com Nova Hartz, Araricá, Taquara , Dois Irmãos, Ivoti e Novo Hamburgo. Esse fator fez com que passássemos a conhecer e refletir sobre outras realidades bastante diversificadas.

Associando a teoria com nossas práticas podemos ampliar nossos conhecimentos e de certa forma mudar e ampliar a visão de mundo, pois sabemos que quando pensamos somente em nossa realidade, nossa visão de mundo torna-se um tanto limitada.
Penso que conheci pessoas, tanto colegas como professores e tutores que deixaram marcas para o resto de minha vida. Também estabeleci vínculos de amizades que serão cultivadas para todo o sempre.

APRENDIZAGENS TECNOLÓGICAS

Ingressei nesse curso de Pedagogia à Distância pela UFRGS, sendo analfabeta digital, daquelas que não ligava o computador, no entanto para conseguir realizar as atividades propostas tive que me apropriar das diversas ferramentas tecnológicas.
Precisei estabelecer redes de aprendizagens, isto é, busquei ajuda de parentes, amigos, colegas e tutores. Aos poucos fui adquirindo o domínio das tecnologias e o que antes parecia um “bicho de sete cabeças”, passou a fazer parte da minha vida pessoal, profissional e de estudante.
Na minha atuação profissional o uso das tecnologias passaram a fazer parte de meu planejamento articuladas com a demais atividades. Isso proporcionou maior interesse e motivação em meus alunos que sentem-se inseridos no mundo das tecnologias, pois como são muito carentes, não tem acesso a essas em suas casas.
Também na vida de estudante adquiri bastante autonomia, pois após dois anos indo ao Polo todas as noites, a partir de 2008 faço sozinha, em casa minhas atividades de Estudante.
Na minha vida pessoal uso muito a internet MSN, e-mail para comunicação com familiares e realização de consultas bancárias, orçamento de lojas e muitos outros.
Posso afirmar, com certeza que as tecnologias fizeram e estão fazendo toda a diferença.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Considerações sobre o Bolg/ Portfólio

A partir da minha entrada no PEAD é que passei fazer uso do blog/portfólio para registro e reflexão das aprendizagens obtidas. Analisando Percebi que evolui bastante, pois lendo as primeiras postagens percebi que, no início, mais pareciam comentários sobre uma atividade. Depois passei para a fase do relato de atividade e também do tradicional recorte e cole um trecho do que autor coloca e comentava. Esse perfil carreguei até o semestre 2009-1, então ocorreram as intervenções dos professores e tutores, sugerindo, questionando, naquele momento me incomodei, porque parecia que nada estava certo.

Então finalmente peguei a prática e descobri que o blog serve para registrar a autoria de minhas aprendizagens e reflexões, procurando sempre relacionar a teoria e prática com evidências e argumentos claros e exemplificativos que nos levam pensar nas formas de aprendizagens que o nosso sistema de Ensino Brasileiro oferece.

Analisando meu portfólio, percebo que ele reflete o perfil de minhas principais ideias e especificamente o meu próprio olhar sobre as aprendizagens no PEAD, relacionadas de forma crítica e reflexiva sobre a atual prática de educação no Sistema de Ensino Brasileiro.
Apesar de achar cansativo fazer uma reflexão semanal sobre determinada aprendizagem, percebo o quanto é fundamental ter esse registro de forma sintetizada das percepções, alegrias e muitas vezes desânimos com determinado assunto, vivenciado naquele momento.

Estamos na reta final do Curso de Pedagogia à Distância, com certeza, com muitos ganhos, em todos os sentidos nesta caminhada, entretanto de todos os espaços de interações que usamos no decorrer do Curso, o blo/portfólio é um dos mais importantes e que mostra de forma específica um pouquinho de cada estudante, profissional e até mesmo o perfil pessoal.

domingo, 21 de novembro de 2010

Semestre 2010-2

A realização do Trabalho de conclusão do Curso, neste semestre foi mais um grande desafio. Apesar de termos aprendido muito ao longo do curso, neste momento, precisamos refletir sobre as aprendizagens e constatações que mais se destacaram no decorrer da realização do Estágio Curricular, durante o semestre 2010-1.

O momento foi bastante importante, pois podemos refletir sobre alguns aspectos que deram certo em nossa prática pedagógica, isto é, no caso da minha realidade pude deter um olhar mais demorado sobre as ações, do professor. Ações estas que geram novas ações, tanto na participação efetiva da família na vida escolar do filho, como também dos filhos como alunos que realizam com motivação e interesse as atividades propostas. Na verdade gera-se uma rede de ações que desencadeiam aprendizagens para todos os envolvidos na comunidade escolar. Procurei observar como essas ações se apresentaram na realidade escolar, naquele momento; como os alunos se beneficiaram, e, principalmente, que modificações senti na minha prática pedagógica.

A importância das ações do professor frente às dificuldades de aprendizagem
dos alunos. A relação da família com a escola, professor e aluno e, também, a questão de falta de interesse dos alunos frente às próprias dificuldades de aprendizagem e aos assuntos relacionados com o processo ensino e a aprendizagem, sempre chamaram a minha atenção.

Atuei vários anos com alunos com dificuldades de aprendizagem, mais especificamente com o reforço escolar, identifiquei alguns elementos importantes que não eram trabalhados adequadamente pela escola.
Na minha opinião a motivação, a autoestima, o interesse e a curiosidade agem como fatores que desencadeiam aprendizagens significativas em sujeitos em fase de formação, inspirando cuidados especiais para que sejam favorecidos o crescimento individual e o crescimento coletivo.

Segundo os Parâmetros Curriculares, ( Vol. 1, p. 53 ):
Cabe ao educador, por meio da intervenção pedagógica, promover a realização de aprendizagem com o maior grau de significado possível, uma vez que esta nunca ,e absoluta – sempre é possível estabelecer relação entre o que se aprende e a realidade, conhecer as possibilidades de observação, reflexão e informação ( ...).

Portanto, é extremamente importante, o professor planejar atividades que levem as crianças a refletirem e a perceberem a importância de determinados valores para a convivência em comunidade e consequentemente na sociedade.

Durante a realização do Trabalho de Conclusão do Curso, constatei que nada é estanque, pois muitas questões e ações continuam sendo necessárias para que possamos realmente oferecer uma educação transformadora as nossas crianças. Cabe ao professor continuar insistindo em lutar por uma educação transformadora que realmente faça a diferença na vida dos alunos e da própria comunidade escolar

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Semestre 2010-1

O Estágio Curricular

A realização do Curso de Pedagogia da UFRGS, na modalidade à distância, possibilitou uma grande reflexão sobre teorias e práticas. Aos poucos foram sendo fomentadas as possibilidades de aplicabilidade na prática das teorias estudadas ao longo do curso.
Percebi o quanto é importante o professor colocar-se na condição de aluno, ou seja, aprender junto com este e ter a humildade para admitir certas coisas. Um exemplo bem simples em que aprendi e aprendo junto com meus alunos é com o uso das tecnologias, pois sei que domino diversas ferramentas tecnológicas, no entanto ainda tenho diversas limitações e muitas possibilidades de aprender.

Constatei o quanto é importante às saídas de campo para a aprendizagem das crianças, através destas as crianças mantinham-se motivadas e estimuladas. Percebi a importância da vivência através do concreto para se obter conhecimento e assimilação da aprendizagem. Através das saídas de campo as crianças não aprendem somente conteúdos, mas sim aprendem a conviver em grupo, a comportar-se socialmente, a descobrir que existem outros mundos que não somente aquele em que estão acostumados e habituados.

Aprendi o quanto é importante o planejamento e ações do professor. O planejamento a partir da realidade da turma pode desencadear verdadeiras aprendizagens significativas, tanto para professores, quanto para os alunos. Percebi a importância da motivação e do incentivo ao desenvolvimento de uma melhor autoestima das crianças. A autoestima e a motivação são fatores essenciais para promover aprendizagens, principalmente, naqueles alunos que apresentam dificuldades.

Através do Estágio Curricular percebi que todos, independente de seu histórico e comportamento, têm a capacidade e o direito de aprender e, por isso, devemos sempre esperar o melhor de cada um. Todo professor deve analisar cada caso, olhar para as dificuldades de aprendizagens e também de convivência, pensar em estratégias e criar o melhor ambiente para a aprendizagem. Também aprendi que envolver os pais nesse processo ajuda e muito em todos os aspectos.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Semestre 2009-2

Pensar em um ensino de qualidade e que contemple a todos de forma igualitária e inclusiva, é o sonho de todo o profissional que procura proporcionar uma educação de maneira a atingir todas as classes da população brasileira.

No semestre 2009-2, trabalhamos com algumas interdisciplinas que nos fizeram refletir sobre o Sistema de Ensino que é aplicado em nossas escolas com suas convergências, divergências e complementaridades. Tanto em Didática quanto a EJA, em Linguagem e Educação, e, em Libras, podemos identificar diversos conceitos que vão desde a inclusão, a formação dos profissionais da Educação, as políticas públicas, a acessibilidade até as condições físicas, estruturais e pedagógicas das escolas.

Também constatamos que temos uma escola desconectada da comunidade em que está inserida, isto é, cada vez mais a escola assume responsabilidades que não se limitam somente à aprendizagem, mas que também estão ligadas a valores, disciplina, limites e até mesmo assistencial. A escola trabalha dentro da comunidade de forma isolada, isto é, faltam articulações e parcerias com os pais e familiares.

Levando em consideração que a maioria dos nossos alunos pertencem ao grupo social dos excluídos que por “n” razões apresentam diversas dificuldades que vão desde a linguagem oral e suas leituras de mundo que trazem para a escola até a forma em que a escola está estruturada tanto fisicamente quanto pedagogicamente. A escola oferece um ensino que não contempla o que os alunos estão buscando, seja pela falta de preparação e formação adequada de seus professores ou pelas práticas pedagógicas totalmente fora daquilo que buscam estes. Os alunos procuram encontrar na escola práticas que facilitem a leitura do mundo em que estes estão inseridos, ou seja, eles querem aprender a compreender situações que necessitam utilizar no seu dia-a-dia.

Nesse eixo, o que mais me chamou a atenção foi o fato de que escola deve pensar em ações que venham de encontro as verdadeiras necessidades de seus alunos, isto é, que o planejamento, a didática e a avaliação estejam voltadas para promover atividades que possibilitem aprendizagens significativas para os alunos.

Os alunos precisam sentir-se inseridos no processo de ensino e de aprendizagem e não ao contrário. Para isso está na mão dos profissionais que lidam com educação, principalmente, o professor que atua diretamente em sala de aula. O professor, muitas vezes, não se dá conta do poder que exerce sobre seus alunos, ele pode atuar como um divisor de águas, deixando marcas que serão levadas por toda a vida.

domingo, 17 de outubro de 2010

Semestre 2009-1

Iniciei o ano de 2009, com uma grande mudança no âmbito profissional. Após dez anos de parceria atuando em projetos extra classe retorno a rede municipal de ensino do município de Sapiranga, do qual possuo concurso público desde 1989. Tive que reorganizar toda a minha rotina, pois não podia deixar de dar continuidade a realização do curso de Pedagogia. Como toda a mudança nos deixa assustado e com medo do incerto, fiquei apreensiva pelo que teria que enfrentar.

No entanto o fato de estar realizando o curso de Pedagogia me deu embasamento e segurança para enfrentar os desafios de atuar novamente no ensino regular. Também na escola a fui designada encontrei três colegas de PEAD e isso nos proporcionou uma parceria grande onde podemos compartilhar trocas e colocar em prática algumas aprendizagens aprendidas como estudantes.

No semestre 2009-1, realizamos as interdisciplinas de Psicologia da Educação II, Educação de Pessoas com Necessidades Especiais, Questões Étnicos Raciais, Filosofia e Seminário Integrador VI. Essas interdisciplinas foram muito interessantes, pois nos proporcionaram uma grande reflexão sobre a importância da verdadeira inclusão social. Também constamos que ao tratarmos de Filosofia e Questões Étnicos Raciais estamos também tratando da inclusão social. Podemos perceber que povo brasileiro é fruto de uma grande miscigenação de raças, onde os pobres, índios e negros são historicamente discriminados e tratados como inferiores perante, principalmente, aos brancos.

Compreendemos que para termos uma inclusão social de qualidade precisamos estar preparadas para tratarmos dos diferentes casos que teremos em nossas salas de aula. Por isso foi muito importante o que aprendemos em Psicologia, mais especificamente estudando um pouco sobre a epistemologia da genética, que segundo Piaget, precisa levar em consideração os estágios do desenvolvimento humano, o método clínico e também a importância da ação do professor no processo de aprendizagens dos alunos.
Em nossas escolas municipais estava sendo implantada a filosofia para os alunos de anos iniciais, nesse aspecto foi bastante válido a interdisciplina de Filosofia que nos mostrou a importância de trabalharmos com a reflexão e discussão sobre os temas existenciais e principalmente, quem são as nossas crianças e o que pensam sobre a sociedade que estão inseridas. Com a perda de alguns valores deixados de ser passado pelas famílias por “n” motivos, é importante a filosofia proporcionar esse espaço para a reflexão e tomada de consciência de crianças e jovens estudantes.

No Seminário Integrador VI, destacou-se a realização de Projetos de Aprendizagem. Com PA, descobrimos a forma de trabalhar de forma interativa, respeitando as individualidades de cada uma, mas sempre tentando inseri-las no avanço coletivo. Aprendemos que crescemos quando respeitamos as diferenças e aproveitamos para buscar aprendizagem colabotativas.

domingo, 10 de outubro de 2010

Quitando Débitos...

No decorrer dos quatros semestres, nos anos de 2007 e 2008, nós, as cinqüentas alunas e o colega Édson, que entramos em 2007-1, tivemos um débito a realizar quatro interdisciplinas que foram realizadas pelas colegas que entraram no segundo semestre de 2006. As interdisciplinas eram Seminário Integrador I, que realizamos em 2007-1, Escola, Projeto pedagógico e Currículo, em 2007-2, Tecnologia na Educação, em 2008-1 e Escola, Cultura e Sociedade em 2008-2.

Nós que entramos em 2007-1, carregamos por dois anos esse débito, mas conseguimos realizar com êxito, apesar de ficar ainda mais pesado.As interdisciplinas de TICs e Escola e Projeto Político edagógico e Currículo, foram as que mais me chamaram atenção e das quais tenho algumas lembranças. TICs, porque como já mencionei era analfabeta em tecnologias, então cada atividade que a professora passava era muito difícil, não entendia nada, precisei de muita ajuda. A qual sempre recebi das tutoras e de algumas colegas, que tinham um maior conhecimento em tecnologias, mas como também precisavam realizar as suas atividades não tinham como ajudar o tempo todo. Foi sofrido, no entanto, percebo o quanto foi importante para a minha evolução nas aprendizagens tecnológicas tão importantes tanto para minha vida como estudante como também profissional e pessoal.

A disciplina de Projeto Pedagógico, nos trouxe a importância do PPP na escola. Era algo que todos os anos, em reuniões era lido e atualizado, mas pouco compreendido por mim. A partir desta disciplina pude perceber o quanto é importante o PPP da escola, é o coração da mesma. Muitos professores não sabem, não se dão conta de sua importância. Todas as nossas decisões referentes as turmas de alunos devem estar de acordo com o PPP da escola. É um documento que deveria ser lido seguidamente, para estarmos cientes sobre as propostas da escola e os resultados que esta quer alcançar a partir de determinadas ações.
Então concluímos 2008 com o débito de 2006 quitado, ufa, que bom....

sábado, 2 de outubro de 2010

Semestre 2008-2

Neste semestre estou mais familiarizada com o uso das tecnologias e também tendo mais autonomia tendo uma autonomia muito maior. Com o uso do pendriwe passo a realizar muitas atividades em casa, diminuindo as idas ao Polo.

Realizamos algumas interdisciplinas como Gestão da Escola e Organização da escola que muito contribuíram para a compreensão de alguns elementos fundamentais para a prática educacional. Como somos professoras atuantes há bastante tempo, temos o domínio da prática, sabemos como funciona isto ou aquilo. No entanto, ficou claro, para nós que a prática em se tratando de políticas educacionais, nem sempre condiz com a realidade.

Um exemplo concreto é de como funciona a gestão democrática, nosso município se diz um gestor democrático, entretanto, apresenta uma democracia mascarada por entorno político de gestão voltada para os interesses de poucos. Percebemos o quanto nós professores precisamos nos apropriar de determinados conceitos e direitos relacionados à educação para podermos agir com mais autonomia, buscando sempre o melhor para se oferecer uma educação de qualidade e que promova cidadão críticos e transformadores.

Também me chamou a atenção foi o trabalho em grupo que passamos a realizar através da realização do Projeto de Aprendizagem. Precisamos aprender a trabalhar de forma cooperativa e a distância para realização do Projeto de Aprendizagem. Percebemos as dificuldades que temos em trabalhar em grupo, pois precisamos avançar sempre coletivamente, no entanto, precisa-se respeitar as particularidades e diferenças de cada componente do grupo, procurando sempre incluir e não excluir. O ponto positivo dessa forma de trabalho é que passamos a conhecer melhor alguns colegas e passamos a ter uma aproximação de amizade além de sermos colegas de curso.

Não poderia deixar de ressaltar aqui o quanto foi importante a interdisciplina de Psicologia da Vida adulta, que nos levou a refletir sobre os diferentes aspectos dessa fase. Também trabalhando em grupo procuramos aprofundar melhor os estudos para a Melhor Idade, focada, principalmente na vida que levam essas pessoas nos Asilos. Foi muito interessante a constatação, de que na maioria das vezes, a vida é uma grande plantação, onde semeamos e colhemos aquilo que plantamos. A semeadura é opcional, no entanto, a colheita é obrigatória.

O sistema de avaliação do PEAD, é através de conceitos A, B, C e D. Sempre fui e sou uma aluna dedicada, mas com as minhas limitações sempre tive, nos semestres anteriores alguns “B”, mas neste semestre 2008-2 fechei com chave de ouro, ou seja, tirei conceito “A” em tudo, isso me deixou muito, mas muito feliz, pois ali estava o reflexo de todo o meu esforço e comprometimento de aluna e profissional.

domingo, 26 de setembro de 2010

Semestre 2008-1

Realizamos interdisciplinas muito importantes para a nossa prática docente. Matemática e Estudos Sociais sob a perspectiva apresentada nos levaram a refletir sobre o que ensinar? Por que ensinar? Quem vai aprender? E como vai aprender?

A partir de tais reflexões procurei inserir em meu planejamento atividades práticas e significativas principalmente para os meus alunos. O resgate de memórias e locais de memórias trazendo para o contexto atual fazendo com crianças e adultos possam reconhecer-se como sujeitos ativos na sociedade.

No ambientes virtuais, como por exemplo, participação nos Fóruns, percebe-se uma postura mais segura de minhas ideias, interagindo significativamente com demais colegas e professores.

Entretanto, pessoalmente, algo ficou marcado, no decorrer deste semestre, isto é, as minhas dificuldades com o domínio das tecnologias se fez muito presente. Talvez nem tenham sido percebidas por professores e colegas, pois sempre estive com as atividades em dia, mas chorei, de raiva e frustração realizando as atividades relacionadas a interdisciplina de Tecnologia na Educação.

Segundo Piaget, para aprender é preciso desestruturar para aprender reconstruir. Acredito que foi assim que consegui aprender algumas coisas que levarei para o resto da vida. Preciso ressaltar que algo que amenizava as dificuldades encontradas era a interação com colegas e tutoras de Polo. Juntas, compartilhamos nossas angustias e ansiedades e foi juntas que conquistamos muitas aprendizagens.

Aprendizagens que passamos a carregar conosco e que começaram a transformar nossas vidas tanto pessoal como profissional.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Semestre 2007-2

Neste semestre realizamos sete interdisciplinas, nossa fiquei toda atrapalhada com tantas atividades para administrar. Entretanto o que no início se mostrou como dificuldades, com o decorrer do tempo, tornou-se prazerosas. Comecei colocar em prática algumas atividades sugeridas como as dicas de teatro, de como trabalhar música e também ludicidade e literatura na sala de aula.
Visitamos a VI Bienal da Arte, em Porto Alegre, aprendi muito, principalmente a perceber elementos que os artistas colocam em suas obras que passam uma mensagem de leitura de mundo.
O uso das tecnologias passam s ser inseridos na minha prática docente através de parcerias estabelecidas com colegas. Também percebe-se que a minha construção escrita evoluiu, passando a trazer algumas reflexões sobre a teoria e a prática docente.
Pelas minhas postagens, tanto no blog como no webfólio, nota-se uma regularidade e pontualidade, uma preocupação de articular as leituras lidas com as atividades práticas realizadas na minha própria sala de aula.
Continuava indo ao Polo de três a quatro vezes semanais, neste ambiente havia uma forma de compartilhar as dificuldades e limitações, tendo sempre o amparo das tutoras.
Foi nesse eixo que tivemos nosso primeiro workshop, nossa como fiquei nervosa, tudo era novidade, mas no final deu tudo certo.
Neste semestre a minha pessoa, o meu eu, começa a ter certeza de ter feito a escolha certa do curso, apesar de tantas atividades, da organização do tempo e ter que deixar a família de lado para a dedicação aos estudos e trabalho.

domingo, 12 de setembro de 2010

Semestre 20071

Após prestar vestibular para o curso de Pedagogia à distância da UFRGS, ingressei no Polo de Sapiranga. Apesar de estar com dezesseis anos de carreira na Rede Municipal, de ter começado e desistido de uma outra graduação anos antes, o velho sonho de realizar uma graduação estava muito presente.

Relembro aquele inicio tão difícil, com muito medo e insegurança de fracassar, pois muitos eram os fatores que limitavam o meu desempenho neste recomeço.
O grande “vilão”, no meu caso, foram as ditas tecnologias. Nossa eu tinha pânico, dor de barriga, pois era analfabeta digital e as atividades eram todas realizadas em ambientes virtuais. Lembro-me de alguns fatores que fizeram com que eu continuasse vivendo um dia de cada vez, um deles foi durante uma aula presencial que o professor Crediné falou algo que de repente me tocou e fez com que eu passasse a persistir, a fala : “ ...as tecnologias são somente mais uma ferramenta de aprendizagem, mas o que vai fazer o diferencial é o desempenho de cada uma no decorrer do Curso”.

Acredito que a partir desse momento senti-me desafiada, procurei seguir as orientações dos professores e tutores, estabeleci metas para aprender as tecnologias, para isso destinei ir ao Polo três a quatro vezes por semana e também passei a buscar ajuda das pessoas que estavam ao meu redor. Na família minhas filhas e meu marido me incentivavam, na escola colegas e coordenadora me auxiliavam na realização de tarefas ligadas às tecnologias. Também pedia ajuda até por telefone à colega que havia ingressado em 2006.

Quanto a realização das interdisciplinas meu desempenho foi bastante limitado, pois tudo era muito novo, haviam muitas atividades a serem feitas, muitas leituras, principalmente em Psicologia e Alfabetização. Todas as leituras sugeridas e atividades eram impressas, haviam sempre páginas e páginas de xérox. Toda e qualquer atividade eu as fazia num caderno, para depois digita-las e postar nos ambientes virtuais.

As atividades realizadas no blog daquele semestre não pareciam a minha escrita que possuo hoje, mas sim comentários, recorte e colagem de algum lugar.
Comprovando a tese do professor Crediné, de que as aprendizagens dependem do processo de busca e interesse de cada um encerramos o primeiro semestre no qual não fiquei em recuperação em nenhuma atividade e com destaque nas atividades, já com o uso das tecnologias, que foram os Memoriais da escola e da infância.

Foi um recomeço de resgate, de busca por novas aprendizagens...

domingo, 13 de junho de 2010

Reta Final...

Quando se iniciou o estágio parecia que havia tanto tempo e tantas coisas para serem desenvolvidas. Entretanto encerrando-se a última semana fica aquele gostinho de quero mais. É claro que não estou tão triste, pois continuarei o trabalho com a turma em que estagiei, mas sei não terei aquela preocupação de que alguém está olhando, acompanhando tudo aquilo que faço com os alunos, sugerindo e auxiliando no crescimento da prática pedagógica.

Acredito que muito aprendemos e estamos aprendendo no decorrer deste semestre. Percebi o quanto é importante o professor colocar-se na condição de aluno, ou seja, aprender junto com este e ter a humildade para admitir certas coisas. Também constatei a importância da flexibilidade no planejamento das atividades, pois muitas vezes tive que redirecionar meu planejamento em função dos alunos se deterem mais tempo em uma atividade. Ou então por surgir uma questão em que eu não havia pensado desencadear-se ou até mesmo por haver surgido outras atividades vindas da parte da equipe diretiva em que tive que inseri-las.

O perfil de minha turma transformou-se no decorrer do estágio, de alunos apáticos e desmotivados surgiram crianças com vontade de aprender, curiosa, sem medo de expressar suas opiniões. Acredito que grande parte dessa transformação se deve ao meu fazer pedagógico, ou seja, minha postura frente a prática docente, o envolvimento da comunidade escolar incentivadas e buscadas por mim.
Agora tenho o desafio de continuar o que foi iniciado no Estágio Curricular, isto é, muitos dos projetos iniciados darei continuidade, como o uso das ferramentas tecnológicas, iniciadas durante o estágio, também serão levadas adiante.

Acredito mais profundamente na transformação através da educação, no entanto é preciso termos em sala de aula profissionais docentes comprometidos com a educação como um todo. O professor dos dias de hoje precisa mais do que nunca ter atitudes que façam a diferença, isto é, precisa sair do contexto da sala de aula e envolver-se em ações que envolvam todos os segmentos da escola, quer seja dentro dos espaços da escola ou até mesmo na comunidade. É aquele ditado popular: “ Se Maomé não vai a montanha, a montanha vai até Maomé.

domingo, 30 de maio de 2010

A escola que encanta...

Neste sábado, 29/06 tivemos em Sapiranga, o IV Fórum Municipal de Educação, com o tema “A escola que encanta e transforma vidas”. Quando li quem era a introdução ao currículo do Palestrante, Max Haetienger, pensei que íamos ter um encontro voltado para as inovações tecnologias, como inseri-las em nossa prática. Entretanto saiu totalmente de minhas expectativas e nos deixou encantadas com sua visão de trabalhar a educação dentro da sala de aula e do contexto escolar.

Em sua fala não nos trouxe nada de muito novo, mas fortaleceu aquilo em acredito, ou seja, que a escola não pode ser uma instituição onde se os alunos somente retêm conhecimentos. A escola precisa ter metas com professores que entrem numa sala de aula com o intuito de ensinar e ao final do dia saiam com a impressão de mais ter aprendido do que ensinado.

A escola que encanta, precisa encantar e encantar, na aprendizagem, é fazer aquilo que ou outro não espera, é surpreender, aguçar curiosidade e a criatividade como valência oposta a memória. Também nos ressaltou sobre a importância da cooperação como bases das relações, trazendo o lúdico, o movimento e a cultura como elementos essenciais para o desenvolvimento em toda a trajetória escolar do aluno e não somente na Educação Infantil e Anos Iniciais.

A importância dos valores e do... “saber cuidar que é mais que um ato, é uma atitude. Portanto, envolve mais que um momento de atenção de zelo e desvelo. Representa uma atitude de ocupação, preocupação, de responsabilização e de envolvimento afetivo com o outro”, Boff, 1999.

Ao final do encontro fiquei com a sensação daquela vela frase de Sócrates “Quanto mais sei, sei que nada sei..”, mas tenho a certeza de que precisamos continuar lutando para inserir em nossa prática ações que venham de encontro a tão sonhada escola que encanta. Não querendo “puxar brasa para o nosso assado”, mas nós do PED, estamos começando a trilhar esse caminho. Entretanto sabemos que temos muitos desafios pela frente, pois precisam haver mudanças de posturas em todos os segmentos que envolvem a escola.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Tecnologias na aprendizagem

Finalmente, após um período de três semanas sem acesso ao laboratório de Informática tivemos nossa aula inaugural com os novos computadores. São 18 computadores novinhos com tela plana, fones de ouvidos e tudo que demanda as mais novas tecnologias. Esses novos equipamentos foram destinados pelo PROINFO, do governo Federal para as escolas públicas de nosso município que estavam com os laboratórios sucatados.

A minha turma é composta por 29 alunos, sendo que destes, somente 3 têm computador em casa com acesso a internet. Para essa turma está sendo um grande diferencial aprenderem com o uso de recursos tecnológicos, eles vibram, sentem orgulho por estarem dominando algumas ferramentas tecnológicas. Nessa primeira aula com os novos equipamentos, foi quase impossível trabalhar, pois os alunos estavam muito eufóricos e empolgados, querendo ver e acessar a tudo ao mesmo tempo. O professor de Informática estava todo nervoso pela agitação dos alunos. Resumo a aula praticamente não rendeu, entretanto a satisfação dos alunos foi muito grande.

Apesar de dos contratempos envolvendo o uso das tecnologias, acredito que meu trabalho não ficou prejudicado, pois adeqüei algumas atividades e pretendo dar continuidade ao uso das ferramentas tecnológicas como um instrumento de aprendizagens dos alunos durante o decorrer do restante do ano letivo.

Conversando com o professor de Informática percebi que ele também está motivado a inserir novas formas para a realização das aulas de Informática. A minha turma e a da colega Silvia continuarão tendo a disponibilidade de 2 horários semanais de Informática, sendo que em agosto iremos participar juntamente com professores de outras escolas de uma reunião onde colocaremos nossa forma de trabalhar. Também o trabalho que realizamos com produção de slides em homenagem as mães já foi selecionado para serem expostos na Mostra do Saber de Sapiranga, durante a segunda semana de junho, que este ano traz o tema sobre a evolução humana e o Mundo das tecnologias. São os frutos sendo colhidos do uso das inovações tecnológicas que o PEAD, está nos proporcionando.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Inclusão social e exclusão na aprendizagem

Sabemos o quanto é importante para as pessoas com necessidades especiais terem acesso ao ensino regular. Entretanto em determinadas situações ou até mesmo órgão que regulamentam a inclusão ocorrem algumas disparidades que pouco ou nada contribuem para a aprendizagem e rendimento de determinados alunos com necessidades especiais. Os casos mais comuns na rede de Ensino onde atuo são os de chamados promoção, ou seja, no conselho de classe o professor titular é questionado se diz que o aluno é de inclusão, pronto, é induzido a dar a nota média. Na maioria das vezes não é olhado para o todo, pois se um aluno tem, digamos uma imaturidade, tanto cognitiva quanto de relacionamento, qual será o aproveitamento deste aluno numa série com exigências maiores, tanto no sentido comportamental, quanto de aprendizagem.

Tenho uma aluna que conheci no início de 2009, tem problemas sérios, tanto de aprendizagem quanto de risco social, foi abusada sexualmente por volta dos 5 e 6 anos, teve encaminhamento e atendimento a partir do segundo ano, mas no segundo semestre de 2009 sofreu abuso novamente. Ao final do ano foi promovida, é minha aluna de quarto ano, pré-silábica, não gosta de realizar atividades diferentes dos demais, por mais que sejam mais adequadas para suas necessidades. Ela, como tem baixa auto estima precisa sentir-se igual, nem que para isso ela faça só bolinha e imitações da escrita, segundo o que ela acredita ser a realização das atividades.
Percebo que há um esforço da parte da aluna por acompanhar a turma, tento ajudar, dando folhinhas com atividades diferenciadas, mas quando vejo, ela deixa de lado essas atividades e procura fazer o que todo está fazendo. Constatei que o relacionamento dela com os colegas do início do ano para cá melhorou significativamente, ela está bem mais comunicativa.

O que realmente me angustia é perceber que se ela estivesse num terceiro ano poderia acompanhar melhor e realmente fazer parte da inclusão na aprendizagem. Se continuar assim, a tendência é só aumentar a diferença no nível de aprendizagem que ela por si mesma irá sentir excluída, pelo fato de não conseguir realizar pelo menos parte do que a maioria faz.

Posso estar equivocada, mas a inclusão em que acredito não é feita dessa forma, onde um professor tem turmas com quase 30 alunos, com inúmeras dificuldades tendo que atender de forma inadequada alunos de inclusão, que somente pelo fato de serem de inclusão são promovidos aleatoriamente.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Contratempo Tecnológicos...

No Semestre 2009-2 começamos articular algumas arquiteturas e arranjos para realizarmos o Estágio Curricular, neste semestre, 2010-1. Sabíamos que precisávamos usar das ferramentas tecnológicas tão usadas durante a realização do curso. Para mim, tanto no profissional, quanto no pessoal é um grande desafio, pois, como sabem ingressei no PEAD sendo analfabeta digital. Então me organizei junto a equipe diretiva, consegui um horário extra para a minha turma, então tenho 2 horários semanais, e as vezes 3.

Reuni os pais, expliquei as mudanças no pedagógico, da inserção das tecnologia na aprendizagem dos alunos. Estava tudo indo bem, até que em função do recebimento de 18 novos computadores para serem colocados no laboratório de Informática. Os computadores foram enviados pelo governo Federal e para serem mantidos na garantia devem ser instalados pelos técnicos da empresa que os forneceu.Resultado estamos a duas semanas sem aula de informática, tive redirecionar algumas ações que necessitam do uso do computador e redirecionar e replanejar outras.

Sabemos que imprevistos acontecem, mas a frustração não deixa de se manifestar, tanto para os alunos quanto para mim e as a outras pessoas envolvidas. É fato que a escola não deve parar por causa do meu estágio, mas fica a insegurança, pelo fato de ter projetado uma proposta e agora fico sem ação...

Pelo que fiquei sabendo da equipe diretiva o caso é para ser solucionado até o final de semana, espero que para próxima semana possamos voltar as atividades envolvendo as tecnologias da Informática.

domingo, 9 de maio de 2010

O Papel da Mulher


Estamos inseridos num mundo onde o papel da mulher é cada vez presente em todos os ambientes. A mulher de hoje trabalha fora, tem filhos, administra a casa e as vezes ainda estuda. A minha turma é composta por 18 meninas e 10 meninos, mas apesar de serem a grande maioria, na sala de aula, percebo que os meninos são mais resolvidos no sentido de ter voz ativa, de fazer escolhas, enfim ainda existe aquela diferenciação de meninos serem educados de uma forma e meninas de outra.

Com os projetos que estou desenvolvendo a minha prática docente tem saído dos limites da sala de aula e com isso pude constatar que o comportamento feminino nada mais é do que reflexo da educação e exemplo que vivenciam meus alunos. As mães de meus alunos são mulheres humildes, guerreiras, vê-se em seus rostos as marcas de dificuldades que atravessaram e atravessam, a maioria são jovens, mas muito judiadas. O interessante foi constatar que todas, sem exceção sonham em ver os filhos estudados, formados e com um bom emprego. Entretanto não tem a visão de que é preciso investir desde muito cedo na educação dos filhos, que não é dando presentes para o filho passar de ano que este vai aprender e que também é preciso acompanhar a vida escolar do filho, pois afinal este ainda é criança, não tem bem definido direitos e deveres.

No inicio do ano letivo fiquei impressionada como meus alunos faltavam por motivos fúteis, como, por exemplo, ir passear na casa de uma tia com algum familiar.
Percebo que ao envolver a família no processo de aprendizagem das crianças está provocando uma tomada de consciência, despertando para a importância de levar a sério a educação como meio de transformação. Mas preciso afirmar que isso é um processo lento, que nos encontros, com mães e pais, faço o papel de orientadora, usando minha própria trajetória de vida como exemplo de que é preciso investir na educação para poder mudar e transformar.

Aprendi que é preciso persistir e investir, o professor tem que ser incansável, lutar por aquilo que acredita e tentar passar isso para a comunidade escolar.

domingo, 2 de maio de 2010

Aprendizagens Sendo Contruídas..

Fernando Becker afirma em “O que é Construtivismo? “( texto do rooda, aula 2, Psicologias II, semestre 2009/1), Construtivismo significa isto: a idéia de que nada, a rigor, está pronto, acabado, e de que, especificamente, o conhecimento não é dado, em nenhuma instância, como algo terminado. Ele se constitui pela interação do Indivíduo com o meio físico e social, com o simbolismo humano, com o mundo das relações sociais; e se constitui por força de sua ação e não por qualquer dotação prévia, na bagagem hereditária ou no meio, de tal modo que podemos afirmar que antes da ação não há psiquismo nem consciência e, muito menos, pensamento”....

Os perfis de minha turma, cronologicamente, estão na idade correta, ou seja, a maioria tem entre 9 e 10 anos. Entretanto, a maioria deles, são fisicamente pequenos e bastante imaturos. Imaturos no sentido tanto de aprendizagem quanto de postura perante as coisas da vida. Eles ainda estão muito apegados ao concreto e não despertaram para as malícias do “nomorico”, que muita vezes, nessa idade já se manifesta. Percebi que eles gostam de atividades em que eles possam agir e interagir e ficam muito tristes e desaminados se têm que copiar um texto muito grande do quadro. Por isso estou fazendo atividades que não exijam tantas cópias. Como muitos ainda estão no período das operações concretas ou semi-concretas, procuro oferecer materiais para eles visualizarem e manipularem. Na verdade eles brincam com isso, quando usam a base 10 constroem coisas, sempre tenho que deixar um tempo para eles brincarem.

Nas aulas de Informática, isso parece automático, eles vêm no computador um brinquedo, a maioria não tem computador em casa, mas precisamos realizar atividades que exigem um certo domínio sobre a máquina( Muitas vezes, quando vejo alguns tentando realizar um procedimento fácil, para mim, lembro de quando entrei no PEAD, que era completamente analfabeta digital e clamava por ajuda de quem quer que fosse). Somente nesta terceira semana foi que conseguimos eu e o professor de Informática que todos, após terem criado seus e-mails conseguissem acessar e mandar para os colegas. É claro que todos também me mandaram um e-mail, tirei um tempo para ler e responder, mas me chamou a tenção foi avanço rápido onde um passou a informação para o outro de como se muda a cor de letra, se envia “carinhas” e as informações se disseminaram. É claro que alguns ainda precisam de um tempo maior, fiquei um tempo tentado decifrar a mensagem que um aluno com dificuldades na escrita me mandou: “oiprofesora. eoisoraeuadoirosuasalulae euespero estudacenprecom voce é muitoepeilparaminteadorosora. .Deduzi o seguinte: Oi Sora eu adoro suas aulas e espero estudar sempre com você é... Este mesmo menino me trouxe o caderno para corrigir, na quarta-feira, olhei o caderno, entreguei-o a ele disse “Genésio, sessenta é com dois ss”, ele ficou me olhando, repeti e ele me respondeu: “Mas tem dois ss”, estava escrito em seu caderno “sesenta”.

Por essas e por outras que precisamos, como afirma Piaget, deixar o aluno ser agente de sua aprendizagem e facilitar caminhos para que este possa progredir com aprendizagens significtivas.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Parceria com a família.

A partir de alguns projetos colocados em prática, percebo algumas mudanças significativas na postura de meus alunos e até mesmo na minha.
A visitação na casa das famílias estão me mostrando uma face da educação que não conseguimos perceber dentro da sala de aula ou mesmo nos espaços escolares. Os pais quando chamados na escola já vêem preparados, ou é para reclamar do comportamento e rendimento do filho ou então é para entregar avaliações, onde se perde mais tempo esperando na fila para falar com a professora, que na maioria das vezes, tem 2 turmas a atender e um monte de coisas a falar.
Ao chegar na casa das famílias fui recebida com surpresa, pois os pais não estão acostumados e tal situação. Quando percebiam que a minha intensão não era fiscalizar e nem criticar, as pessoas se tornavam bem receptivas procurando demonstrar boa vontade em me ajudar. O que mais me surpreendeu não foi a pobreza em que vivem algumas das famílias de meus alunos, mas sim, a falta de perspectiva, a visão limitada de mundo, de educação e valores. As pessoas que visitei parecem ter perdido a vontade de sonhar, se acomodaram naquele “mundinho de pobreza”, que esquecem dos filhos, de investirem e buscarem um futuro melhor para os filhos. A maioria justificava que não pode ajudar os filhos na aprendizagem porque não sabem ou não têm tempo. Ora, realmente muitas das famílias em que visitei são semianalfabetos ou até analfabetos, no entanto expliquei que eles podem ajudar seus filhos incentivando-os a não faltarem na escola, (alguns faltam para ir no centro com algum familiar), a olhar e estimular as crianças a realizarem as atividades escolares com capricho, a manterem a ordem e a higiene com seus pertences e até mesmo seu corpo. Para isso temos que tirar tempo para olhar meio que diariamente os cadernos dos filhos, se não estiverem completo procurar entrar em contato com a professora para saber o que está havendo.
Estou notando que meus alunos estão bem mais motivados e animados, a autoestima está melhorando, já que este é um fator preocupante para mim. Com essas vivências aprendi que as vezes precisamos ter ações voltadas para o macro e que não bastam somente tentarmos através de técnicas de salas de aula, claro que ajudam, mas na maioria das vezes, não surte o efeito desejado. Também contatei que algumas famílias possuem recursos materiais e financeiros, no entanto não valorizam qualidade de vida, educação e a busca por um futuro melhor para seus filhos.
Acredito que a própria escola deveria focar mais o olhar em direção a ações que focalizem a parceria dos pais na participação do processo escolar dos filhos. Sabemos que muitas escolas tem esse tipo de metas na filosofia da escola, no entanto, na maioria das vezes, não saem do papel.

sábado, 17 de abril de 2010

Início dos Projetos


Iniciei O Estágio com os projetos de Qualidade de vida na comunidade e também com O Encanto do Mundo da literatura. Sei que não é de praxis começar dois projetos ao mesmo, mas tendo em vista que um vai nortear todos os outros e o outro precisa ser iniciado antes da Feira do livro de sapiranga que se realizará de 22/04 a 24/04.
Percebi que as atividades estão indo em rítimo mais lento, pois estamos com mais dois horários semanais no laboratório de Informática, temos somente dez computadores funcionando com internet e os alunos são praticamente analfabetos digitais. Constatei que somente 2 alunos possuem computador em casa sem internet e dois frequentam lan hauser. Entretanto eles têm muito interesse e curiosidade em relação ao computador.
Também realizei a reunião com os pais para esclarecimento das mudanças na prática pedagógica.
Marquei a reunião para as 18:30 e procurei incentivar as crianças para trazerem os pais nesse encontro. Percebo na comunidade um desleixo em relação a escola por parte dos pais, os pais não participam de reunião, quando fizemos a reunião de inicio de ano, dos 28 alunos, vieram somente 3. Por isso a minha iniciativa de estimular a participação dos pais na vida escolar dos filhos. Participação essa que haja de forma ativa e articulada, entre professora, alunos e pais.
Aos poucos os pais foram chegando. Dos 26 pais de alunos, vieram 20. Dois pais mandaram os filhos avisarem o porquê de não terem comparecido.
A reunião foi bastante interessante, pois, pais, filhos e professora interagiram de forma tranqüila. Os filhos auxiliaram os pais a assinarem as autorizações para uso de imagens. Constatei que muitos pais são semi-analfabetos, que somente sabem escrever o nome, mas não conseguem compreender a escrita e três são completamente analfabetos. Percebi que as crianças sentiram-se úteis ao poderem auxiliar seus pais. Quanto ao cartaz do compromisso, foi gratificante ver a emoção de pais e filhos, tanto ao ler as mensagens recebidas quanto, ao escreverem uma mensagem para seus filhos. No cabeçalho do cartaz estava escrito: “De Mãos dadas: Compromisso de Pais, Filhos e Professora, com a aprendizagem, no ano de 2010”.
Acredito que ações como essas: de estimular a participação efetiva dos pais na vida escolar dos filhos façam a diferença no resultado das aprendizagens dos alunos.

"Mãos a Obra"

Esta Semana-12/04 a 17/04, iniciei a aplicação do Estágio Curricular com minha turma de quarto ano, nossos quanto trabalho e quanta adrenalina. As crianças estão muito animadas com a criação de e-mail, com a possibilidade de realizarem atividades diferenciadas visando melhorar a aprendizagem e também a qualidade de vida.
Paralelamente as atividades de sala de aula fui construindo o meu projeto de estágio que tem como eixo principal o estímulo a qualidade de vida na comunidade.

1-Qualidade de vida na Comunidade São Paulo

Justificativa: Levando em consideração o fato de os alunos pertencerem a uma comunidade carente e com um grande índice de famílias com baixa escolaridade, percebe-se que isso é um fator que interfere diretamente na aprendizagem e, consequentemente, na qualidade de vida da comunidade. Observando que a filosofia de escola é “Formar o educando como um ser social, provido de suas habilidades para que ele possa desenvolver tarefas e conduzir sua vida de maneira responsável, digna e comprometida com valores morais, sociais e ambientais. Educar para a independência e para a busca de um ideal definido, onde cada ser humano possa ser sujeito de suas ações interferindo na sua realidade” e também considerando e respeitando que para a epistemologia genética a ação é promotora de aprendizagem. Piaget acreditava que a aprendizagem acontece a partir da ação do sujeito, sendo que essa ação pode ser física ou mental.
Tendo como objetivo pessoal a busca pela introdução na prática didático pedagógica da inserção de inovações através de ferramentas tecnológicas aliadas as atividades curriculares.
A partir disso surgiram novas idéias e outros pequenos projetos que pretendo desenvolver

2De Mãos Dadas:

Justificativa: Levando em consideração a falta de participação efetiva dos pais, tanto na escola quanto no acompanhamento das atividades escolares dos filhos, optei por desenvolver este projeto.

3- O Encanto do Mundo da Literatura

Justificativa: Considerando que se precisa trabalhar muito a leitura, interpretação e a escrita, as quais devem ser sempre estimuladas. Trazendo para a sala de aula contos, histórias, filmes, jornais e autores para entrelaçarem presente e passado, mexendo com a imaginação e criatividade dos alunos.

4- Projeto Mãe e Família

Justificativa: Considerando que em maio é a data do dia das mães e percebendo que há falta de estrutura familiar apresentada pelos alunos, muitos até sem a figura paterna em casa, outros vivem só com avós e até mesmo outras pessoas, como padrastos, parentes e avós.
Objetivo geral: Perceber a importância da família, valorizando o papel de cada membro, em especial o do mãe. Também destacando a forma de moradia, o como vivem as famílias.

5-Viva bem com o Meio Ambiente.

Justificativa: Para levar o aluno a refletir e de se conscientizar da importância de cuidar do meio ambiente para vivermos integrados com a natureza. Também considerando que é preciso ações para aumentar a qualidade de vida na comunidade.
Objetivo Geral: Reconhecer a importância da preservação do meio ambiente e compreender que cada um deve cumprir com responsabilidade o seu papel.
Objetivos Específicos:
Acredito que esses projetos são apenas esboços de alguma ações que pretendo desenvolver no decorrer do estágio e também do no letivo, já que o trabalho de sala de aula continua pelo decorrer do ano. Dentro desses projetos tenho um que irá amparar o fazer pedagógico, que é a aprendizagem através das inovações tecnológicas, ou seja, através do uso de ferramentas tecnológicas e o uso do computador os alunos irão buscar novas formas de aprender.
Penso que tenho muito trabalho e muitos desafios pela frente, mas estou muito motivada para buscar outros caminhos para contribuir na vida de meus alunos e também da comunidade.

sábado, 10 de abril de 2010

Definindo Arquiteturas

Aproveitando comentários da Sibicca...

Simone disse...
Oi Elci!! Essa idéia inicial que já tens da turma pode te auxiliar a pensar propostas de trabalho com eles. Abração!

Oi Elci!! Conhecer o entorno da escola e as condições da mesma auxilia a pensar quais serão tuas possibilidades e desafios na realização do estágio. Abração!!


A partir de alguns estudos realizados sobre o entorno da comunidade, da escola e do perfil da minha turma, penso que tenho em mente um esboço de algumas ações, ou mesmo arquiteturas pedagógicas. É claro que somo a isso as aprendizagens e leituras adquiridas no decorrer do curso.

Confesso que no momento passo por alguns conflitos, tanto de ordem pessoal, como de estudante e também profissional. Apesar de tantos anos atuando em sala de aula, de acreditar que sempre procurei ser uma profissional comprometida com o ato de aprender dos meus alunos, momentaneamente, parece que tudo que fazia antes estava errado e agora tenho que fazer as coisas darem certo, entretanto não tenho certeza de que as mudanças que pretendo implantar com a minha turma sirvam de base para que dias melhores virão, em relação ao interesse e aprendizagens dos alunos.

Levando em consideração o fato de os alunos pertencerem a uma comunidade carente e com um grande índice de famílias com baixa escolaridade, percebe-se que isso é um fator que interfere diretamente na aprendizagem e, consequentemente, na qualidade de vida da comunidade. Observando que a filosofia de escola é “Formar o educando como um ser social, provido de suas habilidades para que ele possa desenvolver tarefas e conduzir sua vida de maneira responsável, digna e comprometida com valores morais, sociais e ambientais. Educar para a independência e para a busca de um ideal definido, onde cada ser humano possa ser sujeito de suas ações interferindo na sua realidade” e também considerando e respeitando que para a epistemologia genética a ação é promotora de aprendizagem. Piaget acreditava que a aprendizagem acontece a partir da ação do sujeito, sendo que essa ação pode ser física ou mental.

Então penso que posso através do uso das inovações tecnológicas, de procurar ser uma facilitadora de aprendizagens e de oferecer atividades visando qualidade e não quantidade, mesmo sabendo que para isso terei que abrir mão de velhas posturas que infelizmente o ensino de hoje está condicionado.

sábado, 3 de abril de 2010

Minha Escola

A escola onde desenvolverei meu estágio é EMEF Rubaldo Emílio Saenger, fica situada na vila São Paulo, um espaço que foi invadido há mais de 30 anos por moradores sem teto. É claro que naquela época Sapiranga estava sendo povoada pelo êxodo rural, pessoas que saíam do interior do estado e vinham em busca de um emprego nas fábricas de calçados e uma vida melhor. Por isso os as ruas e terrenos são pequenos e desproporcional.

A escola completou 25 anos no dia 23/03/2010. No momento a escola passa por reformas importantes, como a reforma do ginásio a ampliação da biblioteca e do refeitório. Também foi adquirida uma pracinha para os pequenos, pois estes não tinham onde brincar. O laboratório de informática está recebendo 18 novos computadores que muito irão auxiliar em nossas atividades.

Na vila localiza-se o Corpo de Bombeiros que muito contribui para o desenvolvimento da comunidade e da escola. No entorno da escola também existe a igreja Católica São Paulo e uma igreja Evangélica da Assembléia de Deus. Também há um posto de saúde, muito procurado pela comunidade local, visivelmente carente. Existem três mercados de porte médio e mais cinco mercadinhos pequenos que também são bares. Como comércio ainda há três salões de beleza, duas padarias, uma lan house e três lojas.

Nossos alunos são crianças, jovens e adultos carentes que necessitam de carinho, de atenção, de afeto e de limites. As perspectivas de vida, às vezes, não são muitas, por isso o apoio da Escola é fundamental para a mudança de pensamento, e consequentemente, uma nova postura em relação às suas próprias vidas

A Minha Turma

Ao iniciar as primeiras atividades referentes ao Estágio Curricular, percebo que terei grandes desafios pela frente, sendo que o maior deles é introduzir o uso das tecnologias com os alunos. Nesse inicio de ano, constatei que os alunos, apesar de terem acesso pela escola ao uso do computador e da internet, eles são bem limitados.

A maioria só quer chegar no laboratório e jogar joguinhos. Mesmos sendo pedagógicos os joguinhos limitam a aprendizagem dos educando. Planejei algumas aulas em que meus alunos deveriam pesquisar imagens, selecionar, e fazer um comentário sobre a mesma. Foi um trabalho bem difícil, pois tínhamos( eu e o professor de Informática) que ajudar um a um.

O Perfil da turma em si, são conversadores e barulhentos, como se conhecem, são vizinhos, parentes ou estudam juntos desde o primeiro ano, estão sempre discutindo e comentando acontecimentos paralelos que muitas vezes, geram desavenças entre colegas. Um aspecto positivo é que eles vibram com qualquer novidade, estão sempre alegres e dispostos. Apesar de terem muitas dificuldades na aprendizagem, de terem pouco incentivo em casa, percebo que o grupo pode crescer muito no decorrer do ano. Uma das coisas que me chama a atenção na turma é que eles interagem entre si muito bem, entretanto quando solicitados a atuarem para o grupo, ficam muito inibidos, com vergonha, parecendo "um bichinho acuado".

Acredito que pela curiosidade e pela vontade que eles têm de aprender, vou conseguir realizar um trabalho diferenciado, onde os alunos terão prazer em aprender cada vez mais.

sábado, 27 de março de 2010

Retomada de aprendizagens tecnológicas:

Confesso que desde que comecei o Curso de Pedagogia, em 2007, uma das coisas que mais mexem com as minhas estruturas psicológicas são as inovações tecnológicas. Passo por vários estágios até que superadas as limitações consigo êxito na atividade. No entanto que, hoje, três anos, após ter começado a graduação, posso afirmar “sem sombra de dúvida” que este curso está sendo “um divisor de águas”, tanto no âmbito profissional como também no pessoal, já que as duas coisas andam juntas e tenho aproveitado tais aprendizagens tanto no trabalho como em minhas atividades pessoais.
Esta semana passei por um sufoco, para criar um PBWORKS, sei que, já havíamos trabalhado antes, nesse programa, mas como era sempre em grupo é mais fácil deixar que aquela que sabe mais realizar. Quando não sabemos parece “um bicho de sete cabeças”, mas após uma dica aqui outra acolá as coisas fluíram e consegui realizar as atividades solicitadas. Agora já sei como inserir um vídeo, fotos e também sei como recuperar o que some misteriosamente da páginas que estou editando.
No turno da manhã atuo como bibliotecária, sendo que no ano passado recebemos orientação para informatizarmos as bibliotecas da rede Municipal de Ensino. Muitas das colegas que não tinham noções básicas de informática acabaram colocando os cargos a disposição. Então percebi a importância em nos apropriarmos das tecnológicas em nosso cotidiano.
Acredito que Piaget iria gostar de acompanhar a caminhada do grupo de PEAD, pois nele encontramos diversos aspectos de suas teorias.

sábado, 20 de março de 2010

Recomeçar ou começar...

Recomeçar, começar ou....

Estamos mais uma vez recomeçando um ano, como sempre tudo que é novo parece muito difícil de ser realizado. Talvez seja pelo meu perfil de ter um pouco de medo daquilo que desconheço, de ser muito ansiosa por ver as coisas acontecendo, mas a verdade é que estou apavorada, em pânico, achando que não darei conta do recado.
Segundo Piaget, 1986, “ (...) um sistema não constitui jamais um acabamento absoluto dos processos de equilibração e novos objetivos derivam sempre de um equilíbrio atingido estável ou mesmo estável, permanecendo cada resultado, mesmo se for mais ou menos durável, plenos de novas aberturas. ( ...) ”. Acredito que essa frase vem de encontro com minhas expectativas para o estágio. Durante todo o curso aprendemos e refletimos sobre as mais diversas formas de obtermos êxito na educação e principalmente nas aprendizagens de nossas crianças, jovens e adultos. Sabemos que precisamos inovar, e uma das formas de inovação é inserirmos em nossa prática de profissionais da educação, as tecnologias. Como não faz parte da práxis educativa, essa inovações já estão causando desconfortos para muitos profissionais da educação. Na escola, em que atuo, fui questionada pela equipe diretiva do porquê da solicitação de mais um horário no laboratório de informática e por que precisamos, eu outra colega de PEAD, realizar um estágio usando tecnologia. Todo esse processo está sendo um tanto difícil, pois tudo o que é novo, como já citei antes, provoca resistência, tanto em aceita-lo quanto a realizá-lo.
Penso que após iniciarmos nossos trabalhos e colocarmos em prática tudo dará certo e o que não der podemos repensar e refazer por outros caminhos.