No encontro presencial de Didática e Eja, constatamos diversos elementos necessários para a aprendizagem tanto de adultos como de jovens e crianças. Segundo Paulo Freire o primeiro passo é partir da leitura de mundo que o aluno possui, ou seja, antes de qualquer coisa devemos conhecer a realidade do educando. Quem são? Onde vivem? Como Vivem? O que sabem? E principalmente: Quais são os seus sonhos?
A partir desse levantamento o professor pode planejar através projetos, temas geradores ou centro de interesse o que trabalhar com esses alunos. A partir da leitura de mundo, da vivência do aluno, se dispõem de palavras chaves para buscar aprendizagens. Nesse contexto é muito importante o papel da professora que serve como mediadora e precisa ter um perfil de acolhedora, que pergunta ouve e procura incentivar a todos.
Dessa forma a escola pode oferecer uma educação transformadora que possibilita a reconstrução do saber através do desiquilibrio, isto é, partindo do saber cotidiano e redescobrindo novas formas de aprender. Proporcionando o aluno como protagonista sujeito de interação, convivendo com seus conflitos, mas capaz de agir com autonomia.
Relacionando com o sistema de ensino de nossa realidade percebo que estamos longe da escola transformadora que Freire tanto almejou. A escola em que atuo e pelo que eu saiba a maioria das escolas da região não são diferentes, é bastante conteúdista visando trabalhar para obter índices de aprendizagens na avaliação do governo. Os profissionais deveriam conhecer as verdadeiras necessidades de seus alunos, digo isso em relação a comunidade escolar e não somente nos espaços de sala de aula.
Acredito que com tantos investimentos na área de formação continuada, capacitação de professores, terá num futuro uma escola transformadora e capaz de libertar do analfabetismo, da miséria e da pobreza das quais estão inseridas grande parte de nossa população
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2 comentários:
Olá, Elci:
Trazes significativas reflexões, na tua postagem, sobre este assunto tão importante que é a EJA e que tanto ainda de desafio representa para os municípios.
De Paulo Freire, tem a obra “A importância do ato de ler”, que aborda muito bem a questão da leitura do mundo e a leitura da palavra, e “Educação como prática da liberdade” traz com maestria o trabalho com palavras geradoras. Vale a pena conferir.
Colocas “A escola em que atuo e pelo que eu saiba a maioria das escolas da região não são diferentes, é bastante conteudista visando trabalhar para obter índices de aprendizagens na avaliação do governo”. Que evidências poderias trazer para ilustrar essa fala? Fica o desafio.
Grande abraço.
Celi
Oi Celi, a evidência maior é a prova Brasil. Abraços Elci
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