domingo, 9 de maio de 2010

O Papel da Mulher


Estamos inseridos num mundo onde o papel da mulher é cada vez presente em todos os ambientes. A mulher de hoje trabalha fora, tem filhos, administra a casa e as vezes ainda estuda. A minha turma é composta por 18 meninas e 10 meninos, mas apesar de serem a grande maioria, na sala de aula, percebo que os meninos são mais resolvidos no sentido de ter voz ativa, de fazer escolhas, enfim ainda existe aquela diferenciação de meninos serem educados de uma forma e meninas de outra.

Com os projetos que estou desenvolvendo a minha prática docente tem saído dos limites da sala de aula e com isso pude constatar que o comportamento feminino nada mais é do que reflexo da educação e exemplo que vivenciam meus alunos. As mães de meus alunos são mulheres humildes, guerreiras, vê-se em seus rostos as marcas de dificuldades que atravessaram e atravessam, a maioria são jovens, mas muito judiadas. O interessante foi constatar que todas, sem exceção sonham em ver os filhos estudados, formados e com um bom emprego. Entretanto não tem a visão de que é preciso investir desde muito cedo na educação dos filhos, que não é dando presentes para o filho passar de ano que este vai aprender e que também é preciso acompanhar a vida escolar do filho, pois afinal este ainda é criança, não tem bem definido direitos e deveres.

No inicio do ano letivo fiquei impressionada como meus alunos faltavam por motivos fúteis, como, por exemplo, ir passear na casa de uma tia com algum familiar.
Percebo que ao envolver a família no processo de aprendizagem das crianças está provocando uma tomada de consciência, despertando para a importância de levar a sério a educação como meio de transformação. Mas preciso afirmar que isso é um processo lento, que nos encontros, com mães e pais, faço o papel de orientadora, usando minha própria trajetória de vida como exemplo de que é preciso investir na educação para poder mudar e transformar.

Aprendi que é preciso persistir e investir, o professor tem que ser incansável, lutar por aquilo que acredita e tentar passar isso para a comunidade escolar.

Um comentário:

Simone Bicca Charczuk disse...

Oi Elci!! Com certeza essa é uma aprendizagem constante, como aproximar a família. Abraços!!