"O PEAD da UFRGS estava muito bem representado"
Ocorreu no dia 14/10/09, no Centro de Cultura de Sapiranga, uma aula inaugural sobre os cursos oferecidos na modalidade de ensino à distância no Polo de nossa cidade. Participaram do evento representante das instituições envolvidas que são a Prefeitura Municipal de Sapiranga, FURG, UFPEL, UFSM e UFRGS. Também se fizeram presentes autoridades políticas, professores, tutores e alunos.
Acredito ser um sinal de grande evolução para nossa cidade e região o fato de termos a oportunidade de realizar uma graduação sem ter que pagar e ter acesso a um ensino de qualidade que possibilita o crescimento pessoal e profissional. Sabemos que Sapiranga é uma cidade de migrantes, com famílias oriundas das mais diversas regiões do estado, onde atraídos pela perspectivas de melhor qualidade vida, vieram para esta região sonhando com empregos bem remunerados, casa própria e outros.Os baixos salários, a carga horária e até mesmo o grande número de componentes das famílias, fazem com o nível de escolaridade da população em geral seja muito baixo. Não há condições de realizar um curso de graduação numa Instituição Privada. Por isso a importância do Pólo de Sapiranga oferecer diversos cursos de forma gratuita
Dentre toda solenidade o que me chamou mais atenção e orgulhosa de fazer parte da família PEAD, que será o pioneiro, nestes moldes, foi o fato de que o perfil do aluno de EAD, é igual ou até mesmo melhor do que o aluno do presencial. Segundo a fala dos palestrante Gerson Luís Milan e Patrícia Alejandra professores da UFRGS, os alunos da EAD, são autônomos, disciplinados e auto disciplinados, capazes de buscar aprendizagens significavas e diferenciadas. Tornando-se assim, como afirma Piaget , sujeitos ativos de sua ação de aprendizagem, buscando sempre uma tomada de consciência dessa ação.
Por ser uma aluna de PEAD senti muito orgulho de fazer parte desta família e principalmente das construções e reconstruções feitas durante esta caminhada.
Finalizo com uma citação de Paulo Freire “Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo a fora”.
domingo, 25 de outubro de 2009
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Linguagem oral e escrita
Ao realizar a atividade do módulo 3 de Linguagem e Educação percebi o quanto é importante o estímulo a oralidade da criança desde cedo.
Sabemos que a criança dentro do seu imaginário mundo cria fantasia e muitas vezes, mistura elementos de seu cotidiano com os vivenciados nas histórias. Nesse aspecto é muito importante a intervenção ou estimulação dos adultos(pais, professores e familiares), que convivem com a criança, pois é através da externação oral que a criança resolve seus medos aprende a usar a linguagem oral e a usar determinados elementos indispensável para a linguagem escrita.
Na escola em que estou atuando 44 horas semanais, tenho no turno da manhã Hora do Conto com as tumas de primeiro ao quinto ano e tarde atendo os alunos que possuem dificuldades de aprendizagem, ou seja, o Reforço escolar.
Na contação de histórias com os pequenos( primeiros anos), é fascinante como eles gostam de ouvir e querem contar também as histórias. Entretanto me chama a atenção as dificuldades da maioria que não conseguem fazer um relato coerente com a história que foi contada. Acredito que dois fatores são os que mais pesam para que ocorram essas dificuldades das crianças: o fato do Bairro não ter uma escola de Educação Infantil, onde os alunos vêm direto para o primeiro ano na escola de Ensino Fundamental e também a falta de incentivo e estímulo por partes dos pais e familiares, que tendo que trabalhar fora também pelo grande número de filhos não dão atenção necessárias a suas crianças deixando-as aos cuidados de irmãos mais velhos ou vizinhas que têm outros afazeres domésticos ou até mesmos seus próprios filhos.
Quando chegam a escola essas crianças apresentam diversas dificuldades que vão desde motricidade até a convivência em grupo. Como, agora, no primeiro ano as crianças já precisam sair silábicas alfabéticas, algumas etapas são “queimadas”.
Já com os alunos do reforço a tarde que atendo os de terceiro ao quinto ano , as dificuldades quanto a linguagem oral e escrita só se fizeram aumentar, onde alguns não conseguem elaborar coerentemente um parágrafo. Preciso estimular a formação de frases usando dois ou três elementos de uma história para depois partir para um parágrafo e assim por diante.
Diante desses e outros aspectos a escola apresenta um baixo índice na Prova Brasil, e as cobrança são feitas para a equipe diretiva que cobra dos professores e que estes ‘despejam” conteúdos em seus alunos visando um melhor desempenho na Provinha Brasil”. E a Prova Brasil está chegando...
Sabemos que a criança dentro do seu imaginário mundo cria fantasia e muitas vezes, mistura elementos de seu cotidiano com os vivenciados nas histórias. Nesse aspecto é muito importante a intervenção ou estimulação dos adultos(pais, professores e familiares), que convivem com a criança, pois é através da externação oral que a criança resolve seus medos aprende a usar a linguagem oral e a usar determinados elementos indispensável para a linguagem escrita.
Na escola em que estou atuando 44 horas semanais, tenho no turno da manhã Hora do Conto com as tumas de primeiro ao quinto ano e tarde atendo os alunos que possuem dificuldades de aprendizagem, ou seja, o Reforço escolar.
Na contação de histórias com os pequenos( primeiros anos), é fascinante como eles gostam de ouvir e querem contar também as histórias. Entretanto me chama a atenção as dificuldades da maioria que não conseguem fazer um relato coerente com a história que foi contada. Acredito que dois fatores são os que mais pesam para que ocorram essas dificuldades das crianças: o fato do Bairro não ter uma escola de Educação Infantil, onde os alunos vêm direto para o primeiro ano na escola de Ensino Fundamental e também a falta de incentivo e estímulo por partes dos pais e familiares, que tendo que trabalhar fora também pelo grande número de filhos não dão atenção necessárias a suas crianças deixando-as aos cuidados de irmãos mais velhos ou vizinhas que têm outros afazeres domésticos ou até mesmos seus próprios filhos.
Quando chegam a escola essas crianças apresentam diversas dificuldades que vão desde motricidade até a convivência em grupo. Como, agora, no primeiro ano as crianças já precisam sair silábicas alfabéticas, algumas etapas são “queimadas”.
Já com os alunos do reforço a tarde que atendo os de terceiro ao quinto ano , as dificuldades quanto a linguagem oral e escrita só se fizeram aumentar, onde alguns não conseguem elaborar coerentemente um parágrafo. Preciso estimular a formação de frases usando dois ou três elementos de uma história para depois partir para um parágrafo e assim por diante.
Diante desses e outros aspectos a escola apresenta um baixo índice na Prova Brasil, e as cobrança são feitas para a equipe diretiva que cobra dos professores e que estes ‘despejam” conteúdos em seus alunos visando um melhor desempenho na Provinha Brasil”. E a Prova Brasil está chegando...
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Debatendo PA
NO semestre 2008/2 iniciamos os trabalhos com P.A. Para mim algo totalmente novo, já que até então nem se quer havia ouvido falar.
Na prática desenvolvemos (o grupo 5), um PA sobre a importância da separação e reciclagem do lixo para a nossa cidade. Tivemos diversas aprendizagens que nos permitiram compreender o que é um P.A. Entretanto a compreensão de algumas questões estão sendo consolidadas neste semestre, pois as leituras, a tese e outros elementos deixam bem claro o que é um PA e para que serve. O que mais me chamou a atenção e que ele possibilita trabalharmos de forma interdisciplinar, onde alunos e professor aprendem, discutem e refletem sobre uma determinada questão/assunto até sentirem comprovadas suas certezas provisórias que podem virarem dúvidas e respondidas suas dúvidas através de diversos caminhos pré estabelecido pelo grupo e que levarão a muitas descobertas.
Piaget( 1976) afirma que compreender é dar-se conta das leis da transformação. Essa frase diz muito tanto para educando quanto para educadores, pois traz a tona todo o processo de ensino aprendizagem e nos leva a refletir de que se queremos que nossos alunos aprendam de forma interdisciplinar, precisamos oferecer desafios que desencadeiem aprendizagens diversas e imbricadas. Um dos elementos mais importantes é que todos aprendem de diferentes maneiras, mas que todos também obterão diferentes saberes.
Como nem tudo são flores, penso que para aplicar com nossos alunos um PA, teremos muitos desafios, dentre deles o maior são os tecnológicos, já que nossas escolas não tem laboratório de informática que comporte uma demanda com várias turmas trabalhando com PA. A escola que atuo, possui cerca de 800 alunos, nos três turnos, e o laboratório de informática tem apenas entre 9 ou 10 computadores em funcionamento. As turmas têm na média de 30 alunos, sendo que além dos alunos a escola disponibiliza horário para a comunidade. Como, nesta escola, somos 4 alunas de PEAD, acredito que em 2010, teremos grandes desafios.
Penso que os desafios estão aí para serem vencidos e se queremos sair do discurso teórico de que precisamos trabalhar com nossos alunos de forma interdisciplinar, devemos abolir de nossa prática o ensino fragmentado e sem significado.
Na prática desenvolvemos (o grupo 5), um PA sobre a importância da separação e reciclagem do lixo para a nossa cidade. Tivemos diversas aprendizagens que nos permitiram compreender o que é um P.A. Entretanto a compreensão de algumas questões estão sendo consolidadas neste semestre, pois as leituras, a tese e outros elementos deixam bem claro o que é um PA e para que serve. O que mais me chamou a atenção e que ele possibilita trabalharmos de forma interdisciplinar, onde alunos e professor aprendem, discutem e refletem sobre uma determinada questão/assunto até sentirem comprovadas suas certezas provisórias que podem virarem dúvidas e respondidas suas dúvidas através de diversos caminhos pré estabelecido pelo grupo e que levarão a muitas descobertas.
Piaget( 1976) afirma que compreender é dar-se conta das leis da transformação. Essa frase diz muito tanto para educando quanto para educadores, pois traz a tona todo o processo de ensino aprendizagem e nos leva a refletir de que se queremos que nossos alunos aprendam de forma interdisciplinar, precisamos oferecer desafios que desencadeiem aprendizagens diversas e imbricadas. Um dos elementos mais importantes é que todos aprendem de diferentes maneiras, mas que todos também obterão diferentes saberes.
Como nem tudo são flores, penso que para aplicar com nossos alunos um PA, teremos muitos desafios, dentre deles o maior são os tecnológicos, já que nossas escolas não tem laboratório de informática que comporte uma demanda com várias turmas trabalhando com PA. A escola que atuo, possui cerca de 800 alunos, nos três turnos, e o laboratório de informática tem apenas entre 9 ou 10 computadores em funcionamento. As turmas têm na média de 30 alunos, sendo que além dos alunos a escola disponibiliza horário para a comunidade. Como, nesta escola, somos 4 alunas de PEAD, acredito que em 2010, teremos grandes desafios.
Penso que os desafios estão aí para serem vencidos e se queremos sair do discurso teórico de que precisamos trabalhar com nossos alunos de forma interdisciplinar, devemos abolir de nossa prática o ensino fragmentado e sem significado.
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Seu Nome é Jonas.
O filme Seu nome é Jonas me fez refletir sobre a complexidade que a sociedade apresenta frente às necessidades especiais. Apesar de não se passar no contexto atual a história de Jonas nos traz elementos conflitantes vivenciados tanto por familiares como também por seres que nascem ou adquirem no decorrer da vida uma necessidade especial.
O diagnóstico, errado de retardo mental, em vez simplesmente da surdez, fez com que o menino ficasse internado num hospital por três anos, longe do convívio dos familiares. Quando os familiares trazem o filho para casa e tentam resgatar o direito a uma vida adequada para seu filho deparam-se com o preconceito da sociedade que não aceita o diferente e exclui e também com a falta postura de saber lidar com a situação adversa de ter uma criança surda. Como o menino não sabia falar era tratado, de certa forma como deficiente mental, pela sociedade e até mesmo pelo pai, que saiu de casa no momento em que a família mais precisava dele, argumentando não saber como agir. A mãe contra argumenta que também não sabe que atitudes tomar, mas que nem por isso deixa de buscar ajuda enfrentando preconceito e discriminação. Nessa caminhada a postura da escola em que acriança foi estudar, era muito rígida levando somente em consideração o método da oralidade em que nem sempre havia êxito. A própria mãe questionou-se que o seu filho se tornaria um domesticado animal “feito um papagaio”. Também as leituras são contraditórias, pois algumas tinham uma linha de pensamento totalmente avessa a linguagem dos sinais. A mãe por ter percebido que atrás da surdez de seu filho, existe um ser humano normal, com seus medos, aflições e capacidades para serem desenvolvidas, procura ajuda numa comunidade surda onde descobre um mundo totalmente integrado com diferentes pessoas usando uma linguagem própria para poderem se comunicar.
A partir desse momento a mãe descobre o caminho a ser seguido para inserir seu filho no mundo da comunicação e no direito que este tem de acessibilidade e autonomia na sociedade.
O diagnóstico, errado de retardo mental, em vez simplesmente da surdez, fez com que o menino ficasse internado num hospital por três anos, longe do convívio dos familiares. Quando os familiares trazem o filho para casa e tentam resgatar o direito a uma vida adequada para seu filho deparam-se com o preconceito da sociedade que não aceita o diferente e exclui e também com a falta postura de saber lidar com a situação adversa de ter uma criança surda. Como o menino não sabia falar era tratado, de certa forma como deficiente mental, pela sociedade e até mesmo pelo pai, que saiu de casa no momento em que a família mais precisava dele, argumentando não saber como agir. A mãe contra argumenta que também não sabe que atitudes tomar, mas que nem por isso deixa de buscar ajuda enfrentando preconceito e discriminação. Nessa caminhada a postura da escola em que acriança foi estudar, era muito rígida levando somente em consideração o método da oralidade em que nem sempre havia êxito. A própria mãe questionou-se que o seu filho se tornaria um domesticado animal “feito um papagaio”. Também as leituras são contraditórias, pois algumas tinham uma linha de pensamento totalmente avessa a linguagem dos sinais. A mãe por ter percebido que atrás da surdez de seu filho, existe um ser humano normal, com seus medos, aflições e capacidades para serem desenvolvidas, procura ajuda numa comunidade surda onde descobre um mundo totalmente integrado com diferentes pessoas usando uma linguagem própria para poderem se comunicar.
A partir desse momento a mãe descobre o caminho a ser seguido para inserir seu filho no mundo da comunicação e no direito que este tem de acessibilidade e autonomia na sociedade.
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